novos aprendizados

78 14 3
                                    

A Sra

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A Sra. Giry trancou a porta assim que ouviu os movimentos de Érik atrás da parede. Ela se sentou e observou enquanto ele entrava em sua sala pela passagem secreta.

- Como foi o espetáculo ontem? - Ela perguntou, sorrindo.

- Foi maravilhoso. Lhe devo um profundo agradecimento, Sra. Giry. - Érik acenou com a cabeça em agradecimento.

- Queria que se divertisse na companhia de alguém em quem sentisse confiança, e ninguém melhor que Cécile.

Érik a observou e suspirou antes de fazer a pergunta que vinha martelando em sua mente:

- O que Madame Giry ordenou que vocês fizessem comigo?

- Ordenou que cuidássemos de você.

- Sim, mas ela escreveu, na carta que me deixou, que eu merecia uma segunda chance. O que sabe sobre isso?

A Sra. Giry suspirou.

- Ela sabia que Christine não era seu grande amor. Deixou claro isso para nós. Também sabia que você havia se agarrado à ela porque ela o ouvira cantar e aceitara suas aulas de música, e você confundiu tudo e achou que a amava. A Madame Giry era sábia, Érik, e quando você decidiu tirar a própria vida, ela resolveu que você aprenderia essa lição.

Érik suspirou e continuou em silêncio.

- Ninguém fazia ideia de que Cécile apareceria, se é o que quer saber. Se quer respostas sobre ela ser ou não seu amor verdadeiro, fique com este pensamento: você se fechava ainda mais em seu mundo quando estava com Christine, até o ponto de desejar deixar de existir. Com Cécile, você vive. Você passa tempo com ela sem sua máscara, você a permite tocar seu rosto, você até sai com ela! Conhecendo a si mesmo como conhece, Érik, qual das duas sensações se parece mais com amor pra você?

Érik abaixou a cabeça, mas a Sra. Giry sabia que ele havia entendido tudo.

Ela então foi até um armário, pegou uma caixa pequena e entregou para Érik.

- O que é? - Ele perguntou, pegando a caixa com uma das mãos.

- Um celular, igual ao que Cécile tem. Já cadastrei um número para você e está pronto para uso. O contato de Cécile e o meu estão salvos aí, já. Agora pode falar com ela com mais facilidade.

Os olhos de Érik se encheram de lágrimas e, em um gesto espontâneo, ele abraçou a Sra. Giry.

- Obrigado por tudo. A você e a toda a sua família.

A Sra. Giry sorriu, ainda o abraçando.

- Você era como um irmão para Madame Giry, ou seja, é como nossa família também.

E Érik a apertou mais no abraço.

***

Cécile chegara no teatro um pouco depois de Érik. Ele saíra mais cedo para falar com a Sra. Giry e deixara Cécile dormindo um pouco mais.

Enquanto seguia para seu consultório, ouviu seu celular tocar.

Ela o pegou e olhou a notificação: uma mensagem não lida de um número não salvo em seus contatos.

Cécile abriu a mensagem e caiu na gargalhada.

Era uma foto do aparelho medidor de pressão que Érik atirara no lago no dia em que se conheceram. Estava todo molhado e cheio de musgo.

Resgatei ele para você.

Cécile riu e respondeu:

Onde conseguiu um celular?!

A resposta chegou quase que de imediato:

A Sra. Giry me deu. Estou tirando retratos. Posso enviar os que tirei? Aprendi que, se eu apertar um botão que parece um raio, o retrato fica mais claro! Incrível, não? Tirei um retrato das minhas botas, vou te enviar!

Cécile sorriu, sem acreditar que Érik havia conseguido um celular.

Pode me mandar todos!

A resposta chegou instantaneamente de novo:

Antes, quer almoçar comigo hoje? Quero te contar sobre a roupa que usarei no Baile...

Cécile não teve tempo de responder a mensagem e Érik enviou uma nova foto, dessa vez de suas botas pretas.

Cécile riu novamente.

Ele era muito, muito especial.

O FANTASMA - Phantom Of The Opera AUOnde histórias criam vida. Descubra agora