Capítulo 16

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Gizelly POV

Rafaella está morando comigo há duas semanas e já entrou no quinto mês de gravidez. Como o tempo passou tão rápido? Daqui a quatro meses o bebê vai nascer e nós dois estamos ansiosas. Hoje à tarde temos a próxima ultrassonografia e farão uma ultrassonografia morfológica. Que consiste no exame detalhado de toda a morfologia, órgão por órgão.

As coisas com a mídia se acalmaram um pouco, mas durante quase uma semana eles nos seguiram aonde quer que fossemos. Foi tedioso e causou estresse para Rafaella, então ela teve certeza de que isso não aconteceria mais.

Peguei o elevador até a GloBe e o que vi quando cheguei ao andar me fez sorrir. Deborah estava sentada ao lado de Rafaella no sofá e conversava com sua barriga.

— Olá, Rafaella. — Manu me disse e olhou para onde eu estava olhando. — Elas estão assim há algum tempo. O bebê não para de chutar quando ouve Deborah.

— Rafaella me mandou uma mensagem para ir resgatá-la, agora entendo o porquê. — Rimos e eu fui até o escritório, bati no vidro e sorri.

— Posso? — Eu disse e as duas olharam para mim.

— Querida, você não imagina. — Rafaella me disse sorrindo. — Ele não para de chutar quando Deborah fala com ele.

— Ele sabe com quem está falando. — Déborah disse lisonjeada e se levantando. — Ok, não vou mais entretê-lo. Você se atrasará para essa consulta.

— Está tudo bem, tia. Nos vemos amanhã.

— Se cuide, Sra, Secco.

— Se cuidem! – Ela disse e voltou ao seu trabalho.

Rafaella se aproximou e foi pegar suas coisas. Ajudei-a a vestir a jaqueta e nos aproximamos por um momento de Manu, que acariciou levemente sua barriga,

— Se cuida e nos vemos mais tarde na casa da sua mãe. — Manu disse e Rafaella acenou para ela.

Rafaella pegou minha mão e saímos de lá. Fomos até o elevador e após apertar o botão me aproximei dela para beijá-la.

— Como foi hoje, amor?

— Pacífico. — Eu disse e sorri. — Júlia voltará amanhã, então tia Déborah vai vir com algum artigo que não me fará sair de casa.

O elevador abriu e entramos. Aproveitei para abraçá-la e coloquei a mão em sua barriga, acariciando-a.

— Estou feliz que você finalmente possa escrever, sei que você está morrendo de vontade de fazê-lo. — Eu disse e ela assentiu. — Como ele se comportou hoje?

— Lindamente. — Ela disse e eu senti o movimento sob minha mão. — Oh, você sabe que a mãe está aqui. Hoje estava tão quieto pela manhã que acho que ele estava dormindo, mas ouvi Deborah gritar e ele não parou de se mexer a tarde toda. — Saímos do elevador de mãos dadas e ele continuou me contando. — Hoje comi dois hambúrgueres gigantes com batata frita extra. — Olhei para ela surpreso e ela riu. — Ele é definitivamente meu filho, ele adora comer.

Eu ri quando a ouvi dizer isso e fomos até o carro onde um motorista nos esperava.

— Um motorista? — Ela perguntou e eu balancei a cabeça.

— Você já está com cinco meses, não quero arriscar você indo na frente. — Eu disse a ela e após fechar a porta olhei para frente. — Para o Hospital de National City, Paulo.

— Agora mesmo, senhorita Bicalho. — Ele disse muito gentilmente. — E não se preocupe, irei em uma velocidade segura.

— Não se preocupe, Paulo. Eu sei como você é. Deixo a segurança da minha família em boas mãos.

Consequências - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora