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AVISOS: Capítulo não revisado. Me perdoem por qualquer erro e boa leitura!

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A proposta de Kenji realmente me pegou desprevenida, me fazendo piscar de forma ansiosa na tentativa de assimilar tudo o que ele havia dito e proposto.

Sim, eu sabia bem que ele estava certo e que de fato era melhor eu sair do país para quem sabe ter uma vida mais segura, mas era fora de questão deixar tudo para trás, meus sonhos, meus amigos, minha família... meu Sanzu.

Juntei palavras desconexas para formar uma frase que fizesse o mínimo de sentido, e quando as palavras vieram até minha garganta, ouço a porta da sala em que estavam o rosado e o médico se fechar. Sabe-se lá Deus o quanto da nossa conversa eles puderam ouvir.

Sanzu se despedia do médico enquanto ele o dava orientações básicas que era do conhecimento de qualquer pessoa, como ficar em repouso, não fazer esforço e evitar estresse, afinal ele havia tomado um tiro e os pontos haviam sido recém feitos.

Ele observava nós dois como se estivesse tão ansioso por resposta quanto o próprio Kenji, fazendo minha mente ter um breve apagão. Juntei novamente a coragem de o responder enquanto o rosado se aproximava aos poucos.

– Eu agradeço pela proposta mas eu não sei... tudo bem por você se eu pensar um pouco sobre isso? Não posso tomar uma atitude como essa tão do nada. – Ele assentiu com uma expressão não muito empolgada, mas ele já esperava isso.

– Tome o tempo que precisar, só pense bem na minha proposta... certo?

Forcei um sorriso com os lábios grudados um no outro enquanto assentia. O mais alto ia se inclinando para me dar um selinho quando a mão de Haruchiyo parou seu peito, o deixando distante de mim.

– É melhor deixar ela descansar, e eu sugiro que você faça o mesmo. – Falou ríspido enquanto encarava o moreno que, apesar de ser mais alto, não intimidava nem um pouco o rosado.

– Agradeço pela sugestão. – Soou irônico. – E poderia me dizer onde podemos fazer isso?

– A [Nome] fica na minha casa, você ja não é problema meu. – Dito isso, Sanzu segurou minha cintura e me conduziu até o elevador sem que eu nem tivesse chance de me despedir.

O clima naquela caixa metálica que subia alguns andares ficou extremamente pesado e de repente fui levada novamente para a primeira vez em que vi o homem.

Novamente estávamos um em cada canto do elevador encarando um ao outro e nervosos como na primeira vez, mas hoje o nosso nervosismo era causado por outro fator.

Decidi quebrar aquele clima negativo que pairava sobre nós e tentar iniciar a conversa que anteriormente eu havia recusado.

– Obrigada por tê-lo resgatado, de verdade mesmo.

– Não fiz por ele, fiz pela promessa que fiz a você. Por mim, ele continuaria lá. – Encarei ele com os olhos arregalados enquanto ele sorria de canto, me fazendo rir por ver que ele não havia mudado nem um pouco.

– Os machucados estão muito ruins? Posso te ajudar com eles quando precisar. – Minha voz era suave, não sabia nem como agir perto dele.

– Não se preocupe, eles nem se comparam com o que sinto vendo que você está bem. – Falou até um pouco sem graça enquanto abria a porta do seu apartamento, visto que chegamos no andar dele a poucos momentos.

Assim que ele abriu a porta, já pude ouvir um miado quase desesperado enquanto Smirnoff corria até a porta, claramente feliz por ver Haruchiyo após tanto tempo. O problema era que eu ainda não havia avisado que ele estaria aqui, então só pude ver a expressão confusa do rosado.

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora