Contrato de Amor

26

Alguns dias depois...

"Graças a Deus esses repórteres nos deixaram em paz"  Luana disse animada para Fred.

"Eu te falei que era questão de dias". Respondeu Fred.

"Vamos sair para almoçar, as pessoas precisam nos ver em público."

Chegamos no restaurante fizemos nosso pedido Fred ficou olhando para meu prato quando chegou, com cara de nojinho e perguntou: "Você sempre come essas coisas?" Eu respondi com outra pergunta: "Você também sempre come essas coisas sem graças?".

"Sim, eu sempre como coisas saudável", ele respondeu.

"Você vai viver sem anos comendo assim, e o estresses? Você se preocupa com tudo isso pode te matar." Falei zombando da cara dele e continuei: "Porque você é tão agressivo assim com a vida?"

"Dá pra comer em silêncio?" Foi o que ele me respondeu.

"Tá bom!" Respondi sarcasticamente.

Depois de alguns minutos em silêncio, algo estava me incomodando então tive que perguntar. "Fred, porque estamos comendo aqui e não juntos com os outros?"

"Porque eu não gosto muito de gente!" Fred respondeu friamente.

"Esqueci que você é um robô frio e calculista!"

Como eu não consigo me controlar continuei falando e fazendo perguntas.

"Será que a Karine vai no noivado?"

"Acho que sim!" Fred me respondeu.

"E sobre o que é o projeto daquela reunião que eu fui com você?"

"É sobre um clube ecológico que eu quero construir, mas um grande inimigo meu comprou metade das terras que preciso para construir, então se eu não resolver isso ele fica com o clube."

"Entendeu?"

"Sim!"

"Agora vamos embora." Fred como sempre grosso, já falou se levantando.

Ao me levantar, meus olhos se depararam com a entrada de um casal que caminhava diretamente em nossa direção: Karine e seu noivo, Lucas.

"Claro que Fred estaria em uma mesa particular," Lucas disse com um tom sarcástico ao se aproximar da nossa mesa.

Fred apenas soltou um "Hum!" em resposta.

"A imprensa ficou empolgada com o anúncio do noivado de vocês," Lucas continuou, com um olhar fixo em Fred.

Era evidente o nervosismo de Fred na presença deles. Ele parecia sem jeito, gaguejando ao tentar me apresentar a Lucas, mesmo eu já o conhecendo. Karine, por sua vez, entrou na conversa, nos cumprimentando com cordialidade.

Fred, buscando uma brecha para se livrar da situação, tentou se despedir, mas Lucas insistiu que nos sentássemos com eles e fizéssemos companhia.

A tensão pairava no ar enquanto nos acomodamos na mesa. Fred, desconfortável, tentava evitar contato visual com Lucas, enquanto Karine conversava animadamente com ambos.

A conversa se arrastava em um mar de constrangimento. Eu, tentando aliviar a tensão, falava sem parar sobre nosso "amor", um amor falso, inventado, uma farsa que pesava cada vez mais em meu coração. Karine, com o olhar distante e a expressão carregada, demonstrava claramente seu desagrado com o tema. Lucas, por outro lado, insistia em fazer perguntas, buscando detalhes sobre um relacionamento que não existia.

Cada palavra que eu pronunciava era como um espinho cravado em minha alma. A culpa me corroía por dentro, me afundando em um poço de mentiras. Eu me sentia presa em uma teia de falsidades, incapaz de escapar.