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Yuri

Faz dois dias que tenho mais um segurança atrás de mim. Eu odeio ser seguida por todo o canto, eu adoraria sumir e deixar os meninos com cara de idiota.

Mas não sou só eu, tem a minha filha e eu tenho que fazer o que for melhor pra ela.

Na saída da faculdade eu vi o carro do Nanami parado no estacionamento me esperando. Ele não vem com muita frequência, mas é meio legal quando ele vem.

- Oi - digo abrindo a porta do carro e entrando.

- Oi, vim te levar pra almoçar.

- Você tá tentando me comprar pelo estômago? Bom plano - ele ri e liga o carro.

- O que você quer comer?

- Podemos ir naquele restaurante brasileiro? Eu sei que é longe mas eu tô morrendo de vontade.

- Ok, nós vamos. Como tá a bebê?

- Ta bem. Cinco meses já - abro um sorriso - Tive umas pontadas hoje mas já passou.

- Quer ir na doutora Santiago?

- Você se preocupa demais, Nanami. Tá tudo bem com ela. Nataly tem mexido com mais frequência, mas infelizmente nenhum dos meus amigos conseguiram sentir.

- Não? - nego.

- Só você e eu - dou um sorriso - Acho que ela sente.

- Sente? - ele pergunta confuso.

- Que só tá com os pais.

- Garota esperta!

Ele passa a mão na minha barriga e sinto a bebê mexer de leve.

Leva cerca de 40 minutos pra chegarmos no restaurante brasileiro

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Leva cerca de 40 minutos pra chegarmos no restaurante brasileiro. Comi duas vezes e ainda pedi sobremesa.

- E seus pais? - pergunto.

- Por que? - sempre na defensiva...

- Ué, quero saber se a Naty vai ter avós paternos?

- Não. E eu não quero falar sobre isso. Tudo o que você precisa saber é que a Nataly vai ficar bem melhor sem eles.

- Certo. Então a Emma é a única parente paterna que a Naty vai ter?

- Sim - ele murmura.

- Tudo bem, só o que importa é que a Naty tenha pessoas que se importam com ela. Família não precisa ser formada por laços sanguíneos.

Eu amo o meu pai, mas eu vejo mais a Maria Alice como família do que ele. Não que ele tenha sido um péssimo pai.

Mas ele era muito material, ele sempre viajava muito e achava que um presente ia substituir a falta dele. A minha mãe morreu quando eu era uma criancinha ainda. Então eu não tive muita atenção dos meus pais.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora