um jantar roubado, mas, ainda assim, um jantar

112 12 18
                                    

O relógio bateu 19h e Cécile se assustou quando viu a estante de medicamentos deslizando para o lado e uma porta se abrindo onde deveria ser uma parede

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O relógio bateu 19h e Cécile se assustou quando viu a estante de medicamentos deslizando para o lado e uma porta se abrindo onde deveria ser uma parede.

Érik saiu, vestindo novamente um belo terno preto com capa, luvas e botas de couro, e a máscara branca reluzente.

- Venha, Cécile. - Ele estendeu a mão para que ela a segurasse.

- Estão de olho em mim, Érik. 

- Como assim?

- Monitoram minha saída do teatro por motivos trabalhistas. Se eu for, minha saída não será registrada na portaria, e eu poderei ser demitida.

Érik paralisou. Parecia realmente desapontado, mas uma ideia surgiu em sua mente ao ver o semblante triste de Cécile, os olhos brilhando com lágrimas de pesar.

Ela, tanto quanto ele, claramente queria ter aquele jantar.

- Cécile, passe pela portaria e vá até um beco atrás do teatro, onde depositam o lixo. Me espere lá. Sem perguntas.

Assim que Érik terminara de fechar a porta e a estante fizera seu último movimento de volta ao lugar, Piérre abriu a porta abruptamente.

- Cécile, ouvi a voz de um homem aqui. 

Cécile ergueu uma sobrancelha.

- Estava ouvindo atrás da minha porta?!

- Não! - Piérre tentou se desvencilhar da acusação. - Vim te chamar para jantar e, quanto me aproximei, ouvi uma voz. 

Cécile pegou sua bolsa e jogou sobre os ombros.

- Bom, claramente estou sozinha. O barulho de marteladas deve estar fazendo mal à sua audição. 

- Eu pedi comida pra gente e... - Ele começou em voz baixa.

- Infelizmente, não posso ficar, Piérre. Ouviu a Sra. Giry, preciso cumprir meu horário. Até amanhã.

E Cécile saiu do consultório a passos rápidos.

Ela passou pela catraca, que registrou sua saída, mas em vez de seguir para a avenida para pegar o ônibus, virou à esquerda em direção ao beco.

Estava tudo escuro e assustadoramente deserto.

Cécile parou ao lado de uma lata de lixo e começou a orar silenciosamente para que nenhum maníaco aparecesse e tentasse qualquer coisa.

No meio de uma de suas preces, viu um vulto vindo de cima para baixo, como se alguém pulasse lá de cima em direção ao chão.

Érik parou ao seu lado e sorriu quando viu a expressão de espanto no rosto dela.

- Como fez isso?! - Cécile sussurrou.

- Há um motivo para eu ter o apelido de fantasma. Venha, segure em mim. 

O FANTASMA - Phantom Of The Opera AUOnde histórias criam vida. Descubra agora