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Quem adivinhar o que vai acontecer nesse capítulo ganha um beijo, hein.

Capítulo não revisado, me perdoem caso haja qualquer erro e boa leitura!

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– Eu não estava te evitando. – Dei uma furtar risada na tentativa que esconder a minha mentira, me sentando com os ombros encolhidos em uma das espreguiçadeiras que ficava de frente para o homem.

– Claro que não, só saiu correndo quando me viu saindo do elevador, não me procurou mais e nem sequer respondeu mais nenhuma das minhas mensagens. – Ele não parecia estar realmente ofendido, apenas achava divertido constranger qualquer pessoa em qualquer oportunidade que tivesse, e ele havia alcançado seu objetivo. Deu um gole em seu whisky e se afastou da borda, sorrindo ao me ver quieta por vergonha. – Entra. Tenho certeza de que você não veio até aqui só pra ficar sentada.

Suspirei pesadamente percebendo que de fato não tinha para onde mais fugir e que depois de duas semanas evitando o homem, agora eu finalmente teria que o enfrentar. Puxei a barra do meu vestido para cima, ficando apenas com o biquíni sem nem sentir vergonha do homem, afinal, ele já me viu muito menos vestida. Fiz um coque em meu cabelo usando os próprios fios para o prender e finalmente entrei na piscina sentindo o aconchego da água aquecida no ponto ideal, me aproximando da borda e apoiando meus braços ali, deitando o rosto neles para olhar de lado para o homem.

– Desculpa por aquele dia e por todos os outros, eu só estava com muita coisa na cabeça e...

– Sim, eu sei. Não precisa me falar que você tinha muita coisa na cabeça e que estava aproveitando os dias com o Sanzu. Eu vi a foto de vocês, parecem bem felizes.

– É, parecemos. – Sorri sem muita alegria, desviando o olhar para as grandes janelas que davam visão para a noite estrelada. Aquele ambiente e a vista eram simplesmente surreais, eu me sentia como em um daqueles vídeos de "em qual quarto você dormiria melhor?"

– Não pense que não percebi sua cara de choro e essa marca roxa no seu braço. Quer me falar algo sobre isso? – Olhei pra a lateral do meu braço e apenas por ele ter falado que percebi que realmente estava levemente arroxeado. Apenas neguei com a cabeça, sem coragem de olhar nos olhos do homem.

Na verdade mesmo, eu queria sim conversar com alguém sobre tudo o que eu estava sentindo e pensando, precisava colocar tudo pra fora e ter um apoio emocional, precisava de alguém que me dissesse que tu ficaria bem e que estaria lá para mim. Precisava de alguém que me desse uma luz e me dissesse o que eu deveria fazer - por mais que a resposta já estivesse bem clara - mas eu não queria ter que relembrar de tudo e pior ainda, não queria acabar destruindo uma amizade de anos por uma pequena discussão, destruir uma amizade por nada, afinal, aquilo que havia acontecido hoje não era nada, certo?

Ouvi o barulho da água se movimentando e imaginei que ele estava se aproximando de mim. Sua mão tocou gentilmente o meu braço, me fazendo virar de frente para ele e o encarar pela primeira vez em todo o tempo em que estava ali com ele.

– Escuta aqui, eu entendo que você não queira falar nada pra proteger ele e eu vou respeitar a sua decisão, mas já te aviso que não vou aceitar que ele fique te machucando, seja fisicamente ou mentalmente. Se eu souber que ele voltou a encostar um único dedo em você ou sequer gritou com você, vou me meter nessa situação quer você queira ou não, entendido? – Apesar de seu tom firme, eu não sentia medo como senti de Haruchiyo a momentos atrás, senti apenas um conforto.

– Obrigada, Ran, mas eu realmente vim aqui pra me distrair. Não quero ficar relembrando o que aconteceu então por favor, nós podemos só trocar de assunto?

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora