Laços De Amor(Mpreg) - Spin-off De Valor De Um Amor

Capítulo Quinze

Joseph Mull:

Ao longo do dia, compartilhamos momentos descontraídos no parque, enquanto Matilde se divertia no playground. Rogério e eu nos esforçamos para manter uma atmosfera leve e amigável, concentrando-nos no presente e nas alegrias que Matilde nos proporcionava.

Conversamos sobre assuntos triviais, sorrimos diante das brincadeiras de Matilde e até mesmo compartilhamos algumas risadas. Ainda havia muitos aspectos a serem explorados e ajustes a serem feitos, mas o dia se desenrolou de uma maneira que parecia promissora.

Então notei algo em seu rosto que chamou minha atenção.

— Você está deixando a barba crescer? — perguntei de repente.

Ele sorriu e passou a mão no queixo.

— Depende.

— De quê?

— Se você gostar.

Isso me fez dar de ombros e me controlar para não revirar os olhos.

— É o seu rosto — resmunguei.

— Verdade, mas eu com certeza teria uma opinião se você decidisse deixar sua barba crescer.

Rogério piscou para mim, exibindo um sorriso malicioso.

— Eu apostaria que você ficaria charmoso de barba.

Rolei os olhos, mas não pude deixar de rir.

— Talvez eu considere a ideia, então. Mas só se você prometer não ficar ciumento.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Trato feito. Estou animado para ver como fica.

Bati no ombro dele, que soltou uma risada alta, chamando a atenção das meninas, especialmente minha irmã, que levantou os punhos e parecia quase vir em nossa direção. No entanto, Sky e Matilde a seguraram para continuarem brincando. Devo dizer que Matilde estava gostando de se divertir com as tias e o cachorro dela, não parecendo interessada na conversa que os pais tinham.

— Poderia diminuir o volume dessa risada — Falei, e ele me olhou meio divertido ainda. — Lembro de como você ri igual uma gralha quando está gostando do assunto.

— Faço isso se você me deixar estabelecer algumas condições, Joseph.

Olhei para a sua direção cético. Era quase impossível não saber o que ele iria querer, mas só me restava ouvir o final das condições antes de negar.

— Você acha que pode impor condições.

— Primeiro — disse ele, assumindo uma expressão séria como se estivéssemos prestes a fazer um acordo de negócios —, teremos um encontro por semana. Só nós dois.

Isso me fez dar uma risada.

— Não.

Quando percebi, ele estava quase perto demais para que eu quisesse me afastar. Sua proposta de um encontro real, longe de tarefas mundanas ou desculpas para evitar ficar a sós, estava permeada de uma tensão sutil, como se estivéssemos dançando ao redor de algo que ambos sabíamos ser delicado.

— Será um encontro de verdade. Nada de ir ao supermercado ou qualquer outra tarefa mundana em que você possa pensar para evitar ficar sozinho comigo ou algo que ache que vou desgostar — ele propôs, olhando-me nos olhos com intensidade.

Respirei fundo antes de responder, tentando manter uma expressão impassível.

— Sinto muito. Próxima?