MIRANDY 13

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— Mãe, a gente pode ir mais vezes com a senhora para a casa da Andreah? A Andy é bacana, divertida e alegre. – Cassidy pede e sua irmã da corda.

— Não! – Miranda abre a porta para as meninas entrarem na mansão.

As meninas lamentam, e com protestos sobem as escadas indo em direção de seus quartos. Miranda guarda seus pertences, suspira cansada. Ela vai até o escritório para se certificar se Stephen está por lá, mas não o encontra. Ela sobe as escadas, e ao entrar em seu quarto, o encontra deitado. Miranda acende a luz principal, o homem resmunga.

— Você vai levantar dessa cama, arrumar suas coisas e ir embora da minha casa agora. – Ela fala entre dentes para o conjugue.

— Essas pirralhas já foram inventar historia Miranda. Venha deitar, amanhã a gente se resolve. – O homem fala e pela voz mais arrastada, Miranda conclui que ele bebeu.

— Não tem amanhã, alias amanhã meu advogado vai entrar em com o seu para resolver o divorcio.

O homem lufa, revira os olhos e se senta na cama.

— Sua filha não é fácil, Miranda, você sabe disso, e eu como padrasto, tenho direito e obrigação de corrigi-las quando estão merecendo. – O homem gesticula. — Caroline me desrespeitou, levantou o tom e ainda disse que eu não mandava nela. Agora você quer fazer tempestade por causa de uma bofetada em uma fedelha mimada e sem limites, e ainda quer acabar com o nosso casamento? Não seja temperamental.

Miranda está desacredita, ela não acredita que tudo isso saiu da boca do homem com quem se casou. Ela vai até o closet e começa pegar as roupas do homem, jogando no chão do quarto.

— Você bateu na Cassidy, Stephen, e como padrasto, você não tem direito de nada mesmo não, porque nunca fez questão de se fazer presente para elas. Agora pegue suas roupas e vá embora.

— Essa casa também é minha, você está cansada e estressada, então querida, boa noite e amanhã é outro dia, você amanhece com a cabeça mais fria e a gente se resolve. – Ele volta a deita. — Apague a luz.

Miranda não tinha forças e nem sabia o que fazer para tirar o homem dali, ele tinha razão ao dizer que a casa também era dele, sabendo disso, Miranda sabia que essa situação só se resolveria com o divorcio. Ela pega sua roupa de dormir e vai para o quarto das filhas. Ela sente mais segurança do que no quarto de hospede.

Na manhã seguinte, Miranda e as gêmeas não encontraram Stephen no café da manhã, as meninas foram para Dalton e Miranda para Runway. A mais velha deixou ordens para que assim que as aulas das meninas acabarem, teriam que leva-las para Runway e não para mansão.

_____

— Ela foi incrível Nigel.

— Six sempre teve cara de quem se dava bem com crianças. – Nigel pontua após Miranda contar como foi com as meninas na casa da Andreah.

— Ela não parece me odiar, acho que ela tem consciência de que foi sem escrúpulos em tentar algo comigo tendo um relacionamento. – Miranda continua.

— Mas, minha rainha do gelo, afinal, o que você queria da Andreah? – Ele pergunta realmente curioso.

— Queria que ela não achasse que eu sou qualquer uma e que poderia ficar me levando para cama mesmo ela tendo um relacionamento amoroso. Queria que ela não tivesse me escondido essa informação.

— E se ela tivesse falado isso mudaria alguma coisa, você teria aceitado a posição de amante da sua amante?

— Jamais aceitaria isso. Não seja ridículo.

— Eu não estou sendo ridículo, minha amiga, eu estou tentando te entender. Porque até agora eu não consegui. Você diz que não teria um relacionamento com ela, você diz que nunca seria amante, que isso e aquilo, e no final quase destrói a vida dela.

— A namorada dela é linda, é jovem, tem porte de modelo. E parece ser simpática. – Miranda ignora a fala do amigo.

— Eu acho que você deveria lutar por ela. – Ele é sincero em sua opinião.

— Eu não tenho idade para isso, e tenho um divorcio para iniciar. E não estou a fim de ficar lutando pelo amor de alguém – Miranda coloca seus óculos de grau, fazendo gesto com as mãos para que seu amigo a deixe trabalhar.

— Ah, então você queria o amor dela? – Ele morde o lábio sorrindo.

— Sai daqui, Nigel.

Não era nem hora do almoço ainda quando Miranda recebe um buquê de rosas vermelha enorme, a mulher estranha, e ao olhar o bilhete, ver que é de Stephen. Ela nem se da ao trabalho de ler, joga no lixo juntamente com as flores.

Ainda pouco antes do meio dia, as meninas chegam à Runway, elas se sentem a vontade, andam de um setor ao outro, ajuda Nigel, e por lá se entretém passando a tarde na revista.

— A gente vai para casa agora? – Cassidy pergunta a sua mãe.

— Mamãe ainda precisa trabalhar. Agora é no apartamento da Andreah, esqueceu que estou em horário corrido por duas semanas, querida? – Miranda sorrir tentando transparecer que está tudo bem essa situação.

— Oras, não foi à senhora que disse que a gente não iria mais à casa da Andreah que ontem foi algo esporádico e que não ia se repetir? – Caroline debocha.

— Como Stephen se recusa a sair de casa, vou precisar levar vocês comigo, não confio mais deixar vocês com ele. – Miranda da um sorriso para as filhas.

Elas chegam com entusiasmo, mesmo a mãe tocando a campainha, as garotas chamam por Andy.

A de cabelos castanho estranha as meninas em sua porta novamente, mas as recebe com um largo sorriso e abraço confortante.

Andreah da passagem para elas entrarem. Miranda ameaça falar algo sobre a situação, mas Andreah faz gesto de que não precisa e diz que está tudo bem.

— A gente passou o dia todo na Runway. – Antes que uma das ruivas continuasse, a Miranda reprime.

— Vocês querem fazer o quê enquanto eu e sua mãe trabalhamos? – Andreah questiona simpática.

— A gente quer continuar aquele jogo de ontem.

— Vocês se vestem igual à Lindsay Lohan, naquele filme operação cupido. – Andreah sorrir. — Eu amo aquele filme. – completa.

— A gente também adora, mamãe odeia.

— Estas roupas são do guarda roupa da Runway. – Caroline informa.

— Não muda muita coisa. — Andreah debocha. — Acho que eu sei por que sua mãe odeia o filme. Deve ter assistido depois de adulta, e eu gosto porque assisti quando ainda era criança.

Miranda sente essa fala como se Andy estivesse a chamando de velha.

— Há diferença se gosta ou não dependendo da idade que assiste? –As meninas estão curiosas.

— É que os adultos, principalmente as mães, eu acho, acham absurdo os pais separarem as filhas, ficando um com cada uma e fingirem que a outra não existe.

As meninas não entenderam, mas Miranda sim e sorriu, intervindo naquela interação ordenando que elas começasse os trabalho logo. As meninas foram para o quarto de Andy como se já fossem de casa, e Miranda e Andreah seguiram para o escritório.

— Está sendo complicado para conciliar Miranda? – Andreah se mostrou realmente preocupada. — A gente pode entrar em consenso e trabalhar dentro do seu expediente. – Sugere a garota.

— Não precisa, estou acostumada com horário corrido. Mas, há imprevisto, como esse... – Ela se refere em relação a trazer as meninas.

— Tudo bem, você pode trazer elas sempre que quiser e precisar. Elas são adoráveis.

Miranda observa Andreah por bastante tempo, ela se sente confusa. Andreah retribui o olhar e as duas se encaram por bastante tempo, é como se uma quisesse saber o que se passa dentro da outra. 

Escalando a Lista NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora