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AVISOS: Esse capítulo pode conter alguns gatilhos. Não revisei, então me perdoe caso haja algum erro e boa leitura!

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[SANZU ON]

Já fazia pouco mais de um ano que eu havia voltado a ser aquela pessoa fechada e mau humorada de sempre, raramente se via um sorriso sincero em meu rosto.

Não tinha um dia sequer que eu não pensasse em tudo o que havia acontecido e em como eu vacilei ao deixar que as coisas tomassem esse rumo, mas eu sempre soube do risco, a culpa era totalmente minha.

Apesar de sentir falta da única mulher que eu realmente amei, não fui atrás dela uma vez sequer, pelo contrário, a bloqueei de tudo e cortei qualquer modo de contato para a segurança da mesma.

Não fui atrás pois sabia que isso era muito para ela assimilar, e que talvez fosse realmente melhor que continuássemos afastados. Melhor para ela, pois eu estava ficando ainda mais louco.

Como de costume, eu estava no trabalho, e infelizmente hoje seria um dia movimentado. Confesso que tinha horas que eu não aguentava mais, mas ao menos era apenas nos últimos dias da semana.

A única forma de conseguir suportar aquele trabalho era uma das piores possível, e obviamente incluía substâncias ilícitas.

Peguei o mesmo tipo de pacotinho de sempre do meu bolso, despejando uma parte em cima do balcão e dividindo em duas carreiras. Quando eu ia aspirar a substância, vejo uma mão feminina jogar toda a cocaína no chão ao espalhar a substância pelo balcão.

– Haru, de novo com isso? O tanto que eu já conversei com você sobre...

– Para de encher a porra do meu saco, Senju! Eu não sou mais criança, caralho! – Cortei a platinada de forma irritada, passando as mãos em meus fios rosados e os segurando, como se aquilo fosse me ajudar a controlar a raiva.

– Desisto de você, Haruchiyo. Quer se drogar até ter outra overdose e morrer? Está nas suas mãos. – Ela jogou o pacote que havia pego em cima de mim, se afastando em passos lentos antes de parar. – Eu só queria te avisar que eu vi a [Nome] hoje.

Sua última fala fez com que um estalo surgisse em minha mente. Levantei com pressa, agarrando seu braço e a impedindo de se afastar.

– Você falou com ela? – Minha voz saiu de certa forma desesperada.

– Eu tentei, mas ela não quis me ouvir e foi embora. – O pingo de animação que havia nascido dentro de mim, morreu no mesmo momento. Soltei a platinada, me sentando novamente.

– Foi melhor assim. Não queira tentar uma reaproximação, pelo bem dela.

– eu sinto saudades dela, Haru... eu nunca tive conexão com uma pessoa assim em toda a minha vida.

– Eu também, Senju. Eu também. – Falei antes de aspirar por completo a nova carreira que eu havia feito e me levantando por ja não aguentar mais esse assunto.

Durante todo esse tempo, tentei não procurar ela e nem procurar notícias. Tentei apagar por completo aquela garota da minha vida, mas jamais conseguiria a apagar de minha mente e de meu coração.

Eu não tentei isso por não ter sentimentos, pelo contrário, amava tanto aquela mulher que chegava a doer, mas era o melhor para ela.

Falar dela me desestabilizou, me levou para o fundo do poço e eu não sabia como voltar, na verdade, nem sabia se queria voltar, mas eu precisava.

Um filme se passou em minha cabeça com todos os nossos momentos, eu lembrava de cada coisa que já havia feito e falado com ela, lembrava de cada coisa que ela me fez sentir em tão pouco tempo e de repente, tudo acaba.

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora