Capítulo: 11

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Narrativa: Lian

Vejo ela se jogar sem medo no poço, um arrepio muito ruim percorre meu corpo ao olhar essa cena.

Lian: AYLLA, AYLLA.... - Tento me jogar também mas Dann me segura.

Dann: Calma cara, ela ainda pode voltar. - Tenta me acalmar.

Observo Lunna chorar em um canto e logo ela me olha com raiva.

Lunna: VOCÊ - Ela se aproxima de mim com sangue nos olhos.

Lunna: VOCÊ É O CULPADO POR ISSO, FOI UM IDIOTA COM ELA O TEMPO TODO, E AGORA OLHA O QUE DEU.

Lian: EU SEI, TÁ LEGAL? ... Talvez se eu tivesse a tratado melhor, talvez se eu tivesse a conquistado, talvez se eu não tivesse a chamado de demônio, ela ainda estaria aqui...

Dann: Lian, ela não morreu, ainda dá tempo para que ela volte. - Diz tentando se acalmar também.

Lian: Independente, eu deveria ter impedido isso.

Lágrimas escorrem do meu rosto, depois de anos.

Não choro desde que minha mãe morreu, dali em diante percebi que o choro é algo que só deve ser utilizado para situações que realmente importam.

Essa parece uma situação extremamente importante, pois mesmo eu tentando me controlar, não consigo segurar esse sentimento dentro de mim.

**
Horas se passaram desde que Aya se jogou, e estou pensando nela desde aquela hora.

Sei que ela não suporta o apelido que lhe dei, então, inventei um outro, "Aya" é fofo e bonito, quando ela voltar acho que vai gostar.

Ainda estamos aqui, em frente ao poço, Dann está deitado fazendo cafuné em Lunna que está deitada no colo dele com cara de choro.
Mesmo com o pouco tempo, nós nos apegamos muito a ela.

Eu preciso fazer alguma coisa, preciso reagir, consertar a burrada que fiz...
Sem pensar muito me levanto rápido assustando o casal.

Lian: Ela tá demorando demais, fazem quase 3 horas que ela foi embora, eu vou atrás dela, fiquem aqui, mando mensagem para vocês caso eu a encontre.

Eles se levantam rápido e Lunna me olha desesperada.

Lunna: Me leva junto, eu preciso ver minha amiga. - O pavor toma conta dela e suas palavras saem mais rápidas que o normal.

Lian: Não Lunna, eu e Aya já nos arriscamos muito hoje, não posso deixar vocês se arriscarem também.
Fiquem aqui, nós vamos voltar.

Olho para a escuridão que há dentro do poço, para me dar coragem me lembro que é tudo pela Aylla, tudo pela minha anjinha.

Eu não tenho medo de nada, mas confesso estar sentindo medo de que algo aconteça a ela.

Então, me jogo na escuridão, o frio percorre meu corpo enquanto caio, mas a dor dentro do meu peito é mais forte do que qualquer coisa.

Será que Aylla está correndo perigo?

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Será que Aylla está correndo perigo?

Curiosidade: Depois que a mãe de Lian morreu, ele chorou várias e várias vezes por bobeira, por estar sensível.
Mas depois que entendeu a situação, prometeu a si mesmo de que nunca mais iria chorar por bobeira.
Apenas pelo que fosse realmente importante.

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- 𝐎 𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐝𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐣𝐨𝐬 -Onde histórias criam vida. Descubra agora