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AVISOS: Capítulo longo e com hot pesado. Não revisei, então perdoem se houver algum erro e boa leitura!

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Hoje seria o primeiro dia que eu veria Kenji desde o ocorrido, e nesses dias eu fiquei com aquele sentimento angustiante de culpa em meu coração.

Eu e ele não tínhamos nada, eu nem sequer correspondia os sentimentos que eu sabia que ele tinha e eu não havia feito nada de errado, certo? Então por que eu me sentia tão mal por isso?

Senju ainda não sabia de nada do que tinha acontecido, para ela, eu apenas tive uma queda de pressão e pronto, ela não fazia ideia de que eu havia transado com o irmão dela no banheiro masculino.

E eu também me sentia culpada por não contar para ela. Caralho, as vezes acho que tenho algum problema com pensamentos obsessivos.

Quando cheguei na sala, Senju e Kenji conversavam sorridentes, ainda sem perceber minha presença. Ele estava sentado ao lado dela, o que era estranho pois normalmente sentavam separados.

– Bom dia, gente. – Anunciei minha chegada, vendo o moreno fechar a cara no mesmo instante e se calar.

Senju, no entanto, me recebeu da mesma forma calorosa de sempre, sem notar a atitude estranha de Kenji. Eu me certificaria de conversar com ele mais tarde.

Me sentei na cadeira vaga que tinha atrás deles, já que dessa vez, eu fui a "excluída", mas era bom que eu poderia ficar quietinha na minha e pensando.

A aula foi passando e cada vez mais a minha coragem ia diminuindo. Caralho, [Nome], para de ser idiota! Pra começo de conversa, eu nem devia explicação por nada, sempre deixei claro que não queria nada com ele e nunca o dei esperança de nada.

E esses pensamentos me fizeram desistir de conversar com ele sobre o assunto, pelo menos temporariamente.

A noite, eu conversava com Sanzu pelo celular, é claro. Vez ou outra ele tinha um tempo para poder responder as minhas mensagens, e por algum motivo, parecia que ele sempre tinha mais trabalho para fazer durante a noite.

"Sabe o que eu estava pensando?
A gente podia ter uma palavra de segurança."

"Tipo aquelas que tem em bdsm?"

"Tecnicamente, sim."

"Está querendo fazer um contrato pra fuder, Sanzu?" – Brinquei.

"Não preciso de contrato pra te fuder, você sabe. Mas seria legal para sabermos o limite um do outro de forma mais clara."

E ele até que me deu argumentos bem convincentes, do tipo "tem gente que chora ou pede pra parar mesmo querendo que continue, então é bom pra sabermos quando realmente o outro não quer ou não aguenta mais."

Me contou até mesmo uma história dele, quando ocorreu da outra pessoa pedir para ele parar, ele parou e foi xingado por não ter continuado.

Essa história me tirou boas risadas e fiquei feliz de ter a ouvido, pois isso era sinal de que ele estava confiando em mim o suficiente para contar suas histórias antigas.

Eu pretendia um dia o perguntar sobre suas cicatrizes, realmente era algo que me intrigava bastante.

Aliás, a nossa palavra de segurança escolhida foi "Iogurte", pois me lembrava o tom do cabelo dele.

Conversamos sobre nossos limites e sobre o que o outro gostava ou não na hora do sexo, coisas também que nunca testamos e quais não estaríamos dispostos a testar. Confesso que foi até uma conversa descontraída que nos aproximou ainda mais.

𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 𝐭𝐨 𝐦𝐲 𝐡𝐞𝐥𝐥 - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora