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"Helo, você não acha que tem algo de errado nesse noivado da Luana com o Fred?", perguntou Fifi, com um olhar desconfiado.

Helo, ainda tomada pela empolgação da notícia, respondeu: "Acho que não, amiga! Acho que eles estão mesmo apaixonados!".

Fifi franziu a testa, cética. "Aí, Helo, para de sonhar, menina! Até outro dia a Luana odiava o Fred, e você acredita mesmo que eles estão apaixonados?".

Helo, com um sorriso no rosto, retrucou: "Eu acredito nesse amor, amiga! Eles se conheceram melhor durante a viagem e as coisas mudaram. O amor é capaz de transformar qualquer coisa."

Fifi não se convenceu. "Sei lá, Helo. Essa história está muito estranha. A Luana sempre foi tão racional e agora está agindo como uma adolescente apaixonada. Tem alguma coisa errada aí."

Helo, ainda defendendo o casal, ponderou: "Talvez a Luana só precisasse de um tempo para se permitir sentir esse amor. Ela sempre foi tão focada no trabalho que nunca se deu a chance de viver um grande amor."

Fifi suspirou, ainda incerta. "Espero que você esteja certa, Helo. Mas, se algo de errado acontecer, eu vou te dizer: 'Eu avisei!'"

As duas amigas continuaram conversando sobre o noivado, cada uma com suas próprias opiniões. Helo, esperançosa de que o amor entre Luana e Fred fosse verdadeiro. Fifi, desconfiada e temerosa por sua amiga.

"Sabe, Helo, hoje eu vi os dois conversando na floricultura", Fifi começou, com um tom hesitante em sua voz. "Achei muito estranho o jeito deles para quem estava apaixonado. Pareciam mais como dois amigos conversando, sem nenhuma faísca de romance."

Helo franziu a testa, preocupada. "Você está me deixando nervosa, Fifi. O que você disse exatamente?"

Fifi descreveu a cena que presenciou, detalhando a linguagem corporal desajeitada de Luana e Fred, a falta de contato visual e a conversa monótona.

Helo ponderou sobre as palavras de sua amiga. "É verdade que o comportamento deles não era o que se espera de um casal apaixonado. Mas talvez eles estivessem passando por um momento difícil, ou talvez o amor deles seja diferente do que estamos acostumadas a ver."

Fifi não se convenceu. "Helo, você está sendo muito otimista. Eu acho que tem algo de errado. Ontem mesmo eu questionei Luana sobre o que estava acontecendo, mas ela disse que está tudo bem. Será que ela está me escondendo algo?"

Helo ficou em silêncio por alguns instantes, ponderando sobre a situação. "Eu não sei o que pensar, Fifi. Mas uma coisa é certa: precisamos descobrir o que está acontecendo. Luana é nossa amiga e não podemos deixá-la sofrer em silêncio."

Do outro lado da cidade, enquanto Helo e Fifi conversavam preocupadas, Luana e Fred se preparavam para a coletiva de imprensa. A tensão pairava no ar como uma nuvem carregada.

Luana, com o coração batendo acelerado, sentia um suor frio percorrer sua espinha. As perguntas que seriam feitas a aterrorizavam. Como explicar o noivado falso? Como esconder seus verdadeiros sentimentos? Cada minuto que passava era uma tortura.

Fred, por outro lado, ostentava uma postura arrogante e fria. Seu tom de voz era firme e autoritário, transmitindo uma falsa segurança. Ele não se importava com as perguntas, com a opinião pública, com nada além de sua própria imagem.

A sala de imprensa fervilhava com a presença de repórteres ansiosos por notícias. A atmosfera era densa, carregada de expectativa e curiosidade. Todos queriam saber os detalhes do "romance" entre Luana e Fred, o CEO poderoso e a  mulher misteriosa.

Luana respirou fundo, tentando se acalmar. Ela precisava ser forte, manter a compostura e seguir o roteiro. Fred, ao seu lado, parecia impassível, como se estivesse em um palco, pronto para representar seu papel.

A coletiva começou. As perguntas logo se concentraram no noivado. Luana se esforçava para responder de forma evasiva, enquanto Fred, com sua habitual arrogância, despistava os repórteres com respostas genéricas.

A cada pergunta, a farsa se tornava mais pesada. Luana se sentia cada vez mais presa em uma teia de mentiras. O peso da culpa e da decepção a consumia por dentro.

Finalmente, a coletiva chegou ao fim. Luana, exausta e vazia, se retirou da sala de imprensa. Fred, com um sorriso falso no rosto, acenou para os repórteres, satisfeito com a atenção que havia recebido.

Mas, no fundo, ambos sabiam que a verdade não poderia ser escondida para sempre. A mentira pairava sobre eles como uma espada de Dâmocles, pronta para cair a qualquer momento.

Após a entrevista, as páginas de fofocas explodiram com a notícia do noivado de Fred Oliver com a "misteriosa" Luana. A mídia se debruçava sobre cada detalhe do anúncio, especulando sobre a relação entre a mulher misteriosa e a poderoso CEO.

A avalanche de notícias e especulações tomava conta da mídia. Cada portal, cada programa de TV tinha sua própria versão da história, tecendo teorias sobre o romance entre Fred Oliver e a "misteriosa" Luana.

Luana se viu envolta em um turbilhão de fama e atenção. Sua foto estampava capas de revistas, seu nome era manchete em sites de notícias, e cada passo seu era seguido por paparazzi. A "misteriosa" noiva de Fred Oliver agora era um espetáculo público, sua vida privada exposta para o mundo.

Fred, por sua vez, prosperava no centro do palco. As entrevistas se multiplicavam, os convites para eventos badalados se acumulavam, e sua popularidade disparava. Ele se alimentava da adulação, da bajulação, da aura de celebridade que agora o cercava.

Luana ansiava pelo fim da bajulação. Cada sorriso falso, cada palavra vazia, a distanciava cada vez mais de si mesma. Ela ansiava por um novo escândalo, uma bomba que explodisse nas páginas de fofocas e desviasse a atenção do público para longe dela e de Fred.

Em seu íntimo, Luana se debatia entre a culpa e a esperança. A culpa por ter se envolvido em uma farsa, por ter enganado a todos, inclusive a si mesma. A esperança de que a verdade viesse à tona sem causar danos irreparáveis, de que ainda houvesse tempo para recomeçar.

Enquanto a mídia se alimentava da farsa, Luana se isolava em seu próprio mundo. As paredes de seu apartamento se tornaram um refúgio, um escudo contra o mundo exterior. Ela se perdia em pensamentos, questionando suas decisões, seus sentimentos, seu futuro.

Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora