Assim que Karine se afastou, Luana se virou para sua tia e suas amigas, um suspiro de alívio escapando de seus lábios. "Aí gente, finalmente a festa acabou", ela disse, com um sorriso cansado no rosto.
"Ou minha querida, se você quiser, pode ficar mais um tempo com seu noivo", disse a tia de Luana com um sorriso malicioso, se levantando junto com as amigas de Luana, prontas para irem embora.
"Não quero parecer mal educada", Luana respondeu, hesitante. "Vou ficar mais um pouco, mas depois preciso descansar."
"Claro, querida", a tia disse, compreensiva. "Mas não se esqueça de aproveitar esse momento com seu noivo", ela adicionou com um piscadela.
Enquanto a tia e as amigas se despediam e iam embora, Fred se juntou ao grupo. "Se você quiser, podemos conversar um pouco aqui e depois meu assistente te leva para casa", ele disse para Luana, sua voz suave e gentil.
Luana assentiu, um sorriso tímido se formando em seus lábios. "Tudo bem", ela respondeu. "Eu gostaria de conversar com você."
E assim, eles se despediram dos últimos convidados e seguiram em direção à casa de Fred, que ficava do outro lado da propriedade. A noite estava fresca e silenciosa, o ar perfumado com o cheiro de flores do jardim. Luana e Fred caminharam lado a lado, seus dedos entrelaçados, aproveitando a companhia um do outro.
Ao chegarem à casa de Fred, ele a convidou para entrar. A casa era grande e elegante, decorada com bom gosto. Luana se sentiu um pouco intimidada no início, mas Fred logo a fez se sentir à vontade.
Eles se sentaram em uma sala de estar aconchegante, com uma lareira crepitando no canto. Fred ofereceu a Luana um drinque, que ela aceitou com gratidão.
"Então, sobre o que você queria conversar?", Fred perguntou, seus olhos fixos em Luana.
O que você quer saber sobre mim? Fred perguntou, pegando Luana de surpresa. A pergunta era inesperada, e por um momento ela ficou sem saber o que responder.
Porque mora com sua família por exemplo? Luana finalmente perguntou, sua voz hesitante. Ela sabia que era uma pergunta pessoal, mas sua curiosidade era grande.
Fred suspirou, como se estivesse se preparando para contar uma história longa e complexa. Sabe, um homem como você... ele começou, mas Luana o interrompeu.
Um homem frio e chato? Ela disse, com um sorriso irônico. Fred riu, um som baixo e sem graça.
Na verdade, não é bem assim, ele disse. Olha Luana, para ser sincero, a minha mãe tem um grande problema de saúde e ela me pediu para me mudar para cá, para ficar mais perto dela.
Luana ficou em silêncio por um momento, processando a informação. Ela não sabia que Fred passava por uma situação tão difícil.
Eu sinto muito, ela disse finalmente, sua voz cheia de compaixão.
Obrigado, Fred disse, com um sorriso triste. É uma situação difícil, mas estou fazendo o meu melhor para cuidar dela.
Eles ficaram em silêncio por alguns instantes, cada um perdido em seus pensamentos. A revelação de Fred havia criado uma nova conexão entre eles, uma conexão de compreensão e empatia.
"Se não for muita intromissão, você poderia me dizer o que ela tem?", Luana perguntou com a voz baixa, seus olhos cheios de preocupação.Fred hesitou por um momento, como se estivesse lutando contra seus próprios pensamentos. "Ela tem síndrome do pânico", ele finalmente disse, sua voz carregada de tristeza. "E não consegue sair de casa. Tem anos que ela não dá um passo para fora."
Luana ficou em silêncio, processando a informação. Ela já havia presenciado casos de ansiedade em pessoas próximas, mas nunca imaginava que a mãe de Fred estivesse passando por algo tão sério.
"Sinto muito por isso", ela disse finalmente, sua voz sincera e compassiva. "É uma história triste, realmente."
Fred assentiu, um aperto no peito. "Mas vamos deixar essa história para lá", ele disse, tentando mudar o assunto. "No final, eu sou apenas um homem comum."
Luana riu, um som baixo e sincero. "Olha, você não parece um homem comum", ela disse, seus olhos fixos nos dele. "Você foi o único que me falou sobre as estrelas naquela noite, e me contou seus segredos. Eu nunca conheci ninguém como você."
Fred sorriu, tocado pelas palavras dela. "Obrigado", ele disse. "Isso significa muito para mim."
Eles ficaram em silêncio por alguns instantes, apenas apreciando a companhia um do outro. A revelação de Fred sobre sua mãe havia criado uma nova conexão entre eles, uma conexão de empatia e compreensão.
"Eu preciso ir agora", Luana disse finalmente, se levantando do sofá. "Mas prometo que vamos conversar mais sobre isso."
Fred assentiu, com um sorriso triste. "Eu adoraria", ele disse.
Luana se aproximou dele e o deu um beijo na bochecha, um beijo casto e cheio de afeto. "Boa noite, Fred", ela disse.
"Boa noite, Luana", ele respondeu, seus olhos cheios de admiração.
Luana se afastou, deixando Fred sozinho em seus pensamentos. Ele ainda estava se recuperando da revelação sobre sua mãe, mas as palavras de Luana o haviam confortado. Ele sabia que não estava sozinho, que tinha alguém com quem contar.
Assim que Luana se foi, Fred percebeu que ela havia deixado o colar que ele lhe deu durante a festa de noivado. A joia, delicada e brilhante, agora descansava em sua mão, um símbolo tangível do amor que uniam.
Fred segurou o colar entre os dedos, sentindo a textura fria do metal em sua pele. Uma onda de emoções o tomou: alegria por ter encontrado Luana, tristeza por sua partida, e uma mistura de ansiedade e expectativa pelo futuro.
Ele fechou os olhos e imaginou Luana usando o colar, sua beleza natural realçada pela joia. Ele a viu sorrindo para ele, seus olhos brilhando com amor. A imagem era tão vívida que ele quase podia sentir seu toque, ouvir sua voz suave.
Abrindo os olhos, Fred observou o colar com mais atenção. Cada detalhe era perfeito, desde o design delicado da corrente até a pedra preciosa que brilhava com um brilho intenso. Era um presente especial, escolhido com cuidado para representar seu amor por Luana.
Mas agora o colar estava em suas mãos, um lembrete de que Luana não estava mais ali. Ele sentiu um aperto no coração, uma pontada de solidão.
Ele se levantou e caminhou pela sala, o colar ainda em sua mão. Seus pensamentos eram confusos, uma mistura de sentimentos que ele não conseguia entender completamente.
Fred estava em um turbilhão de emoções confusas. De um lado, ele tentava se convencer de que tudo aquilo era apenas um jogo, um plano cuidadosamente elaborado para reconquistar Karine. Ele repetia para si mesmo que não sentia nada por Luana, que ela era apenas mais uma peça em seu jogo de xadrez.
Mas, no fundo de seu coração, ele sabia que estava mentindo para si mesmo. Havia algo em Luana que o atraía, algo que o fazia se sentir vivo. Ela era diferente de todas as outras mulheres que ele havia conhecido, e isso o assustava.
Fred se lembrava da noite da festa de noivado. A forma como Luana o olhava, com seus olhos cheios de admiração e desejo. A forma como ela ria, um som melodioso que ecoava em sua mente. A forma como ela o tocava, seus dedos suaves enviando arrepios por todo seu corpo.
Ele não podia negar que sentia algo por ela. Mas como poderia conciliar esses sentimentos com seu plano de reconquistar Karine?
Fred se sentia preso, dividido entre dois mundos. Ele não sabia o que fazer, qual caminho seguir.
Ele caminhou pela sala, agitado e confuso. Seus pensamentos eram uma bagunça, e ele não conseguia encontrar uma resposta para suas dúvidas.
Parando de repente, ele se olhou no espelho. A imagem que viu era de um homem perdido, sem saber quem era ou o que queria da vida.

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Contrato de Amor
RomanceLuana Andrade, uma determinada estudante universitária, vê seu mundo desmoronar quando sua bolsa de estudos é repentinamente cancelada. Sem meios para continuar sua educação, ela retorna à floricultura da família, jurando vingança contra Fred Oliver...