MIRANDY 32

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— Por que não vamos nós quatro naquele ali? – Andy aponta e Miranda olha para ela como se tivesse nascendo uma segunda cabeça.

— Vamos, vamos! – As meninas exclamam eufóricas.

— Nem conte comigo. – Miranda rir da falta de bom senso da Andreah.

— Esse realmente não molha. – Andreah fala como se isso fosse o único empecilho para Miranda ir.

— Você tá brincando? – Miranda encara a garota desacreditada. Revira os olhos.

— Estou falando sério. – Andy olha para as gêmeas que concordam com ela.

— Não tenho idade para essas coisas. Vão vocês.

As meninas vão correndo na frente enquanto Andreah e Miranda apenas caminham lado a lado em silêncio. Algumas vezes seus ombros se chocam, mas elas fingem que isso não acontece.

— Você sempre gosta de dizer que não tem idade para as coisas, não é? – Andreah fala branda.

— Porque eu tenho senso. – Miranda semicerra os olhos.

— Não acho que seja senso, acho que você só é medrosa e tem medo de se arriscar e aproveitar as oportunidades da vida. – Elas chegam à fila.

— Talvez. – Miranda passa a língua nos dentes. — A última vez que me arrisquei sem me preocupar com nada, não obtive sucesso. Por isso é bom sempre manter cautela. – Miranda olha nos fundos dos olhos de Andreah. Como se quisesse que com o olhar, a jovem soubesse do que ela estava se referindo.

A troca de olhar foi quebrada pela Miranda tendo que pegar seu celular que tocava dentro da bolsa. A mulher se afastou delas. Ficou ao telefone bom bastante tempo, tempo suficiente para Andreah e as meninas irem ao brinquedo e voltarem e a Miranda ainda está ao telefone.

— Vamos procurar o que comer? – Miranda sugere aproximando das três, depois da ligação encerrada.

— Eu quero hot-dog. – Cassidy avisa e Caroline concorda.

Elas vão à busca da primeira barraquinha de vendas. Andreah está com um olhar desconfiado, mas nada diz. A surpresa é grande quando ela vê Miranda abocanhando um hot-dog.

— O quê? – Miranda questiona assim que engole o alimento. Achando engraçada a cara de surpresa espanto da garota.

— A gente pode ficar ali? – As meninas pedem para ficar olhando um dos brinquedos mais de perto.

— Só não vão para longe de nossas vistas. – Miranda pede balançando a cabeça em positivo.

— Não pensei que você gostasse desse tipo de comida. – A jovem é sincera. — Acho que a única coisa de diferente que você me mandou providenciar para comer, quando eu trabalhava para você, foi donut e eu pensei que fosse para suas filhas.

— Hoje é sábado, dia do lixo. – Miranda sorrir dando mais uma mordida.

— Você é uma caixinha de surpresas, Miranda. – A garota fala dando a primeira mordida no seu hot-dog.

— Sim, a caixinha "Pandorinha". – A mulher olha para Andreah piscando rápidas as pestanas.

— Que ridícula. – Andreah fala em tom de revolta, jogando um pedaço de pão na magnata que gargalha.

O silêncio se torna presente entre elas, não é aquele silêncio incômodo, mas de qualquer maneira, é um silêncio que tem a necessidade de ser quebrado. Andreah respira fundo.

— Quem era ao telefone? – Ela não se aguenta. Era um ciúme misturado com o medo da certeza que Miranda já havia partido para outra.

Miranda não responde, só olha para a garota com uma das sobrancelhas arqueadas. A jovem fica com as bochechas vermelhas. Ela sabe que não tem por que perguntar isso. Ainda mais para Miranda.

Escalando a Lista NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora