Ingrid Ferreira.
Eu perdi um bebê.
Eu perdi outro filho.
Olho para o Cabral boquiaberta e o mesmo nega com a cabeça passando a mão na testa.
- Meus pêsames. -- A ginecologista fala olhando para mim e para o Cabral.
Após meu desmaio me trazeram para o hospital e descobrir que tinha perdido um filho do Cabral.
A ginecologista já me examinou e agora só estamos esperando ela dá os exames para mim.Algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto e Cabral vem até mim pegando na minha mão e se abaixando ao lado da maca que estava deitada.
Cabral: Desculpa, desculpa, desculpa. -- Fala repetidamente.
Ingrid: Você não tem culpa. A culpa é minha. -- Passo a mão no seu cabelo.
Cabral: Porra, mas o filho era meu.. nosso! -- Ele fala e eu dou um sorriso de canto.
Ingrid: Vem cá. -- Fungo e me sento o abraçando apertado. - Tá tudo bem. -- Ele afasta o rosto do abraço e beija minha testa.
- Licença. -- A ginecologista nos interrompe e nos afastamos. -- Então dona Ingrid, você vai ter que fazer alguns outros exames e tomar medicamentos. -- Me entrega um papel com várias coisas escritas e concordo com a cabeça.
Cabral: Ela ainda pode ter filho, doutora. -- Me surpreendo com sua pergunta e a doutora suspira.
- Então, muito provalmente não. Mas vamos ver isso com os exames que ela vai fazer. -- Respiro fundo e me levanto com a ajuda do Cabral.
Ingrid: Obrigada doutora. -- Sorrio e me sento na cadeira de rodas.
Cabral começa a guiar a cadeira até a porta e saímos.
- Duas semanas sem relações sexuais, hein! -- Escutamos a doutora gritar e rimos juntos.
Cabral: Preciso de falar uma coisa. -- Fala enquanto entrava no elevador junto comigo.
Ingrid: Pode falar. -- Relaxo meu corpo na cadeira.
Cabral: A Alanna estar em coma. -- Fala cabisbaixo e aperta no botão do elevador.
Ingrid: O QUÊ? -- Dou um grito pulando da cadeira e o olhando. - Cadê ela!? Quero ver ela, Cabral. -- Falo e ele concorda com a cabeça.
Cabral: Relaxa, tô te levando lá. -- A porta do elevador abre e ele me leva até o quarto 67.
Assim que ele abre a porta coloco a mão na boca aterrorizada com a cena em minha frente.
Alanna respirava por aparelhos.
Puta que pariu.
Não era pra mim ter forçado ela a sair do quarto..
A culpa é toda minha...
Com muito esforço me levanto e caminho devagar até pl, que estava sentado de cabeça baixa.
Só consigo imaginar a dor dele.
Ele é tão bonzinho, não merece isso.
Toco em seu ombro e o abraço sentido lágrimas dele molhar meu ombro.
Ingrid: Eii, ela vai ficar bem tá bom? -- Tento confortar ele. - Ela vai sair dessa igual sai já saiu muita vezes. E com certeza vai voltar mais forte. -- Aperto ele no abraço.
Pl: Dessa vez é diferente, Ingrid. -- Funga.
Ingrid: Não pensa assim! Por favor.. -- Me afasto do abraço. - Ela precisa de você, que você pense positivo para ela melhorar. -- Sorrio fraco e ele assente.
Cabral vai falar com pl e vou até a cama de Alanna pegando na sua mão.
Ingrid: Alanna.. -- Falo seu nome enquanto me sentava ao lado de seu corpo gelado. - Por que você.. -- Olho para cima sentindo minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto descontroladamente. - Me desculpa.. Não queria que isso te afetasse.. eu sei o quanto você sofreu.. desculpa! -- Me inclino encostando sua mão na minha testa e me acabando de chorar.
Sinto alguém me tocar em meu ombro e apertar o mesmo.
Levanto a cabeça olhando para o Cabral.
Cabral: Bora. -- Fala e me ajuda a levantar.
Dou uma última olhada para a Alanna e saio sem me sentar na cadeira de rodas.
Tô bem já.
[...]
Ig:Mariidormiuu
- Malu. 💗
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Nós por nós! - [M]
Teen Fiction- 𝐯𝐢𝐝𝐢𝐠𝐚𝐥, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨 "Você chegou pra somar, e eu cheguei pra resolver." "Jogo sujo, mas ela sabe de tudo, meu papo é reto, eu não juro."