A Sra. Giry imediatamente correu para o pé da escadaria e gritou:
- Chamem os seguranças!
Piérre descia a escadaria a passos curtos, um sorriso irônico em seu rosto enquanto ele tirava a máscara que estava usando.
- Seus seguranças nem viram que era eu entrando, aposto que nem adianta chamá-los aqui. - Ele riu, e então se virou para Cécile quando chegou na pista de dança.
Érik a puxou para trás de si e encarou Piérre.
- Devia tê-lo matado naquele dia.
Piérre riu e se aproximou mais dos dois.
- Concordo, e esse erro vai lhe custar caro. - Piérre sacou uma pistola do cinto de sua calça e a apontou para Érik.
Os seguranças chegaram nesse exato momento, mas Piérre girava a arma no ar e ameaçava todos que tentassem se aproximar.
As pessoas foram se afastando, abrindo mais o círculo que contornava a zona de combate de Piérre, Érik e Cécile.
- Não bastasse me esnobar, ela ainda me fez de idiota pra namorar um andarilho que se alimenta de ratos dos túneis do teatro! - Piérre encarou os dois, seus olhos queimando em ódio. - Esse ser asqueroso não merece ser feliz com a mulher de quem eu gosto!
- Piérre, abaixe essa arma... - A Sra. Giry pediu.
- Cale a boca! - Ele bradou. - Não pretendo machucar ninguém, Sra. Giry, exceto ele.
Piérre puxou o gatilho da pistola e a apontou para o coração de Érik.
Cécile apertou o braço de Érik. Estava apavorada, queria fugir dali, mas Érik não se movia e continuava encarando Piérre como se fosse matá-lo a qualquer momento.
- Eu o mato e levo Cécile comigo e ninguém se machuca.
- Não faça nenhuma idiotice, Piérre. - A Sra. Giry tentou novamente, mas não havia mais nada que pudesse ser dito.
Tudo se seguiu como em câmera lenta, mas não durou mais do que alguns segundos.
Cécile viu Piérre se preparando para o impulso da pistola e soube que ele atiraria. Quando a arma disparou, Cécile havia puxado Érik com toda a sua força para o chão. Ele não esperava por aquilo, então não conseguiu se segurar. Érik caiu de costas no piso frio, e Cécile parou à sua frente.
Ainda tentando entender o que estava acontecendo, Érik a observou enquanto ouvia o barulho seco da pistola ecoar por todo o salão silencioso.
Cécile teve um espasmo e olhou nos olhos de Érik como se pedisse perdão.
Érik não estava entendendo, mas então ele viu.
Uma mancha de sangue vivo surgiu no tecido azul claro do vestido de Cécile na região do abdômen.
O sangramento aumentava rapidamente, e Cécile caiu de joelhos.
- CÉCILE!!!! - Érik bradou, chorando descontroladamente enquanto a tomava nos braços e fazia pressão sobre o ferimento.
Cécile não conseguia falar, somente arfava e chorava, seus olhos suplicando por ajuda.
Piérre congelara quando vira o que fizera, quando vira que acertara Cécile, e os seguranças tiveram tempo de imobilizá-lo e de travarem a pistola.
Érik beijou a testa de Cécile, coberta de suor, e a apertou em seus braços.
- Cécile, não me deixe... - Ele chorava. - Por favor, te suplico, Cécile, não me deixe...
A Sra. Giry os observava com olhos de horror e um grito de dor preso na garganta.
Cécile levou sua mão ao rosto de Érik e o acariciou. O anel, antes brilhando de amor e esperança, agora estava coberto de sangue.
- Eu te amo, Érik... - Ela sussurrou com dificuldade. - Para sempre...
E tudo ficou preto.
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O FANTASMA - Phantom Of The Opera AU
Fiksi PenggemarApós ser abandonado por Christine, Érik decide pôr fim à sua vida. O tão famoso Fantasma da Ópera só não esperava acabar enfeitiçado, dormindo por 200 anos e acordando no primeiro dia de trabalho da nova funcionária do lendário teatro de Paris.