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O táxi parou diante de um prédio antigo, mas muito bonito

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O táxi parou diante de um prédio antigo, mas muito bonito.

Os dois desembarcaram e Érik pediu que o motorista o esperasse.

Érik parou diante da portaria do prédio e Cécile destrancou o portão. Todos os seus movimentos eram lentos, como se quisesse prolongar ao máximo aquele momento.

Ela então se virou e o encarou.

- Bom, cheguei. - Ela sorriu, um sorriso mais triste do que qualquer outra coisa.

- Sim, e fico feliz de poder saber agora onde você mora. - Ele a observou. - Vou esperar até que entre e só então irei embora, tudo bem?

Cécile fez que sim com a cabeça.

- Obrigada pela noite, Érik. Pela pipoca, pelo vestido... - Ela riu. - Não poderia ter sido melhor.

- Eu que agradeço, Cécile. - Érik deu um passo para trás para observar enquanto ela abria o portão e entrava no prédio. Cécile dava passos pequenos e lentos, e estava já dentro do prédio quando parou abruptamente e se virou.

- Érik?

- Sim?

- Quer subir e conhecer minha casa?

Os dois ficaram em silêncio, se observando.

A falta de resposta não era dúvida sobre aceitar ou não, era somente Érik assimilando tudo aquilo. Nunca ninguém havia feito tanta questão de sua companhia ao ponto de querer passar tantas horas com ele, e Cécile fazia. 

Sentiu seu coração bater de uma forma diferente. Parecia que aquele músculo cheio de sangue havia parado por uma fração de segundo e recomeçado a bater, em um ritmo totalmente diferente, como se fosse uma nova vida, um novo ser, um novo organismo. Um renascimento.

- Eu adoraria, Cécile. - Érik falou baixo, os olhos brilhando de alegria e pelas lágrimas de emoção.

- Pode ir, senhor táxi. Ele vai ficar! - Cécile gritou, animada, e o taxista partiu.

Então Érik passou pelo portão do prédio e Cécile o trancou novamente.

***

Cécile abriu a porta e a fechou quando Érik entrou.

- Bem-vindo ao meu lar. - Cécile disse, abrindo espaço para que Érik pudesse transitar.

Ele observou tudo. A mobília era simples, as paredes eram de cor creme com muitos quadros de cantores nas paredes. Havia muitos aparelhos tecnológicos que Érik não conhecia, mas notou uma estante repleta de livros e, na prateleira inferior, reconheceu uma coleção de uns cinquenta LPs. 

A casa era cheirosa, aconchegante e com um ar alegre, mesmo vazia. Transparecia a personalidade de Cécile, com certeza. Érik sorriu consigo mesmo.

- Eu vou me trocar e já volto, ok? - Cécile disse, observando enquanto ele encarava a coleção de discos como uma criança encara um brinquedo. - Pode ficar à vontade e ouvir todos os discos que quiser. 

O FANTASMA - Phantom Of The Opera AUOnde histórias criam vida. Descubra agora