1| Aquele com os príncipes de Asgard

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O ano é 1778, Mayla tem 118 anos, ano em que visitou Asgard pela primeira vez

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O ano é 1778, Mayla tem 118 anos, ano em que visitou Asgard pela primeira vez. Asgard na época era algo que muitas bruxas sonhavam em conhecer, Mayla e Dandara não eram diferentes. Na noite anterior, as duas estavam acordadas no quarto da mais velha, Dandara, com a companhia de Fernanda, sua amiga de família espanhola, e Tupã, sua amiga e filha do pajé do povo xerente. As quatros estavam no quarto de Dandara , conversavam, tomavam chá com bolo e torta de açaí. A conversa era um conjunto de línguas. Dandara e Mayla falavam português, um português diferente do de Portugal, o português que Anaya aprendeu desde que era criança. Fernanda espanhol e Tupã akwén e todas se entendiam. Eldorado  não tinha uma língua oficial, todos aprendiam diversas línguas desde criança, assim, nenhum povo se submeteria a adaptar a uma só língua.

— Ouvi falar que quando Thor aparece, dá pra escutar o som dos trovões ao seu redor e a cada passo seus raios aparecem no céu.- Mayla se olhava no espelho enquanto passava uma pasta de hidratação de pepino no rosto.

— Sério?- Fernanda fazia tranças no cabelo de Dandara.— Ele é tão poderoso assim? - Mayla ri da inocência da amiga.

— Não, ela só está brincando. Será que ele parece como está no livro ?- Tupã tinha um livro na mão que contava toda a história nórdica, as histórias que os humanos tinham criado, e nele tinha os desenhos de como seriam os deuses.

— Nossa mãe disse que não.- disse Dandara se levantando depois de Fernanda ter finalizado as tranças.- E disse que Asgard é bem diferente de como está nos livros, que eles não são tão poderosos, nem imortais .

— Devem se achar, mas tudo bem, se os irmãos forem insuportáveis vou colocar sapos na cama deles.- Mayla saiu da penteadeira com o rosto coberto pela máscara e se deitou no divã que ficava perto da janela, que tinha sua cortina agitada devido ao vento frio da noite.

— Mayla.- A voz Dandara era a de reclamações, ela se levantou e ficou em pé aou lado da irmã. — só se forem totalmente desagradáveis. Aí, manipularemos seus sonhos.-Mayla e Tupã dão uma risada abafada.

— Vocês são terríveis.- Fernanda se olhou no espelho. — Talvez sejam legais.

— É provável que não.- Tupã levantou e tirou o último pedaço de bolo da mão de Fernanda e mordeu. — Um dia desse li sobre Nokken, uma criatura misteriosa da água que habita lá, residente em águas frescas, lagos e lagoas profundas.- Ela caminhava pelo quarto cautelosamente.- Na tradição norueguesa, ele é descrito como um monstro escuro que coloca seus olhos apenas acima da superfície, observando como pessoas caminham em torno a água. - Ela falava baixo e lentamente apagava as velas acesas do quarto, enquanto encenava os movimentos da criatura. — Na tradição sueca, a criatura é um homem bonito, jovem que engana as mulheres para fazer elas saltarem na água e em seguida, afogar as vítimas. Ele é um mutante e pode se transformar em um cavalo branco, deixando as crianças montarem em suas costas e depois pula com elas de volta para água. - Tupã queria assustar as amigas, mas só Fernanda se sentia desconfortável com a história.

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