3.5

101 18 87
                                    

Capítulo maiorzinho para compensar o anterior. Não revisei, então me perdoem caso haja algum erro e boa leitura!

~

Assim que Haruchiyo falou com Manjiro após a sua pequena discussão com Ran, passou imediatamente no banheiro do andar em que estava. O homem se encarava no espelho com uma expressão irritada, bufando ao ver a marca roxa em seu pescoço causada pelos dedos do Haitani, apenas ficava satisfeito por saber que conseguiu irritar o homem, apesar de sair bem atingido também.

Retirou do bolso um pacotinho com cocaína - como de costume - afinal, não havia parado de usar nem um dia sequer, apenas fingia e usava no banheiro social do prédio.

Abriu o pequeno pacote e despejou na bancada da pia, nem se preocupando em fazer carreiras finas para aspirar o conteúdo. Seu organismo já estava tão acostumado com as drogas que uma pouca quantidade já nem dava para causar algum efeito.

Subiu para o apartamento momentos após, estranhando o silêncio ensurdecedor do local. Estranhou também quando entrou no quarto e não me viu, não vendo nada que pudesse demonstrar que eu havia passado em casa. Por um momento, passou em sua mente a ideia de eu estar com o Ran, mas o homem havia saído e em sua cabeça, eu não faria isso com ele, certo?

Retirou seu paletó o apoiando em cima da cama, indo em direção ao banheiro da suíte ao perceber a porta aberta. Seu coração gelou no momento em que me viu deitada na banheira quase transbordava de água e com a garrafa na mão, foi inevitável pensar no pior.

No desespero, se jogou de joelhos ao lado da banheira, retirando a garrafa de minha mão e puxando meu rosto para perto do seu, dando pequenos tapas para me acordar. Ele estava desesperado, sentia como se seu coração batesse mil vezes por segundo. 

– Meu amor, pelo amor de Deus, não faz isso comigo... – Ele repetia enquanto chacoalhava meu corpo. Com toda aquela agitação, era impossível eu não acordar.

Resmunguei enquanto aos poucos abria os olhos meio alterada pela bebida. Os meus olhos estavam tão inchados que mal consegui os abrir por completo. Passei a mão no rosto virando de lado na banheira, ainda sem despertar totalmente.

– Filha da puta, que susto você me deu! – Apesar de falar alto, o homem falou sem maldade, respirando pesadamente tentando controlar seus pensamentos.

– Por que você me trata assim? – Perguntei sem virar de frente para ele, sentindo lágrimas novamente se formarem em meus olhos.

– Assim como, meu amor? – Ele se sentou na beirada da banheira, passando a mão carinhosamente por meus braços molhados.

– Assim, como se você não gostasse de mim.

– Até me magoa ver você dizer isso, eu amo você mais do que a mim mesmo. – Sua postura calma me confundia extremamente.

– O que você fez hoje não é amor, Sanzu. Eu sinto falta de quem você era antes de... tudo. – Apenas tive coragem de dizer tudo aquilo por conta da bebida que me dava coragem.

– Sai daí pra conversarmos melhor, por favor. – Ele falou com uma voz entristecida. Funguei para disfarçar o choro e me levantei, cambaleando e quase caindo se não fosse pelo homem me segurando. Ele colocou uma das toalhas penduradas em cima de meu ombro, me guiando até o quarto.

Me sentei na cama sem nem me ligar que estava molhando totalmente a colcha, encarando o horizonte pela janela sem muita felicidade.

– Me perdoa por hoje mais cedo, eu não sou assim, você sabe disso. Eu só... você acabou me estressando e eu não sei lidar com isso. – Ele se sentou ao meu lado, acariciando meu cabelo ainda duro de cloro.

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora