Capítulo 11

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Gizelly POV

Foi um mês muito longo. Gustavo estava se recuperando do acidente, mas ainda não podia viajar. Eu estava ansiosa para voltar. Olhei a hora enquanto estava indo para o escritório e não era tão tarde nos Estados Unidos então resolvi ligar para Rafaella. Só que prometemos não fazer videochamada porque Rafaella queria me surpreender com as mudanças que ela estava tendo. Desde que conversamos, ela continua sentindo náuseas e vômitos. Além disso, ela me contou como sua barriga cresceu. Isso me deixou mais animada. Disquei o número dela e esperei que me respondesse.

— Olá! Me dê um segundo... Estou lutando contra um alienígena... Venha aqui e vamos consertar isso como mulheres! — Ela gritou e ouvi o som de tiros. — Deus, morri.

Ouvi Rafaella gritar e sorri, era como conversar com uma garota. Foi adorável demais.

— Estou interrompendo seu grande momento? — Eu disse rindo e Rafaella fez o mesmo do outro lado.

— Estamos jogando Doom e foi a minha vez. — Ela disse e fez uma pausa. — Vá em frente, Maria. Já volto.

— Como está? — Eu perguntei.

— Muito bem, comi muitos doces e joguei Playstation o dia todo. Sair com minha prima é muito divertido. — Ela disse e eu ri. — Deborah está nos observando do sofá desde hoje enquanto escreve e-mails bêbadas que com certeza esquecerá amanhã. E tenho medo de tirar o computador dela, então vou deixá-la em paz. E você? O que faz?

— Trabalho. — Contei e sentei à escrivaninha.

— Sério? Mas é Natal... A propósito! Eu comprei uma coisa para você.

— Que coincidência, eu comprei algo para você também. Você e o bebê.

— Foi? O que você comprou para ele? — Ela perguntou animadamente e eu quase pude vê-la sorrir.

— Você verá quando eu voltar. Chegarei bem a tempo para o ano novo.

— Mal posso esperar para te ver... estou com saudades.

— Eu também sinto sua falta.

Houve um silêncio entre nós e eu não sabia o que dizer mas lembrei que estava com Deborah.

— Não quero mais interromper seu tempo com Deborah e Maria... Só queria ouvir sua voz. E te dizer... Feliz Natal.

— Feliz Natal, Gizelly. — Ela disse e eu fechei os olhos desejando estar ao seu lado. — Não trabalhe mais, vá aproveitar.

— Eu vou, quando estiver com você. — Eu disse e naquele momento a secretária entrou com os papéis que eu tinha que assinar. — Devo ir. Por favor se cuida. Vejo você em breve.

— Até logo, se cuida. E Gizelly... eu te amo.

— Eu também te amo, Rafaella..

Ela desligou e eu suspirei e continuei meu trabalho, sempre pensando neles. Rafaella e o bebê.

Os dias se passaram e tudo que eu queria era chegar na casa de Rafaella. Então quando cheguei em National City fui deixar os papéis que trouxe de Londres na BicalhoCorp e corri para tomar banho, me trocar e pegar os presentes. Eu trouxe presentes para todos, mas estava mais interessada no que daria para Rafaella.

Entrei no carro, enchi-o com as sacolas e parti. Eu estava cheia de ansiedade. Como é possível sentir tanta falta de alguém? Bem, eu sentia. Eu sentia falta de Rafaella como nunca senti.

Depois de estacionar o carro, fui pegar um bolo de ano novo que encomendei e minhas mãos iam explodir. E duas pessoas apareceram como anjos caídos do céu. Manu e Júlio apareceram no momento em que tentei abrir a porta.

Consequências - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora