Ingrid Ferreira.
Dou risada ao vê a Cecília e a layla saindo e olho para o Cabral andando pra um lado e pro outro.
Me ajeito na cama e resmungo sentido uma pressão na cabeça.
Provalmente devo ter batido.
Nós ficamos em silêncio absoluto, apenas ouvindo nossas respirações. Esperando apenas uma frase de uma de nossas bocas.
Cabral: Você tem o quê com pirata? -- Para e andar e cruza os braços olhando pra mim.
Suspiro fundo e me ajeito novamente na cama do hospital.
Ingrid: Ele é meu ex noivo. -- Olho para o Cabral e ele me ouvia sem demonstrar reação nenhuma. - Eu não tenho mais nada com ele, eu juro. -- Começo a contar os dedos de nervoso com medo de alguma ação ou fala dele.
Cabral: Me liguei. Mas então por que ele fica te perseguindo?
Ingrid: Achei que fosse óbvio. -- Falo incrédula. - Eu terminei com ele, e ele não aceitou bem isso e agora tá nessa porra de perseguição achando que assim eu vou voltar pra ele. -- Cabral me ouve atento e concorda com a cabeça.
Cabral: Entendi. Melhoras pra tu morena, tô vazando. -- Faz um gesto pra mim
Não acredito.
Ingrid: Ou! -- Chamo a atenção dele. - Sério que você vai sair daqui sem me contar o seu lado da história? - Ele rir de mim.
Cabral: Tu quer saber algo que nem eu memo sei, morena. -- Deixa no ar e sai do quarto batendo a porta.
Que? Como assim?
Não tô acreditando que ele saiu daqui sem contar o que ele tem com o pirata.
Que ódio.
Fico uns minutos xingando até a última geração do Cabral na minha cabeça e aquela enfermeira aparece novamente, me avisando que havia recebido alta.
Saio de lá já vestida e encontro Layla E Cecília dando um sorrindo maléfico pra mim.
Ergo as sobrancelhas e solto um sorriso pra elas.
Layla: Olha o que a gente tem. -- Mostra uma garrafa de água azul.
Ingrid: De quem é isso? -- Pergunto pra elas e Cecília olha pra pra algum lugar.
Acompanho o olhar ela e vejo a enfermeira filha da puta.
Assim que ligo os fatos dou risada.
Cecília: Vamos. -- Pega nossas mãos e nos direciona pro banheiro.
Layla: Já que eu não posso bater. -- Abre a garrafa e joga o resto da água na pia do banheiro. - Vou fazer ela ficar doentinha. -- Vai até uma cabine do banheiro e enche a garrafa com água do vaso. - Só pela vergonha que essa puta me fez passar.
Eu e Cecília nos olhamos e damos gargalha.
Layla rir junto e fecha a garrafa.
Ingrid: Tu é ruim cara. -- falo rindo.
Layla: Essa piranha do caralho tem que aprender a respeitar os outros. -- Fala entre os dentes e sai andando.
Cecília: Essa gravidez ta fazendo a Layla bem não. -- Fala e sai também.
Antes de sair aproveito para me olhar no espelho e tive a pior visão que eu já vi de mim.
Eu tava horrível.
Cabelo bagunçado cheio de frizz, algumas partes do meu rosto estavam com aspecto sujo.
Nunca me sentir tão mal.
Fecho os olhos e suspiro fundo tentando controlar minhas lágrimas.
Saio de lá de cabeça baixa e vou andando até a saída do hospital.
- Ingrid! -- Ouço alguém me chamar e olho para onde vem aquela voz.
Minha tia!?
Olho assustada para ela e ela vem me abraçar.
Samanta: Meu Deus! Ingrid! Que saudade de você. -- Afasta o rosto do abraço e beija minha testa.
Ingrid: O que você tá fazendo aqui, tia? -- solto um sorriso pra ela.
Samanta: Uma amiga sua.. -- Faz uma careta provalmente tentando lembrar o nome. - Layla, me ligou dizendo que você estava no hospital.
Ingrid: Ah sim, verdade, me esqueci. -- Minto.
Minha tia Samanta e a única pessoa que me dou bem na minha família, de resto tudo não me dou bem ou acham que sou puta.
Samanta: Ingrid meu amor, você tem comido? Você tá tão... -- tenta achar uma palavra menos agressiva.
Ingrid: Horrível, eu sei tia. -- Completo sua frase e na mesma hora me sobe uma vontade enorme de chorar.
Samanta: Oh meu bebê. -- Me abraça novamente só que mais apertado. - Me leva pra sua casa que eu vou cuidar de você e vamos conversar bastante.
Odeio me sentir fraca ou impossibilitada de resolver meus problemas. Mas era isso que eu precisa, de carinho.
[...]
Ig:Mariidormiuu
- Malu 💗
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Nós por nós! - [M]
Teen Fiction- 𝐯𝐢𝐝𝐢𝐠𝐚𝐥, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨 "Você chegou pra somar, e eu cheguei pra resolver." "Jogo sujo, mas ela sabe de tudo, meu papo é reto, eu não juro."