Capítulo 15

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Rafaella POV

Eu estava muito preocupada com Gizelly. Loreto bateu muito forte nela e quando chegamos em sua casa, ela colocou gelo para aliviar o inchaço, mas doeu quando ela urinou e tivemos que ligar para a emergência. Felizmente o médico esclareceu que foi um trauma da pancada, que ela deveria se cuidar por algumas semanas e ter cuidado para não ter relações sexuais até melhorar. Claro que isso era o que menos me preocupava, queria vê-la bem. Eu não queria que isso causasse problema. Seus pais ficaram furiosos e processaram Loreto, assim como minha tia Deborah.

Três semanas se passaram e houve um problema, Loreto estava desaparecido. Ninguém conseguia encontrá-lo em lugar nenhum. Eu sei que isso deixou minha tia nervosa. Como ele sabia de coisas, poderia revelar, por exemplo, o fato de Déborah Secco ser minha tia. E sabíamos que esse escândalo me afetaria diretamente, o que minha tia não queria que acontecesse.

Era fim de semana e eu estava com a mãe. Ela serviu o café da manhã enquanto eu ainda estava de pijama, sentada na ilha da cozinha.

— O cheiro está me matando. — Eu disse e mamãe se virou para me olhar rindo. — Você cozinha deliciosamente.

— Obrigado meu amor. — Ela disse e me entregou o café da manhã. — Agora você pode começar a tomar café da manhã. A propósito, como está Gizelly?

— Acho que vou esperar por você, para tomarmos café juntas. —Eu disse e olhei para mamãe sorrindo enquanto ela beliscava o prato. — Hoje ela estava indo ao médico fazer um check-up e depois virá me buscar para sair um pouco. Não a vejo há dois dias.

Senti o movimento na minha barriga e sorri enquanto lhe fazia uma carícia.

— Que? Você quer ver a mamãe? — Eu disse falando com minha barriga e sentindo mais movimento com minhas palavras. — Ok, vamos vê-la mais tarde. Eu também sinto falta dela.

Mamãe sentou ao meu lado e me observou enquanto eu acariciava a barriga.

— Como é possível que eu já o ame tanto e ainda nem conheça seu rosto?

— Porque faz parte de você. — Ela me disse e colocou a mão em cima da minha. — Isso muda a maneira como você vê as coisas, muda completamente o seu mundo.

— Eu sinto que é a coisa mais linda do planeta. E sentir ele se mexendo dentro de mim é mais lindo. — Eu disse e meus olhos se encheram de lágrimas. — Outro dia ele estava se mexendo enquanto Gizelly conversava com
ele. É surreal ouvir ela falar, eu vou te mostrar.

Peguei meu celular e procurei um áudio que a Gizelly me mandou ontem para que eu pudesse fazer o bebê ouvir e deixei a mão da mamãe na minha barriga. Fiz um gesto para reproduzir o áudio.

— Olá, amor... Espero que você esteja cuidando da mamãe. Amanhã irei te ver, me espere, ok? Eu te amo muito. — O áudio terminou e a mãe sorriu ao senti-lo se mover.

— Ah, é incrível! Ele adora Gizelly.

Mamãe afastou a mão para começar a tomar o café da manhã e eu fiquei com uma mão na barriga. Começamos a tomar café da manhã e entre toda a conversa pude sentir seus movimentos.

Mais tarde nos vestimos e decidimos ir até a casa de Luiza e Valentina que nos esperavam para almoçar. Então pegamos um táxi e fomos. Quando abrimos a porta senti uma avalanche de mãos na barriga.

— Onde está o precioso da tia? — disse a voz de Valentina.

— Oi bebê! Sou seu primo, Léo.

Tive que rir do entusiasmo deles assim que entrei.

— Agora, deixe-a respirar. — Luiza reclamou e eu sorri enormemente ao ver Gizelly ao seu lado.

Consequências - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora