Aylla é uma anja da vida, ela é sonhadora, determinada e cuidadosa, mas amar não está em seus planos. Até ter um problema no sistema e conhecer o anjo da morte que muda sua vida.
Lian por sua vez, é um anjo da morte; forte, frio, debochado e não li...
- Seu amigo já foi embora? - A voz atrás de mim me assusta e viro em sua direção observando Dylan.
Ele não tem nenhuma característica de demônio, nenhuma atitude também, o homem é bonito, educado e a única coisa que me incomoda são seus olhos, claros mas vazios e tão misteriosos que as vezes me causa um arrepio na espinha.
Mas ele não seria capaz de fazer algo contra alguém seria? Se fosse realmente um demônio já teria me feito mal, né?
Mesmo discordando de Lian, me arrependo por ter falado coisas que não deveria...
Aylla: Já sim. - Abaixo a cabeça ainda lembrando.
Dylan: Eu estava pensando, poderíamos ir lá para minha casa, já está escurecendo.
Aylla: Ah, por mim tudo bem! - As palavras de Lian ecoavam pela minha mente, e por mais que eu tentasse esquecer, eu simplesmente não conseguia...
Seguimos até a casa de Dylan que não era tão longe, mas foi o suficiente para ficar de noite.
Chegando na casa do homem, observo tudo em volta, o local era simples mas muito bem decorado.
Observo também o piano no canto da sala e me lembro da época em que tocava todo dia, mas depois que começaram meus treinos, era bem difícil meu pai deixar eu chegar perto do instrumento.
Dylan: Sabe tocar? - Diz percebendo meu olhar sobre o objeto.
Aylla: Faz um tempinho que não toco, mas sei sim. - Sorrio com as lembranças.
Dylan: Fica à vontade - Aponta em minha direção.
Dito isso, vou em direção ao instrumento e me sento no pequeno banco. Aperto qualquer tecla e me lembro da minha música favorita, em pouco tempo estava tocando "Se essa rua fosse minha", nunca entendi o porquê, mas tanto a melodia quanto a letra, me deixam encantada toda vez que escuto.
Assim que a música acaba percebo os olhos de Dylan em mim, mas parecia distante, quando ele percebe meu olhar, sorri.
Dylan: Linda música, boa escolha.
Aylla: Obrigada, é minha favorita! - Me levanto do assento ficando de frente para ele.
Dylan: Um anjo roubou seu coração? - Ele sorri, parecia estar me provocando ou algo do tipo.
Aylla: Não não, é apenas pela melodia. - Sorrio com sua brincadeira.
Dylan: Certo, vou tomar um banho, fique à vontade, mas não tanto. Não mexa no que não é seu. - Pisca o olho e vai em direção a uma porta que imagino que seja o banheiro.
Não sei porque mas achei algo muito estranho nesse "não mexa no que não é seu".
E por um momento, lembro do que Lian me disse... Mas Dylan não me faria mal, não é?
Se ele fosse mesmo um demônio, já teria a tentado algo contra mim... Mas algo em minha mente grita as palavras de Lian.
Se eu for realmente fazer isso, devo começar agora, não tenho muito tempo.
Começo a procurar por uma pista, algo que faça as palavras de Lian serem verdadeiras.
Olho por toda parte, mesa de jantar, chão, piano, estantes.... Espera... Estantes?
Lá no alto, observo um livro, vermelho e bem brilhante, o único que me chama atenção. Fico na ponta dos pés na tentativa de pegar o objeto.
Dylan: Me lembro de ter dito algo sobre não encostar nas minhas coisas, não? - Diz apressado e ríspido. Me viro um sua direção e acerto a postura.
Aylla: Desculpe, eu estava apenas observando. - Minto.
Dylan: Que eu saiba, observar é com os olhos e você estava quase colocando as mãos nos livros. - Sua voz permanecia ríspida e seus olhos estavam mais assustadores.
Aylla: Já pedi desculpas, não? - Também sou ríspida na intenção de mudar de assunto.
Dylan: Está certo.... Agora é melhor você ir dormir, já está tarde. - Diz com uma certa pressa.
Aylla: Mas já? - Pergunto surpresa.
Dylan: É claro, vou te mostrar seu quarto. - Diz se virando.
Ele vai até uma das portas do corredor e para em frente a ela.
Dylan: Só uma coisa, não saia do seu quarto até que amanheça, tudo bem? - Diz autoritário.
Aylla: Por qual motivo? - Pergunto estranhando seu comportamento repentino.
Dylan: Ah... Uma serial killer está pela cidade e entra nas casas durante a noite, mas só mata alguém se vê q ela está acordada. - Diz ainda estranho.
Aylla: Isso é estranho... Qual o sentido de matar somente pessoas acordadas? - Que coisa mais esquisita, parecida uma mentira...
Dylan: Não faça perguntas, apenas não saia, ok? - Ele diz mais duro.
Aylla: Tudo bem. - Digo desconfiada.
Dylan: Boa noite, Aylla. - Me arrepio quando o homem pronuncia meu nome.
Aylla: B-boa noite.... - Embolo as palavras pela forma estranha que me senti.
Dylan sorri e sai, entrando em uma outra porta onde devia ser o quarto dele. Faço o mesmo e entro no meu ainda arrepiada.
Não era um arrepio bom como eu tinha quando estava com Lian, era um arrepio ruim, muito ruim.
O cômodo era simples, não tinha muito móveis, apenas uma cama e uma cabeceira da cor preta, assim como as paredes. Deito na cama e procuro dormir.
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O que estão achando de Dylan?
Curiosidade: Aylla sempre gostou daquela música, e uma vez perguntou a sua mãe o motivo de gostar tanto dela. E sua mãe respondeu que um dia, um anjo lindo apareceria em sua vida, e roubaria seu coração.
