Nós por nós! - [M]

capítulo 22

Ingrid Ferreira.

Começo a passar creme no meu cabelo enquanto olhava o Cabral se vestir.

Ingrid: Que horas são? -- Pergunto pra ele e me viro para o espelho.

Cabral: Seis horas já. -- Ele fala olhando pro relógio do pulso e arregalo os olhos.

Ingrid: Quanto tempo a gente passou transando?? -- Ele dá risada e se senta na ponta da cama.

Cabral: Acho que umas quatro, morena.  -- Fala olhando pra mim através do espelho. - Pega a visão. -- Se levanta. - Tá com fome? Daqui a pouco volto pra boca.

Viro para ele enquanto amassava o cabelo para formar os cachos.

Ingrid: Fome eu tô, pode ir lá, eu faço qualquer coisa pra mim comer. -- Jogo meu cabelo pro lado e limpo minha mão na toalha.

Antes que ele pudesse responder escuto alguém entrar gritar meu nome.

- Ingrid! -- Ouço a voz da Layla e Cabral parece relaxar seu corpo ao ouvir a voz dela.

Cabral: Então eu já vou já, valeu morena. -- Da um sorrindo fraco e me dá um selinho saindo do quarto.

Suspiro, pego meu celular e me jogo na cama observando Layla passar pega porta com cara de safada.

Layla: Eita que cheirinho de sexo. -- Fala rindo e se senta ao meu lado.

Ingrid: Para de caô. -- Puxo ela pra cima de mim e a abraço. - Tava cheia de saudades de você, me abandonou. -- Faço bico e ela afasta o rosto do abraço.

Layla: Eu sempre estive aqui, Maluca. -- Dá risada e se senta novamente.

Ingrid: Como tá meu filho? -- Me ajeito na cama e aliso sua pequena barriga.

Layla: Esse aí tá ótimo quem não tá a é mamãe. -- Sorrir olhando para baixo.

Ingrid: Que foi gostosa. -- Inclino um pouco minha cabeça para o lado e estico meus braços para ela. Ela se deita ao meu lado e encosta a cabeça no meu ombro.

Layla: Acho que sou corna. -- Fala com a voz meio falha, provalmente controlando o choro.

Saio do meu lugar e olho para ela incrédula.

Ingrid: Como assim? Você tem certeza disso Layla?? -- Ela olha para mim com os olhos cheios de lágrimas e nega com a cabeça.

Suspiro e volto ao meu lugar de antes fazendo carinho em seu braço.

Ingrid: Como calma tá? Por você acha isso? -- Falo calma e ela Suspira fundo passando as mãos no rosto.

Layla: Pode ser loucura minha, ou não. Mas é por que o Caio tá passando tempo pra caralho lá na boca, e faz pouco caso, tanto pra mim, tanto pro nosso filho. Se eu nao procurar ele não procura, Ingrid. Aí que erro. -- Fala com aos prantos e me dá uma ponta de desespero ao vê ela se tremer.

Te amo, mas não posso falar...

Ingrid: Não cara, não fala isso não. -- A abraço. - Sabia que tudo te apoio em tudo tá bom? -- Beijo o topo da sua cabeça. - Mas antes de qualquer coisa, vai conversar com ele. -- Afasto meu rosto e seco suas lágrimas.

Layla: Te amo, obrigada por tudo. -- Sai do abraço passando a mão pelo seu rosto novamente.

Dou um sorriso e me levanto, vou até minha penteadeira e abro uma gaveta pegando uma sacola. Volto até ela e entrego a sacola.