𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo

0.6

AVISO: Capítulo com surpresinha, porém não revisado. Perdoem qualquer erro e tenham uma boa leitura!

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Ao chegar em casa, tomei um banho para tirar toda a maquiagem que eu havia feito e troquei de roupa, colocando o que eu sempre costumava usar quando ficava sozinha em casa: uma camisa gigante e calcinha.

Fui preparar alguma coisa para comer, afinal, eu estava com fome. Não havia comido nada pois jurava que hoje teria um maravilhoso jantar em um restaurante caro, mas eu estava redondamente errada quanto a isso.

E lá estava eu, fazendo novamente um macarrão instantâneo por ser a coisa mais rápida e prática que veio em minha mente, apesar de não ser nada saudável.

Comi direto da panela mesmo, não estava a fim de ficar sujando louça desnecessariamente para depois ter que lavar, por mais que fosse só mais um prato.

E agora, tive que dar um jeito de me entreter sozinha, até porque eu não ficaria sofrendo pelo encontro que não aconteceu, não mesmo.

Mas nesse momento, me arrependi de não ter dado pelo menos uma das mais de quinhentas chances que eu poderia ter dado a Kenji. Ao menos ele nunca iria me dar um bolo no dia do encontro, disso eu tinha certeza.

Decidi maratonar a série que eu havia começado a um tempo. Como amanhã eu não teria aula por ser feriado, eu poderia aproveitar para ver quantos episódios eu quisesse e dormir o mais tarde possível.

Até que eu gostava da paz e da certa solidão que estava tendo. Era bom ter um momento unicamente meu, sem precisar responder alguém ou me preocupar com outra vida, além de é claro, a vida do Sminorff.

Já era duas horas da manhã e eu continuava jogada no sofá da sala assistindo sabe se lá Deus qual episódio da série. Ouvi a campainha tocar, me fazendo bufar por ter que tirar aquele cobertor quentinho de cima de mim.

Estranhei o fato de ter alguém vindo me visitar em plena duas horas da manhã, mas eu iria abrir pois poderia ser algo sério, não seria a primeira vez que Senju vinha me procurar pela madrugada.

Abri a porta, vendo o homem de cabelos rosados com uma expressão cansada no rosto. Ele tinha a camisa social branca com os primeiros botões abertos e em sua mão tinha um pequeno buquê de rosas envoltas por um papel preto.

– Posso entrar e conversar com você? – Ele falou olhando diretamente em meus olhos.

– Não. – Falei ríspida, fechando a porta em sua cara.

Mas Haruchiyo era insistente, ele não ia deixar que um simples "não" e uma porta fechada em seu rosto o parasse. Ficou tocando a campainha diversas vezes, fazendo com que aquele barulho irritante ecoar pelo apartamento praticamente sem pausa.

Abri a porta novamente, vendo o homem apertar o botão da campainha enquanto me olhava com um sorriso convencido.

– Se você continuar, eu vou ligar pra portaria e vou mandar te tirarem daqui.

– Você faz isso e eu volto outro dia.

– Então peço pra não te deixarem mais subir. – Eu ia fechando a porta quando ele colocou a mão nela, a empurrando para que a porta não se fechasse.

– Então eu vou te perturbar em qualquer outro lugar, nem que eu tenha que comprar diversos outros chips para te ligar ou comprar a porra de um apartamento ao lado do seu, ou até mesmo o prédio inteiro. Eu só quero conversar, por favor.

Abri a porta e sai do caminho, deixando que o homem entrasse. Ele estendeu as flores que carregava consigo em minha direção e eu as peguei, apesar da raiva que estava dele, as flores não tinham nada a ver com isso.