Dreams

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" – Beta01 para Alcateia, estamos com o alvo na mira, câmbio.

O recruta Kent, tentava o rádio, estávamos posicionados e escondidos dentro dos arbustos no meio da montanha. O líder inimigo estava na vila com mais uns 20 homens dele, a vila devia ter cerca de 300 civis ou mais, aliada do líder. Precisávamos da confirmação do comandante para concluir a tarefa, mas estávamos perdendo a comunicação.

– Beta01 para Alcateia, estamos com o alvo na mira, permissão para atirar, repito... permissão para atirar – Kent tentou outra vez, mas só recebeu o chiado do rádio de volta.

– Faz essa porra funcionar recruta! – Sargento Parker gritou entre os dentes de outro arbusto, ela estava nervosa e louca para concluir a missão – Faz isso funcionar ou eu mesma vou aí e enfio esse rádio no seu rabo.

– Alcateia aqui é Beta01, estamos em posição por favor responda – ele engoliu seco, nenhuma resposta, olhou para mim e acenou negativo.

– Escutem, as 9:30hrs vamos mais para cima tentar a comunicação, não podemos fazer nada sem as ordens – falei alto para todos ouvirem, Sargento Parker resmungou impaciente – Por hora, descansem.

Ainda estávamos lá, à espreita nos arbustos esperando o horário da próxima tentativa de comunicação com a Base, o alvo estava perto era a nossa chance de executá-lo e sairmos ilesos, era concluir a tarefa e ir para o ponto de encontro enquanto o caos reinava lá embaixo, eles não saberiam de onde seria o tiro e não teriam direção certa para correr, mas a Base precisava confirmar a tarefa, para estarem prontos para nos resgatar assim que feito. Mas de repente o som dos nossos comunicadores apitou e J.Glicker nos deu a situação adiante.

– Estão ouvindo isso? – Joel disse no comunicador, estávamos em arbustos separados, distantes uns dos outros. Olhei para frente, escutei sinos e logo após vi chifres, o balir não deixava dúvidas de que eram cabras não demorou muito para mais aparecer – Merda, um rebanho de cabras.

E como esperado sobre um rebanho de cabras ela tinha seu pastor, um homem civil vinha atrás delas as guiando, junto com mais dois meninos, provavelmente filhos dele.

– Fiquem em silêncio, não podemos comprometer nossas posições – sussurrei pelo comunicador.

À medida que o rebanho se aproximava ficávamos mais tensos, qualquer coisa poderia comprometer a operação e tudo desandaria em níveis catastróficos, estávamos em guerra e isso significava que tínhamos que neutralizar a ameaça. Um dos meninos se aproximou muito perto de mim, eu estava deitada com meus equipamentos junto a mim bem camuflada no mato, puxei o pé bem devagar, mas não tive tempo de evitar o próximo passo dele, e ele pisou no meu pé. Fomos comprometidos, as cabras se dispensaram pelo barulho e o garoto caiu em cima de mim, rapidamente o imobilizei, J.Glicker e Kent, lidaram com os outros, o garoto mais velho tentou lutar e fugir, mas Parker lhe deu uma coronhada na cara antes mesmo que ele tentasse.

– Merda! – ela praguejou – Merda, merda, merda – andou de uma lado para o outro apontando o fuzil na cara do rapaz, J.Glicker e Kent, amarravam o senhor e o menino nas árvores.

– Que merda é essa? – Kent interrogava o senhor com um rádio de comunicação que havia tirado dele na revista – Que merda é essa, você é um deles uh? – o homem respondia em sua língua materna que nada entendíamos – Que porra é essa? Merda!

J.Glicker, ajudou Parker a amarrar o menino mais velho, e estamos todos com o mesmo olhar. O olhar de que estávamos ferrados!

– Recruta, tente o se comunicar com a base outra vez! – ordenei.

After You (G!P Wenclair - AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora