15

17 2 0
                                    


Fred saiu correndo atrás de Luana que já havia ido embora com seu carro e o deixou para trás. deixando apenas o rastro de seu perfume no ar. Ele praguejou baixinho, frustrado por ter deixado a situação chegar a tal ponto.

"Droga!", ele murmurou para si mesmo. "Que mulher do caralho!".

Com o coração batendo forte no peito, ele chamou um táxi, implorando ao motorista que pisasse fundo no acelerador. A imagem de Luana dirigindo furiosamente pelas ruas o assombrava. Ele precisava alcançá-la, precisava acalmar os ânimos antes que ela desistisse do plano e o deixasse para trás.

O táxi avançava pelas ruas movimentadas da cidade, enquanto Fred observava ansiosamente o trânsito. Cada minuto que passava era uma tortura, a incerteza o consumindo por dentro.

Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, o táxi parou em um sinal vermelho. Do outro lado da rua, Fred avistou o carro de Luana, parado no mesmo sinal.

Ele pagou o táxi apressadamente e correu em direção ao carro de Luana, o coração batendo na garganta. Ao se aproximar, ele viu que ela estava com os olhos fechados, respirando fundo, tentando se acalmar.

Fred bateu na janela do carro, e Luana, sobressaltada, o olhou com uma mistura de raiva e tristeza.

"Luana, por favor", ele implorou, "me deixe explicar."

Ela hesitou por um momento, mas então abaixou a janela, abrindo caminho para as palavras de Fred.

Luana, eu sei que você está chateada, e com razão. Eu me desculpo por ter te colocado nessa situação. Você não merecia ter que lidar com a minha mãe daquele jeito.

Eu te avisei sobre ela, eu sei. Mas eu não imaginava que ela fosse reagir daquela maneira. Eu achei que ela seria mais compreensiva, que ela aceitaria nosso acordo.

Mas eu estava errado. Minha mãe é controladora e possessiva. Ela sempre quis ter controle sobre a minha vida, e ela não aceita que eu esteja com alguém que ela não escolheu.

Eu sei que isso não é desculpa para o que aconteceu. Eu deveria ter te protegido da minha mãe, eu deveria ter sido mais firme com ela.

Mas eu prometo que vou fazer as coisas diferentes daqui para frente.

Luana, com a voz tensa e o olhar furioso, disparou suas palavras como flechas contra Fred. "Eu deveria ter imaginado que sua mãe era uma louca! Pelo filho que ela tem, ela também deve ser uma!".

Fred, encolhido ao lado do carro, sentiu o peso das palavras de Luana como um soco no estômago. Ele sabia que ela tinha razão, que a atitude de sua mãe tinha sido inaceitável.

"Entra logo nesse carro, antes que os outros motoristas me batam!", Luana ordenou, impaciente. "Olha, anda logo, tá todo mundo buzinando!".

Fred obedeceu, abrindo a porta do carro e se sentando ao lado de Luana. O silêncio que se instalou era ensurdecedor, carregado de mágoa e ressentimento.

Luana dirigiu pelas ruas da cidade com fúria, ignorando os olhares curiosos dos outros motoristas. O trânsito caótico era um reflexo do tumulto que se desenrolava dentro de seu coração.

Fred, observando Luana pelo canto do olho, se perguntava o que o futuro reservava para eles. A revelação da personalidade controladora e possessiva de sua mãe abalou a confiança de Luana. Será que ela seria capaz de perdoá-lo e seguir em frente com o relacionamento?

Luana pisou fundo no acelerador, dirigindo com fúria pelas ruas da cidade. O trânsito caótico era um reflexo do tumulto que se desenrolava dentro de seu coração. A revelação da personalidade controladora e possessiva da mãe de Fred abalou a confiança de Luana.

Ela parou o carro em frente à Art Life, a empresa de Fred, e desligou o motor. Fred, ainda atordoado pela conversa com sua mãe, olhou para Luana com uma mistura de apreensão e curiosidade.

"O que você está fazendo aqui?", ele perguntou, hesitante.

