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Yuri

Ah, faça-me o favor! Ele é quem? O presidente?

Super entendo a urgência de fazer o exame, agora mandar um estranho me abordar do nada?

Como é que esse ser sabia onde eu estava? Devo me preocupar?

- O senhor Kento já está te esperando lá dentro.

- Obrigada Ander! Mas eu pensei que a clínica fechava depois das dezenove horas.

- Abriram uma exceção para o senhor Kento.

- Pelo amor de Deus! Não me diga que eu engravidei de um riquinho que além de ser meu chefe é mimado. - o motorista ri - Vou levar isso como um sim... Amanhã eu envio uma carta de demissão!

Ele sai do carro e abre a porta pra mim. Vou até a clínica e a recepcionista me guia até o lugar onde o Kento está.

A irmã dele me mandou mensagem, ela foi super simpática. Disse que tá super animada pra ser tia, que posso contar com ela pra o que precisar e que está ansiosa pra me conhecer. Nós até marcamos de nos ver, meu bebê vai ter tias incríveis.

Entro na sala e vejo o loiro de cara fechada digitando algo no celular.

- Oi - falo para o pai do meu filho.

Ele me olha de cima a baixo antes de me encarar. O mesmo desliga o celular guardando no bolso.

- Vamos logo com isso.

- Será que tem como o filho não ser dele? Ser algum tipo de milagre divino?

A gente entra no consultório e começa o procedimento, é só um exame de sangue. Bem menos complicado do que eu imaginava.

- Só isso? - o loiro pergunta.

- Sim! O DNA do bebê já está presente na corrente sanguínea da mamãe! - a enfermeira fala.

- Apressa iaso, quero o resultado o mais rápido possível. - e a educação foi peo saco.

- Claro senhor!

Agradeço a moça e saio da sala. Ai que ódio, o pior problema não é a gravidez inesperada e sim esse babaca.

- Meu motorista vai te levar pra casa. - viro pra ele.

- Não precisa, obrigada!

- Ele te tirou de casa, ele te leva em casa

- Eu vou parar numa lanchonete. Tô com desejo, chamo um uber se for preciso!

- Entra no carro que eu te levo njma lanchonete perto da sua casa!

- Cara, como é que você sabe onde eu moro?

- Entra no carro!... - ele põe a mão na minha lombar e me guia até uma BMW.

Aí meu Deus, como que eu gostei disso?

Entro no carro e o maldito liga o veículo indo em direção da minha casa.

- Como você sabe onde eu moro, Nanami? - ele me olha de canto.

- Como você sabe o meu nome?

- Eu trabalho na sua empresa, é meio difícil não saber quem seria o novo CEO da Spyce!... E a Emma também me falou sobre você, ela se empolgou um pouco falando mal de você - debocho - Por que você não se parece mais com ela? Talvez assim seria um pai decente!

- Como tem tanta certeza de que não vou ser um pai descente?

- Você deixa muito a desejar!

- Você não tem noção de quantas vezes já me disseram que eu ia ser pai, obviamente eram todas mentiras.

Olha só se não é o senhor pau de mel! Que ódio desse idiota.

- Pro meu desgosto, você é o pai do meu bebê.

- Você tem uma certeza...

- Você foi o único que eu me envolvi em meses e o último!

- Sua vida sexual é triste! - o comentário faz com que eu revire os olhos.

- Sexo não é a coisa mais importante do mundo. Diferente de você eu não estou no cio vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana!

- Cio - ele bufa.

- Pode me deixar aqui.

- Fica longe da sua casa...

- Quero a batata frita que vende nesse lugar.

- Batata é tudo igual.

- Meu bebê quer ESSA batata!

- Tenha paciência! - ele estaciona o carro na frente da lanchonete.

- Obrigada pela carona. Se bem que era a sua obrigação já que eu fui praticamente arrancada da minha casa - abro a porta do carro - Te vejo quando sair o exame pra gente se resolver!

- Se resolver?

- É sobre o bebê.

- E o que tem que resolver? Ele vai ficar aí por mais seis meses.

- Esquece. Aonde eu tô com a cabeça? - forço um sorriso - Até parece que você vai querer ser um pai presente. - bufo - Pra quê ir em consultas e ver como ele tá né? Não vai fazer diferença pra você.

Pego minha bolsa e saio do carro.

- Me avisa quando o exame sair... Ou não avisa, eu já sei o resultado. Te mando um recado quando ele nascer! - fecho a porta com força e vou pra lanchonete.

Compro um hambúrguer e muita batata. Nem chamei um uber, fui andando pra casa e comi tudo no caminho.

Quando eu cheguei Ali estava terminando um trabalho da faculdade.

- Como foi amor?

- Péssimo amiga! - me jogo no sofá - Acho que meu filho vai ter um pai ruim.

- Sinto muito princesa.

- Pensei que quando eu tivesse um bebê, ia ser com alguém que eu amasse e que estivesse tão animado quanto eu pra ter um filho.

- Você tá chorando? - ela levanta vindo na minha direção.

- Acho que os hormônios estão me dominando. Pra piorar meu pai chega amanhã e nós vamos jantar juntos!

- Ele vai surtar né?

- Sim vai! Já é ruim eu está grávida, agora eu nem tô com o pai dp bebê...

- Independente de qualquer coisa, somos nós duas contra o mundo. - ela sorri e deita do meu lado - Nós três, agora temos o nosso baby!

- Meu pai vai me deserdar.

- Você tem a herança da sua mãe...

- Não tenho idade pra mexer no dinheiro...

- Você tá grávida, tem alguém que depende de você. O advogado vai dar um jeitinho.

- Obrigada por todo o apoio.

- Amo você e o meu afilhado.

- Hanna disse que eu devia abortar....

- Aquela puta que se foda! Se te conhecesse saberia que você nunca faria isso. Ela é uma amiga de merda.

- Minha vida toda é uma merda... Espero não ser uma mãe de merda. - deslizo o indicador pela barriga.

- Você vai ser a melhor mãe do mundo. Seu bebê tem muita sorte, sei que você vai dar o seu melhor por ele.

Por que o pai do meu bebê não pode ser a Maria Alice? Que mundo injusto.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora