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Érik entrou na sala da Sra

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Érik entrou na sala da Sra. Giry por uma passagem na parede.

- Érik, antes de você ir, gostaria de te fazer um convite. - A Sra. Giry o encarou.

- Do que se trata?

- Amanhã à noite haverá a estreia de uma peça que temos ensaiado há muito tempo. Gostaria de ir com Cécile? O camarote nº 5 continua à disposição.

Érik congelou. 

Fora no camarote nº 5 que vira Christine pela primeira vez no palco. Ela cantava nos vocais de apoio, mas o rosto angelical chamara a atenção de Érik e ali tudo começara.

De forma estranha, desde que acordara, sentia a saudade de Christine ficar cada vez mais distante. Desde a manhã do dia presente, quando acordara, não havia pensado nela uma vez sequer. Em vez disso, notou que os pensamentos de Christine iam lentamente sendo substituídos pela imagem divertida de Cécile.

Será que suportaria estar no camarote nº 5 novamente após tudo que acontecera? Olhar para o palco e ansiar por ver Christine, sabendo que ela já não estaria mais lá?

Por outro lado, Cécile adoraria ir, e ela estava sendo tão boa com Érik, que ele sabia que devia isso a ela. Cécile havia sofrido uma agressão, e sabia que ela estava vulnerável, e nada melhor, para ajudar no processo, do que uma ópera!

- Acho que seria bom para Cécile. - Érik disse por fim. - Ela tem sido uma boa amiga para mim, é justo que eu seja um bom amigo para ela, também.

- Eu acho que vocês já são bem mais do que amigos. - A Sra. Giry tinha um tom de voz calmo.

- O que disse?

- Disse que acho que Cécile tem mais espaço no seu coração do que você pensa, Érik.

Ele ficou em silêncio.

A Sra. Giry estendeu o saco pardo com o jantar e uma sacola com uma troca de roupa para Cécile, e Érik os pegou. Em seguida, ele saiu pela passagem na parede e a fechou, sem dizer uma palavra.

***

Cécile surgiu usando as roupas confortáveis que a Sra. Giry havia mandado: um moletom cinza, uma camiseta branca com estampa de um cachorrinho fofo e chinelos.

Cécile havia tomado banho no banheiro de Érik, e estava surpresa com a forma como ele havia projetado tudo. Era um banheiro comum, nem parecia ter sido montado em uma caverna. Pedras polidas formavam prateleiras e a água era encanada e quente diretamente de uma fonte natural.

Me esqueço que ele é um arquiteto por natureza.

Os produtos de higiene e as toalhas eram todos roubados do teatro, mas isso era só um detalhe.

Cécile voltou para a cama. Ainda sentia muita dor.

Érik se sentou ao lado dela e a observou.

- Está bem? Precisa de mais alguma coisa? Posso conseguir o que quiser.

- Estou bem, Érikinho, obrigada.

- A Sra. Giry nos convidou para a estréia do espetáculo amanhã à noite, no meu camarote privado.

Cécile arregalou os olhos.

- Eu quero!

Érik riu.

- Eu sabia que ia querer. Amanhã à noite estaremos no camarote n° 5, então.

- Mas... com que roupa devo ir? - Cécile perguntou com a voz baixa.

- Vou pegar uma emprestado pra você, amanhã mesmo farei isso.

- Vai roubar, é? - Cécile cruzou os braços e o fuzilou com o olhar.

- Não, esse pegarei nos figurinos e devolverei no dia seguinte, prometo.

Cécile sorriu e concordou, então Érik pegou o pacote com o jantar e colocou sobre a cama.

- Oba, eu amo hambúrguer! - Cécile pegou os dois lanches no saco e entregou um para Érik.

Ele abriu a embalagem e observou o lanche com uma expressão de desapontamento.

- Eu não sei o que é isso e me parece nojento.

- Érik, pra comer lagostas você precisa ter muito dinheiro, e hoje em dia é bem difícil ter muito dinheiro. Coma isso e, quando tiver um trabalho, poderá comer lagostas.

Ele mordeu o lanche e pareceu até gostar do sabor, então provou as batatas fritas e delas realmente gostou.

- Poderia comer uma bacia dessas!

- Eu também. - Cécile riu. - Mas esse tipo de comida não faz bem, então não podemos comer sempre e nem em grandes quantidades, ok?

Ele assentiu.

- Érik, amanhã, quando estivermos no espetáculo, será que posso comer pipoca? Não sei se esses camarins permitem...

- O que é pipoca? - Érik ergueu uma sobrancelha.

Cécile riu alto.

- Ah, eu esqueço que você não conhece essas coisas. Bom, é um negócio muito gostoso.

Érik deu de ombros.

- Não sei se pode, mas mesmo se não puder, eu dou um jeito.

Cécile o observou e ele sorriu para ela enquanto segurava seu hambúrguer.

Me sinto feliz quando ela está por perto, ele pensou.

O FANTASMA - Phantom Of The Opera AUOnde histórias criam vida. Descubra agora