Luana, com o olhar fixo à frente, respondeu com a voz tensa: "Eu me lembrei do nosso trato, Fred. Enquanto tivermos um acordo, eu vou continuar trabalhando na Art Life."

Fred ficou surpreso com a resposta de Luana. Ele esperava que ela estivesse chateada e magoada com a atitude de sua mãe, e que talvez quisesse terminar o relacionamento.

"Mas... depois do que aconteceu...", ele gaguejou, sem saber como terminar a frase.

Luana o interrompeu, sua voz firme e cortante. "O que aconteceu com a sua mãe não muda o nosso acordo. Eu preciso do meu emprego, Fred, e você precisa de mim para te ajudar a lidar com Karine."

Fred, confrontado com a dura realidade da situação, assentiu em silêncio. Ele sabia que Luana tinha razão. Ele precisava de sua ajuda para lidar com a sua ex e com a situação complexa que se desenrolava diante de seus olhos.

Fred, ainda abalado pela conversa com sua mãe, olhou para Luana com uma mistura de apreensão e determinação. Ele havia se esquecido completamente daquela parte do acordo, mas sabia que era a única maneira de seguir em frente.

"Vamos lá", ele disse, tomando a mão de Luana com firmeza.

Entraram juntos no prédio da Art Life, os olhares curiosos e surpresos dos funcionários os seguindo por onde passavam. Karine, a relações públicas da empresa, foi a primeira a se deparar com a cena. Seus olhos se arregalaram de espanto e o ciúme consumiu seu coração.

Fred, ignorando a reação de Karine, reuniu todos os funcionários em uma sala de reunião. Com a voz firme, ele apresentou Luana como sua noiva e a nova funcionária da empresa.

Um murmúrio de surpresa percorreu a sala. Alguns funcionários ficaram chocados, outros empolgados com a novidade. Karine, tomada pelo ciúme e pela raiva, não conseguiu conter suas emoções.

"Fred, você não pode fazer isso!", ela gritou, a voz carregada de fúria. "Você está me traindo com essa... essa..."

Fred a interrompeu, seu olhar severo fixo em Karine. "Karine, por favor, se controle. Eu não estou te traindo. Eu simplesmente estou seguindo meu coração."

As palavras de Fred ecoaram pela sala, silenciando a todos. Karine, humilhada e derrotada, saiu da sala em lágrimas.

Fred, ignorando o drama que se desenrolava, voltou-se para Luana. "Obrigado por estar aqui comigo", ele disse, com um sorriso sínico no rosto.

Luana, com os olhos cheios de amor e compreensão, apertou sua mão. "Eu sempre estarei aqui com você, Fred", ela disse. "Sempre."


A porta da sala se fechou, deixando Fred e Luana a sós. O silêncio era ensurdecedor, mas não era um silêncio desconfortável. Era um silêncio carregado de emoções, de sentimentos que ambos lutavam para conter.

Fred, ainda surpreso com a própria ousadia, olhou para Luana com um sorriso no rosto. "Você viu a cara da Karine? Ela ficou completamente chocada!", ele disse, rindo.

Luana não pôde conter uma risada também. "Sim, eu vi. Foi hilário!", ela respondeu, seus olhos brilhando com a mesma alegria que Fred.

Eles se sentaram no sofá, um de frente para o outro. A tensão que pairava no ar era palpável, mas também havia uma sensação de leveza, de liberdade.

"Sabe, Luana", Fred começou, sua voz suave e hesitante, "nós somos realmente incríveis juntos. Mentimos tão bem que até eu acreditei que éramos noivos de verdade."

Luana corou levemente, seus olhos se desviando dos de Fred. "É verdade", ela murmurou, brincando com os dedos nervosamente. "Mas foi só uma mentira, Fred. Não é real."

Fred se inclinou para frente, seus olhos fixos nos de Luana. "Mas e se fosse real?", ele perguntou, sua voz quase um sussurro. "E se a gente realmente se apaixonasse?"

Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora