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Depois de uma conversa sincera com suas amigas, Luana se sentia mais preparada para enfrentar a situação com Fred. Cheia de expectativas, ela foi até a casa dele, pronta para ter uma conversa séria sobre seus sentimentos.

Ao chegar, foi recebida por Bruno, o assistente da mãe de Fred. Bruno, sempre simpático e prestativo, tentou aliviar o clima com seu bom humor, mas Luana não conseguia se livrar da sensação de desânimo.

"Bom dia, senhor Bruno!", Luana disse, tentando soar animada. "Como você está?"

"Melhor agora que te vi!", Bruno respondeu com um sorriso. "E pode me chamar só de Bruno, por favor."

"E você vai me chamar só de Luana também?", ela perguntou com um fio de esperança.

Bruno hesitou por um momento. "Não, eu não posso...", ele disse, finalmente. "É o protocolo."

Luana se sentiu frustrada. "Então eu também não posso!", ela retrucou, cruzando os braços.

"Mas... por que não?", Bruno perguntou, confuso.

"Porque se você não me chamar de Luana, eu não vou te chamar de Bruno!", ela disse, brincando.

Bruno riu. "Ok, ok, Luana", ele disse, se rendendo. "A partir de agora, somos só você e eu."

"Ótimo!", Luana disse, sorrindo. "Mas agora me diga, o Fred está em casa?"

"O Sr. Fred não está", Bruno respondeu, com um tom de lamento. "Ele acordou no horário de sempre e foi para o escritório."

Luana ficou desanimada. "Ué, Fred já foi? Foi alguma coisa urgente? Ele está doente?", ela perguntou, preocupada.

"Não, nada disso", Bruno tranquilizou-a. "Ele apenas não me avisou que ia sair."

"Mas ele não me disse nada também", Luana disse, ainda mais frustrada. "Vou ligar para ele."

Ela pegou o celular e discou o número de Fred, mas ele não atendeu. "Que droga!", ela exclamou, irritada. "Ele sempre faz isso!"

Bruno a observou com compaixão. "Está tudo bem, Luana?", ele perguntou. "Você parece chateada."

"Sim, estou", ela admitiu. "Eu estava esperando para conversar com o Fred, mas agora ele não está em casa e nem me atende o telefone."

"Ah, não se preocupe com isso", Bruno disse, tentando animá-la. "Com certeza ele te liga depois."

Luana suspirou. "Espero que sim", ela disse, sem muita convicção.

"Então eu vou indo, senhor Bruno", me despedi, ainda decepcionada. "Ah, e eu vou levar essas caixas para o escritório.".

"Eu te ajudo então!", Bruno se ofereceu, gentilmente.

"Obrigado!", agradeci, aliviada por ter ajuda para carregar as caixas.

Enquanto Bruno ajudava Luana a colocar as caixas no carro para serem levadas ao escritório, no jardim da casa, os pais de Fred tomavam café da manhã e conversavam sobre o noivado que aconteceu na noite anterior.

Em meio à conversa, Karine apareceu toda animada. "Bom dia!", ela disse, puxando uma cadeira e se sentando ao lado dos pais de Fred. "Pensei que poderíamos tomar um café juntos e depois irmos para o escritório."

Os pais de Fred ficaram contentes com a presença dela. "Que ótimo!", disse o pai de Fred. "Que surpresa boa, Karine", complementou a mãe dele, também animada.

A empregada logo serviu Karine, que iniciou uma conversa animada com Isadora, a mãe de Fred. Enquanto isso, o pai de Fred se retirou para se arrumar para ir ao escritório com Karine.

No jardim da casa de Fred, a conversa entre Karine e Isadora toma um rumo inesperado.

"Aí, Karine, minha querida, estamos ansiosos pelo dia que você vai chamar meu marido de sogro e não de senhor!", Isadora disse animada, servindo mais café para a futura nora.

Karine sorriu, mas seus olhos ainda carregavam um toque de tristeza. "Bom, a senhora sabe porque terminamos", ela respondeu, com a voz baixa.

Isadora assentiu, compreensiva. "Eu sei sim, minha querida", disse ela, colocando a mão no ombro de Karine. "Aquele idiota do meu filho não te pediu em casamento! Quanto tempo uma mulher bela, talentosa e bem sucedida como você deve esperar pela atitude de um homem? Você está certissima!".

Karine suspirou. "É, eu acho que vou continuar esperando", ela disse, com a voz hesitante. "Sabe, a verdade é que ele não quis casar comigo porque não me amava. Por isso ficou noivo de uma garota que mal acabou de conhecer."

Isadora franziu a testa, desaprovando a atitude do filho. "Aquela garota...", ela disse, com um tom de desprezo. "Sabe como é, os homens vivem no mundo da lua", continuou ela. "Eles precisam de algo para se prender, e ela atraiu Fred até ela. Ela não ficou ali esperando ele dar o primeiro passo."

Karine, magoada, reflete: "Então você quer dizer que eu fiquei ali esperando ele dar o primeiro passo? É isso? Mas agora não importa. Noivamos com outras pessoas."

Isadora, determinada, discorda: "Um noivado é irrelevante. As pessoas terminam facilmente. Você ficou noiva do Lucas, mas isso não é algo tão sério."

Karine, ainda abatida, informa: "Mas eles parecem levar muito a sério, né? Porque decidiram morar juntos."

Isadora, surpresa com a notícia, exclama: "Decidiram o que? Não, não podem!".

Nesse momento, Bruno e Luana apareceram no jardim, carregando as caixas que seriam levadas para o escritório. A cena inesperada deixou as duas mulheres em silêncio por alguns instantes.

"Bom dia, Karine! Como você está? Amei esse carrinho!", Luana disse enquanto empurrava o carrinho com algumas caixas em cima. "Vou comprar um igual para a floricultura, para carregar as coisas, vai ajudar muito."

"Querida, senta aqui, descansa um pouquinho", Karine convidou, curiosa sobre a decisão que Luana e Fred haviam tomado. "Que decisão? Aí, eu vou tomar um pouco de água", Luana respondeu, sem entender o que Karine estava falando.

"Você tirou algumas coisas da casa do Fred, agora vai ter mais espaço", Karine indagou, com um tom de surpresa.

"Fred preparou tudo e eu disse que eu poderia ajudar tirando as caixas", Luana respondeu ainda animada. "E como eu não sabia de nada, Fred não me contou nada", a mãe de Fred disse, incrédula por não ter sido informada sobre a decisão do filho de ir morar com Luana.

"Fred não te contou, senhora Isadora, porque essas coisas são pessoais dele e acho que isso não tem nada a ver com a senhora", Luana respondeu, com a voz firme e um tom defensivo. "Mas é melhor perguntar para ele, já que ele é quem tomou a decisão. Já vou indo, obrigada pela água. Até mais, sogrinha."

Luana se levantou, colocando o copo de água vazio sobre a mesa, e se dirigiu à saída. Ela sabia que a conversa com Isadora não havia sido fácil, mas se recusava a ser responsabilizada por uma decisão que não tomou sozinha.

Isadora a observou partir, seus olhos carregados de desaprovação. Ela não concordava com a atitude de Fred de morar com Luana sem se casar, e sua frustração era evidente.

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