One piece - Mares sorridentes

02

Luffy estava comendo um delicioso pedaço de carne, enquanto olhava indignada para Makino. -"Makino-san não quero legumes eles são nojentos".- ela diz enquanto cutuca com garfo os cubinhos de diversas cores.
-"Mas Luffy é importante comer tudo, você ainda é jovem e para poder crescer forte precisa comer bastante legumes".- diz enquanto pega alguns cubinhos de cenoura cozida e enfia na boca- "eu não sei o por quê de você implicar tanto, são só cenouras e nabos e eles estão deliciosos".- ela para e pensa um pouco- "se você limpar seu prato de legumes, poderemos tentar fazer alguns biscoitos a tarde. Que tal?"- logo se ouve uma leve tosse ao lado e Makino olha para o rosto divertido de Garp.
Garp estava de férias novamente, ele vinha a cada 6 ou 7 meses, às vezes menos, mas dependia muito de seu melhor amigo Sengoku, ou como Garp gostava de chamar Senny.
-"Sério mesmo Makino, você está comprando minha neta?" - O vice-almirante olha divertido para a esverdeada- "deixa eu te mostrar como se faz".-rapidamente Garp pega um grande pedaço de carne e o oferece pra Luffy que fica babando para o enorme melão. -"você só receberá quando terminar tudo".- não foi preciso dizer mais do que isso, em uma questão de segundos todos as verduras haviam sumido, restando somente um prato vazio.
-"Mas isso não é a mesma coisa?"- diz Makino vendo a garotinha dando uma grande mordida no melão. -"você só ofereceu outra coisa em troca."
-"Nhom! nhom! Tcha umsa delichia."
-"Claro que é diferente. Pois ofereci algo muito melhor".-diz o mais velho convencido.
Logo eles ouvem uma pequena risada e olham para o outro homem ao lado de Garp.- "quê foi?"
- "vocês dois mesmo vivem mimando de mais essa sua neta Garp"- o homem em questão tinha cabelos roxos e usava roupa casual. Esse homem é Zephyr, também conhecido como Z antigo almirante da marinha, agora instrutor da marinha.
- "A Z como não posso mimar minha netinha? Você viu como ela é fofa".- diz Garp com Luffy em seu colo, Z revira os olhos, ele e vários outros estavam cansados do quanto Garp falava de sua neta na base da marinha. Era bem cansativo lhe ouvir falar 24 horas sobre sua neta fofinha.
- "só fico imaginando como seria quando ela crescer"- Garp olha para Z com olhos arregalados- "já imaginou quantos pretendentes ela teria?"- Z olha divertido para o seu amigo e colega, ele tava mais pálido que farinha de trigo.
-"Ninguém é bom o suficiente para minha neta." - logo ele sente um puxão na camisa.
-"jiji quer dizer que não posso me casar?- Luffy olha para seu avô com seus lindos olhos de corça, Garp engole em seco- mas toda princesa encontra seu príncipe encantado, eu não posso?"- Luffy faz um biquinho e o olha inocentemente esperando uma resposta. Por outro lado Garp estava sem saber o quê dizer, só de imaginar sua princesa se casando já lhe embrulhava o estômago. Ele olha carrancudo para seu amigo que segurava o riso. 'Você me paga' parecia dizer seu olhar.
-"Olha Luffy você é muito nova e não quer dizer que não possa se casar."- Luffy o olha com expectativa, seus olhinhos brilhando.'Como pode ser tão fofa'- "é só que bem... Precisa ser mais forte que o vovô!"- diz confiante.
- "Então ele tem que dar um chute na bunda do jiji?"- Ela pergunta inocentemente. Garp olha para Luffy sem reação, enquanto ouve Z rindo dele.
-"acho que podemos dizer que sim Luffy, ele vai ter que dar um chute na bunda do seu avô"- diz Z divertido, enquanto Garp olha para ele indignado.
-"então vou encontrar alguém muito forte"- diz mostrando com os bracinhos-"e ele vai ser mais forte que ji-chan".- Garp resmunga baixinho ao ouvir isso- "eu quero no meu casamento muita comida e o mais lindo vestido e...e.."- diz muito entusiasmada.
Luffy dizia sobre tudo o que queria no seu dia mais importante, desde comidas, bebidas, presentes, flores etc. Garp ouvia tudo e sentia que uma dor de cabeça começaria logo. Ele sentia uma vontade enorme de estrangular um cabeça roxa que bebericava tranquilamente de sua garrafa de bebida, sem se importar com nada.

Algum tempo depois avô e neta estavam sentados sobre um tronco de árvore em uma clareira. Luffy vestia um vestidinho azul com estampa de flores e os cabelos negros estavam trançados atrás.
-"Ji-chan podia me contar sobre a minha mamãe?"- pergunta Luffy enquanto ela olha uma grande fera sendo assada na fogueira, o aroma apetitoso começava a se espalhar pelo lugar.
-"Sabe Luffy não sei muito sobre sua mãe, pois não a conheci pessoalmente, mas ouvi coisas."- diz Garp lentamente
-"Que tipo de coisas?"
-"sabe rumores. Sua mãe era forte e dizem, muito bonita. Seu pai me disse que você é igual a ela".- o som crepitante da fogueira enche o ambiente.
-"jiji eu queria saber você saberia, sabe onde minha mãe estaria?"- pergunta. Garp se mexe um pouco desconfortável, falar para sua neta algo que fora tão difícil para seu filho, não era fácil. Se recordar da dor, do sofrimento em seus olhos antes tão confiantes e devidos, agora tão amargos e tristes.
-"Luffy, às coisas acontecem e..."
-"Ela está morta, não é?"- pergunta Luffy com seu olhar abaixado e sombreado.-"não precisa esconder a verdade sob palavras bonitas ou meias verdades". - O silêncio toma conta e ela pergunta com meia voz-"como ela morreu?"
-"você quer ouvir Luffy? A verdade?"- Luffy olha para Garp determinada e o mais velho suspira. Ele sentia um caroço querendo se formar em sua garganta, nesses momentos ele sentia como que se tivesse errado ao entrar para a marinha, servir os tenryuubitos, ver a escuridão do mundo- "Ela foi executada e... Olha não sei muito sobre isso, só o que seu pai me disse."
-"Meu papai?"
-"sim, Dragon."
-"eu queria muito o conhecer um dia."
-"Acho que está pronto, vamos comer?"- diz tirando a carne do fogo e cortando um grande pedaço para Luffy. Os dois comem em silêncio, cada um em seus próprios pensamentos. Após terminarem de comer, Luffy se levanta e dá um abraço forte em Garp o surpreendendo.
"Eu te amo vovô" - ela dá um beijo em seu rosto. Garp a abraça e a ergue em seus braços, indo em direção ao bar de Makino.
"Também te amo minha princesa."

*Boa tarde a todos espero que gostem do capítulo.

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