Capítulo 20

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Rafaella POV

Gabriel nasceu pesando 2 quilos, 425 gramas e 47 centímetros de altura, no dia 27 de abril, às 23h50. Mas eles o mantiveram na incubadora por várias horas. A esposa da Dra. Juliette apareceu naquela manhã e eu acordei com a voz dela.

— Senhorita Kalimann, meu nome é Sarah Andrade e sou a pediatra que você escolheu para seu filho Gabriel.

— É um prazer conhecê-la. Desculpe, minha noiva não está aqui no momento. Ela foi para a sala de terapia intensiva para ver Gabriel.

Ela acenou para mim e sorriu.

— Sim, acabei de chegar de lá. Eu estava explicando à sua noiva que quando a qualidade respiratória do Gabriel for satisfatória, seu peso progredir para níveis aceitáveis, sua tolerância à alimentação for adequada, não aparecerem episódios infecciosos e o nível de desenvolvimento de seus órgãos vitais for favorável, ele será capaz de sair da incubadora.

— E quanto tempo vai demorar para isso? Ainda estou com dores no corpo, mas quero ir ver meu filho.

— É exatamente sobre isso que estou aqui para falar com vocês, estamos fazendo testes no Gabriel e em algumas horas poderemos confirmar, mas tudo indica que todos os seus órgãos estão desenvolvidos e funcionais. — Suas palavras me aliviaram muito. — E para o bebê é preciso estabelecer vínculos afetivos com a mãe o mais rápido possível. Então eu tenho uma proposta para você. Eu gostaria de fazer o cuidado canguru com Gabriel.

— O que é isso?

Eu perguntei e ela me olhou sentada na beira da cama.

— Este método consiste em substituir a incubadora pelo corpo da mãe, que oferece o calor necessário. O contato com a pele e a mama da mãe estabiliza a frequência cardíaca do bebê e melhora sua frequência respiratória. Sem dúvida, este abrigo garante o melhor estímulo físico e emocional para que evolua corretamente. — Ela me disse e eu balancei a cabeça sorrindo. — Além disso, é necessário que você tente amamentá-lo. Quando saí da UTI, a Srta. Bicalho estava dando mamadeira para ele e ele aceitou, mas tenho interesse que ele receba leite materno.

— Obrigada, Dra. — Eu disse e ela sorriu docemente para mim. — Sou eternamente grato a você e sua esposa pelo que fazem pela segurança do meu filho.

— Que posso dizer? — Ela disse divertida. — Esse garoto é muito lindo. Ele tem todas as enfermeiras apaixonadas.

— Ele herdou isso de Gizelly. — Eu disse e ela me olhou séria.

— Espero poder trazer seu filho até você em algumas horas para que você possa segurá-lo nos braços.

Ela se retirou e eu fiquei para descansar mais um pouco. Gizelly voltou com um grande sorriso quando lhe disseram que em algumas horas o trariam para mim. Eles me trouxeram o almoço e Gizelly estava ao meu lado me olhando com doçura. Foi quando terminei de comer que fui surpreendida pela Dra. Andrade que apareceu com um berço de vidro fechado. Sorri e observei com entusiasmo enquanto uma enfermeira tirava a comida de mim. Gizelly pegou Gabriel e segurou-o por um momento enquanto o Dra. Sarah instruiu a enfermeira a me ajudar a abrir meu vestido. Elas queriam que eu estivesse quase nua. para que eu pudesse ter Gabriel contra meu peito e sentir meu calor.

Gizelly se aproximou e me entregou. A enfermeira me ajudou e aos poucos ele foi pegando meu seio. No começo me machucou porque eu não estava acostumada. Então me senti muito linda e segurei meu filho ansiosamente. Eu o vi abrir os olhos e olhar para mim.

— Olá meu filho. Você é tão fofo, precioso da mamãe.

— Rafaella. — Gizelly chamou minha atenção e notei que ela estava com o celular. — Sorri.

Consequências - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora