cap. extra - o Fantasma compra uma casa

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Érik entrou correndo no apartamento e Cécile se virou rapidamente e o encarou, deixando de lado a louça que estava lavando

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Érik entrou correndo no apartamento e Cécile se virou rapidamente e o encarou, deixando de lado a louça que estava lavando.

- O que foi, por que você está assim? - Ela perguntou, o semblante transparecendo preocupação.

- Recebi o adiantamento do meu novo cargo como pianista. Cécile, é muito dinheiro, olhe!

Cécile pegou o cheque das mãos dele e seus olhos saltaram.

- Meu Deus!

- Cécile, se lembra da casa com varanda que vimos na rua de trás, que estava à venda?

Ela ergueu os olhos e o encarou.

- Você está sugerindo... - Ela não conseguia concluir a frase.

- Sim! - Ele exclamou, sorrindo. - Anda, pega sua bolsa, vamos lá ver!

Cécile correu para pegar sua bolsa, as mãos ainda com sabão da louça, e correram para a rua.

***

Cécile não ouvia nada do que a corretora dizia, sua mente só martelava a mesma ideia:

Quero essa casa!

- Vejam, o aquecimento da casa está em dia e ela recebeu uma reforma recentemente. Os donos estão se mudando para a Espanha e querem vender a propriedade. - A corretora dizia.

Estavam vendo a sala. Era um cômodo de dois ambientes, sendo a sala de estar logo na entrada e a sala de jantar em um mezanino no fundo. À esquerda, um lavabo simples e com azulejos com detalhes em azul. À direita, a cozinha espaçosa e com móveis planejados já embutidos recebia muita luz solar, o que tornava o ambiente muito aconchegante. Um quintal espaçoso era acessível por uma porta na cozinha, e Cécile já se imaginou fazendo churrascos e plantando flores naquele espaço lindo.

Foram ao andar de cima e viram um quarto menor, de solteiro, mas ainda bastante espaçoso, um banheiro grande bem ventilado, um quarto maior, que era o do casal, que possuía uma suíte com banheira, e, no fundo, uma porta dupla de madeira que dava para a varanda grande de frente para a rua.

Cécile começou a chorar, pensando nos momentos que passariam ali ouvindo discos e comendo doces, que por sinal ela vinha comendo muito nos últimos dias.

- A casa é bastante simples, como podem ver. - A corretora recomeçou. - Os donos são um casal de idosos, então a casa tem essa personalidade mais saudosa.

- É perfeita! - Cécile exclamou, sua voz soando mais alta do que gostaria.

- Eu também adorei. - Érik sorriu. - O adiantamento é suficiente?

- É mais do que suficiente! Vocês podem hipotecar o restante, mas a taxa de juros cai bastante com o adiantamento generoso que pretendem dar.

- Por mim podemos fechar. O que acha, Cécile? - Érik se virou para ela.

Ainda chorosa, Cécile sorriu e o abraçou de lado.

- Podemos fechar negócio.

A corretora sorriu, satisfeita.

- Bom, se é assim, vamos até a cozinha assinar os papéis e seguir para as próximas etapas.

Enquanto desciam as escadas, Érik segurou na mão de Cécile.

- Quando acordou hoje, imaginou que terminaríamos o dia comprando uma casa? - Ele sussurrou no ouvido dela.

- Não. - Ela riu. - Será que o dia de hoje ainda melhora?

- Impossível. - Érik riu e continuaram caminhando.

Cécile sorriu consigo mesma. Havia algo em sua mente nos últimos dias, algo que Érik jamais suspeitaria. Ela havia descoberto pela manhã daquele mesmo dia e não tivera tempo de dizer a ele ainda.

Imaginou qual seria a reação dele quando contasse mais aquela novidade.

Tem como melhorar, sim, Érik. Você nem imagina!

-- FIM --

O FANTASMA - Phantom Of The Opera AUOnde histórias criam vida. Descubra agora