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Fred e Luana saíram enquanto Karine e Lucas chegavam para uma reunião com o Sr. Luís, que os recebeu calorosamente para discutir o contrato de Lucas.

"Muito obrigado por me aceitar como seu consultor, é uma honra," disse Lucas, expressando sua gratidão a Luís.

"Seu currículo é excelente. Você administra uma rede de hotéis grandes? É um profissional competente, mas não acha que será complicado administrar duas empresas ao mesmo tempo?" perguntou Luís.

"Bem, senhor, Lucas tem um sistema que lhe permite trabalhar apenas algumas horas," interferiu Karine.

"Então, a primeira tarefa como consultor da empresa é me ensinar como trabalhar menos e ganhar mais," disse Luís, animado.

"Qual é o segredo para trabalhar menos e ganhar mais?" perguntou Luís a Lucas.

"Ah, imagina! Eu tenho muito a aprender com o senhor," respondeu Lucas, de forma tímida.

"Precisamos da sua assinatura para aprovar a contratação de Lucas, meu pai já assinou, e eu também. Só falta a sua, Fred," disse Karine, entregando os documentos a Luís.

"Depois que nós dois assinarmos, Lucas já estará contratado, pela maioria dos votos. A assinatura de Fred é simbólica neste caso," explicou Luís.

"Muito obrigado," respondeu Karine.

"Meus parabéns e bem-vindo," disse Luís a Lucas.

"Eu fico profundamente agradecido," respondeu Lucas.

"Então, querem beber alguma coisa?" perguntou Luís.

"Um café?" sugeriu Karine.

Enquanto os três comemoravam a contratação de Lucas com café, Fred e Luana estacionaram em frente ao escritório.

"Eu fico nervosa de entrar aqui com você," disse Luana.

"Por quê?" perguntou Fred.

"Todo mundo fica. Todo mundo tem medo de você, sabia? Você entra, o pessoal já fica tremendo," explicou Luana.

"Isso não tem nada a ver. É porque você ainda nem me conhece, eu não sou intimidador," respondeu Fred.

"Você quer apostar? Se você não ficar bravo em 10 minutos, eu te peço desculpa," propôs Luana.

"10 minutos?" perguntou Fred.

"10 minutos, sim," confirmou Luana.

"Fechado, então," concordou Fred, aceitando o desafio de Luana.

"Então, vamos lá," disse Luana, indo direto para a porta de entrada do escritório.

Todos estavam trabalhando tranquilamente até Laís avisar que Fred havia chegado. Havia algo que precisava ser falado, mas ninguém queria contar para Fred.

A primeira a cumprimentar Fred foi Luiza, mas não contou o que era preciso. O segundo a se aproximar foi Márcio, assistente de Ítalo. Então, Fred perguntou: "O que está acontecendo aqui?"

"Senhor Fred, o que faz aqui no final de semana?" Márcio respondeu com outra pergunta.

"Que eu me lembre, ainda é minha empresa. Você quer pensar um pouquinho melhor na pergunta, Márcio? Luiza, o que está rolando?" perguntou Fred.

"Nada. Está tudo conforme, tudo comum," respondeu Luiza, embora fosse visível que algo estava errado no escritório, e todos estavam evitando contar a Fred, com medo de sua reação.

Finalmente, quando Márcio deu passagem para que Fred e Luana entrassem no escritório, Fred percebeu que havia algo errado. No caminho, encontrou Ítalo e perguntou novamente: "O que está acontecendo? Você pode me dizer, Ítalo?"

"Tá bom, eu vou te contar. Nós temos um problema," respondeu Ítalo, sendo direto.

"Qual?" perguntou Fred, com tom irritado.

"Fred, você lembra do concurso que estávamos participando?" perguntou Ítalo em tom profissional.

"Sim," disse Fred.

"Então, o conselho fez algumas mudanças no regulamento. Eles anunciaram que não querem só plantas digitais. Como não temos plantas feitas à mão, vai ser impossível terminarmos até amanhã," disse Ítalo, sendo sincero.

"Cara, isso é sério? Essa situação é bem engraçada, né?" respondeu Fred, sorrindo, e todos começaram a rir juntos, sem entender por que ele não ficou bravo instantaneamente. Afinal, ninguém sabia da aposta entre Fred e Luana.

"É impossível, Ítalo? Nós não usamos a palavra impossível nessa empresa. Nunca. Tenho certeza de que, sei lá, alguém consegue fazer esse trabalho em 24 horas. Assim, a situação estará resolvida antes do prazo," disse Fred.

"Nossas funcionárias têm capacidade para fazer à mão, mas não têm muita prática. E o único que conseguiria entregar até amanhã é você. Mas você está muito ocupado. A única alternativa é desistir desse concurso. Não tem jeito, é o melhor que podemos fazer nesse caso," explicou Ítalo.

"Não, nem pensar. Nós não vamos desistir. Bom, se eu sou o único aqui capaz de resolver isso, então eu faço. Viu só? Bem simples. Está feito, podem ficar tranquilos. É isso? Bom, dá licença que eu tenho muita coisa para fazer," respondeu Fred, se retirando para sua sala. Por dentro, ele estava explodindo, mas para não perder a aposta com Luana, tentou se manter calmo o tempo todo. Todos se perguntavam por que ele ainda não tinha explodido.

"Ele devia estar furioso. Agora vamos ficar todos na expectativa. Era para ele ficar bravo, mas ele não ficou. É melhor ir embora e ficar bravo depois, porque senão a gente..." antes que Márcio concluísse, Ítalo o interrompeu para evitar que falasse mais besteiras.

"Eu vou fazer um café, pessoal, mais alguém quer?" perguntou Luana, levantando-se.

Laís e Márcio levantaram as mãos, aceitando o café de Luana, que se dirigiu para a copa do escritório para preparar o café para eles.

"É que eu não consigo me concentrar," respondeu Helô. "Eu estou com a cabeça em outro lugar, Cristina. Eu me sinto completamente sozinha em um deserto, eu não sei qual é o meu problema," completou, desabafando.

"Porque eu sou assim?" perguntou Helô.

"Assim como, menina?" perguntou Cristina.

"Uma desempregada," respondeu Helô.

"Não fale assim," pediu Cristina.

Helô continuava triste, regando as plantas da floricultura quando chegou uma mensagem em seu celular. "Você não trabalha mais na loja? Foi eles que perderam." Ao ler essa mensagem, Helô ficou feliz e acabou jogando água para todo lado, assustando Cristina.

"Ai meu Deus, o que é isso, menina?" pediu Cristina.

"Ai, Cristina, desculpa. É que eu acabei de receber uma mensagem daquele rapaz bonito," respondeu Helô, agora toda animada. "Eu contei que ele foi na loja outro dia. Acabou de me mandar uma mensagem. Encontrei o oásis no meu deserto." Helô estava absorta em seus pensamentos, criando uma história imaginária na sua mente, enquanto Cristina tentava compreender o que estava acontecendo.

"Helô. Helô, pare com isso, menina. Acho que você ficou doida," disse Cristina, correndo para tirar a mangueira de água da mão de Helô, que espirrava água para todo lado e acordando-a de seu devaneio.

"Eu acho que estou apaixonada, Cristina," respondeu Helô.

"O que é isso? Você está bem? Alô, você está bem mesmo?" perguntou Cristina, preocupada, enquanto continuava atordoada, pensando na mensagem que Helô recebeu de Ricardo.

"Você está realmente apaixonada. Por que você só se apaixona por homens que não conhece?" perguntou Cristina.

"Porque nós não precisamos nos apaixonar somente por quem a gente conhece," respondeu Helô, toda melosa.

"Talvez seja verdade. Quando acabar com esse mistério todo, eu quero ver esse rapaz. Então, segura a mangueira aqui que eu vou lá buscar a toalha para você secar. Pelo amor de Deus. Não vai se molhar de novo. Pode, Helô?" pediu Cristina enquanto saía para buscar algo para Helô se secar.

"Tá bom!" respondeu Helô, ainda com aquela expressão boba, apaixonada.

Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora