1.5

455 55 86
                                    

AVISOS: Capítulo não revisado. Me perdoem caso haja algum erro e boa leitura!

~

Naquela noite eu vivi um verdadeiro inferno cuidando do homem que estava estirado no meu sofá. Eu não sabia se ele estava dormindo ou o que caralhos acontecia com ele, mas eu tinha a plena certeza de que ele não estava nada bem.

Ele estava alucinando, ao menos isso eu conseguia identificar. Seu corpo inteiro tremia e suava, coloquei o termômetro e percebi que ele estava queimando em febre, além das vezes que ele simplesmente apagava enquanto falava comigo.

Eu estava com um medo do caralho de o perder, e por isso não consegui dormir a noite pois toda hora checava se ele ainda estava respirando, como uma mãe preocupada.

A ideia de o levar até o hospital passava pela minha mente várias vezes, mas eu ainda tinha esperança de que ele melhoraria sem precisar chegar a esse nível, mas eu tinha medo de que essa minha decisão custasse sua vida.

Quando amanheceu, decidi ligar para a Senju. Eu estava evitando fazer isso já que das poucas vezes que Sanzu conseguiu falar algo, ele pediu para eu não ligar pra ninguém, mas estava em um estágio que eu não estava conseguindo mais controlar sozinha.

Obviamente, me afastei um pouco para conversar com ela, pois mesmo que ele estivesse apagando diversas vezes, ele ainda poderia escutar. Mas eu não o deixei totalmente sozinho, fiquei em um lugar que conseguia ter visão para ele.

– Oi amiga, bom dia. – Ouvi a voz da garota poucos toques depois.

– Senju, preciso que venha pra cá, agora!

– Eu estou indo pra faculdade agora, você me conta o que quiser quando chegarmos.

– É o Sanzu, ele está muito mal aqui em casa e eu não sei mais o que fazer. – Ouvi um breve silêncio do outro lado da linha antes de ouvir novamente a voz da platinada.

– Chego aí em alguns minutos. Mas o que aconteceu com ele? Achei que não estivessem mais se falando.

– Não estávamos, mas ele apareceu aqui em casa drogado e eu não pude mandar ele ir embora. Amiga, estou falando sério, ele usou muita coisa.

– Puta que pariu... – Foi a única coisa que ela disse antes de desligar.

Voltei para a sala, apoiando o celular na mesa de centro e me agachando próximo ao homem, segurando sua mão quente e a beijando, em seguida passando a mão por seus cabelos úmidos de suor.

– Vai ficar tudo bem, meu amor. Eu prometo que vai.

Enquanto eu esperava a irmã mais nova do homem, não sai do lado dele nem por um segundo. Ele vomitou algumas vezes, claro que em um pote separado para isso pois ele não conseguia nem ficar em pé.

Eu me sentia um pouco impotente por não conseguir fazer muita coisa por ele.

Me assustei ao ouvir a porta abrir com certo desespero. Senju sabia a senha da fechadura digital do meu apartamento, então não precisou tocar a campainha e nem nada do tipo.

No momento em que ela chegou, se jogou ao chão no lado do seu irmão, já encontrando ele um pouquinho melhor. Provavelmente vomitar estava o fazendo bem, pois conseguia o desintoxicar um pouco, ao menos ele já conseguia formular algumas frases.

– Caralho, Haru... você me prometeu que não ia mais fazer isso.

– Está tudo bem. – Ele falou fraco, tentando se levantar e sendo impedido por mim, já imaginando qual seria a próxima vez que ele iria apagar.

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora