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Yuri

Era pra ser uma foda com um desconhecido gostoso.

Agora eu tô aqui fazendo as malas enquanto eu choro.

- E seu pai? A casa dele é segura.

- Eu não posso falar sobre isso com meu pai Ali. Meu pai me mata se souber.

- Eu queria ser uma boa amiga e te dar um bom conselho mas eu sinceramente não sei o que dizer.

- Um vendedor de drogas... Eu tô grávida de um criminoso! Eu botei o meu bebê em risco falando com aquele cara.

- Não é sua culpa, não tinha como você adivinhar

- Alice, ele é um criminoso. O Nanami é um criminoso. Como as coisas vão ser agora?

- A proposta não é real?

- Sei lá, nunca pensei que ia chegar à esse ponto. Não sabia que o Kento era tão ruim assim.

Fecho mjnha última mala e me sento no chão do quarto. Uma noite, meia hora, foi o suficiente pra mudar minha vida de uma forma absurda.

Um bebê, com um pai idiota, com um pai criminoso.

- Ele vai tentar ser mais controlador ainda - passo a mão pelo rosto - Ele já é insuportável, minha vida vai virar um inferno...

- Calma - ela senta do meu lado - Ele mesmo disse que passa a maior parte do tempo ou trabalhando ou fodendo. Você nem vai ver ele direito.

- Mas com certeza a segurança vai dobrar.

- Bom, ele têm um motivo plausível pra deixar o Luke no seu pé.

- Que ódio!

- Você precisa se acalmar. Todo esse estresse vai fazer mal ao bebê.

- Certo, o bebê. Preciso pensar nele primeiro.

- Exato. Tá ansiosa por sábado?

- Tô. Sabe, eu não vejo essa gravidez como um problema, só não é nas circunstâncias que eu queria.

- Mas mesmo assim vai ser um bebê muito amado. Você vai ser uma mãe incrível - ela põe a mão na minha - E vai ter a Emma, o Johan e eu!

- É, ele vai ser muito amado.

- Sabe, talvez o Nanami seja um bom pai. As vezes a ligação que ele tem com o bebê o torne menos ignorante. Existem ótimos pais que são pessoas ruins.

- Talvez. Mas a falta de interesse que ele tem agora me deixa mal. Já não somos um casal, o bebê vai ter pais que já não são estáveis, não quero que falte carinho

- Não vai faltar.

- Depois de tudo que eu falei você acha que o Nanami parece carinhoso?

- Próxima pergunta por obséquio.

[...]

Uau! Ser traficante tem suas vantagens. Olha o tamanho dessa casa, olha o tanto de carro que tem aqui.

- Vou levar suas malas até o seu quarto.

- Emma mora aqui também? Esse lugar é enorme.

- Ela foi embora.

- Por quê? - Lk me encara - Se você não me disser ela vai me contar - dou de ombros - Você não vai está fazendo nada demais.

- Ela doi embora porque o senhor Kento tem uma tendência alta em ser controlador.

- Jura? O nanami controlador? Ainda bem que você me avisou, vai que ele me leva pra cama e me engravida. Ia ser uma loucura - ele ri.

Sigo o Luke até o segundo andar e ele me mostra meu quarto. É o dobro do tamanho do meu quarto antigo, chega a ser exagero.

Sou rica e não mão de vaca, só acho desnecessário ter uma casa tão grande se não usufruir dela.

- Obrigada.

- A Eva logo chega pra te ajudar.

- Eva?

- É a governanta da casa, vai te ajudar a organizar as suas coisas. Você tem livre acesso à casa, exceto o escritório e o quarto do patrão.

- Como se eu quisesse ir ao quarto dele.

[...]

Andei oela casa inteira, o lugar é muito chique. Nada haver com o Nanami. Tá, aquele bar cheio de whisky é a cara dele.

Na hora do jantar me direcionei até a mesa posta pra duas pessoas.  Ah, ele come em casa. E infelizmente ele já tá sentado pra jantar.

- Pensei que ia ter que subir pra te buscar - puxo a cadeira e me sento.

- Você não tem um milhão de funcionários pra isso? - estico o guardanapo no colo - Pra quê perder seu precioso tempo.

- Isso vai ser complicado - ele bufa.

- Você que começou com a provocação - encaro a travessa na mesa - Isso é camarão?

- Acho que é.

- É que eu sou alérgica...

Ele vira o rosto para a Eva.

- Vou preparar algo novo para a senhorita, o que deseja?

Essa mulher é tão bonita, puta merda ein.

- Um sanduíche, pode ser queijo. Na verdade dois - ela concorda e sai da sala de jantar.

- Faça uma lista com tudo o que você não come e deixe com ela pra isso não se repetir. Quero você bem alimentada.

- Eu tô grávida, no momento eu mudo meu gosto de uma hora pra outra.

- Deixe ao menos suas alergias anotadas pra não corrermos o risco - concordo.

Não demora muito para a Eva aparecer com os meus sanduíches.

Devoro eles em pouco tempo.

- Quanto tempo eu vou ter que ficar aqui?

- Como é?

- Quando eu posso voltar pra casa? Quero começar a procurar uma casa e arrumar o quartinho do meu filho - ele ri.

- Aí meu Deus, você acha que vai criar o meu filho ou filha longe de mim?

- Você pode visitá-lo quando quiser. Não penso em te impedir.

- Ah Yuri, não seja tão inocente assim! A criança vai ser criada aqui, nessa casa, num lugar seguro.

- Eu não vou morar com meu bebê aqui, eu não vou morar com você.

- Meu filho não vai ser criado em outra lugar e ponto final.

- Não é assim Nanami, a gente tem que entrar em um consenso sobre as medidas á serem tomada, você não pode simplesmente decretar algo.

- Por quê não?

- Porque é errado - digo o óbvio.

- Eu te disse que comando a maior gangue de Los Angeles. Acha mesmo que eu ligo pro que é errado ou não.

- Você não pode me manter aqui contra a minha vontade.

- Eu posso sim. Você é a mãe do meu filho, não é só esse bebê que me pertence.

- Meu Deus! Você acha que essa gravidez te torna meu dono?

- Dono é uma palavra muito forte né? Você me pertence agora, mas acho que dizer que sou seu dono é um pouco demais. Não quero parecer um maluco obsessivo.

Ah! ele não quer parecer um maluco obsessivo...

Espero que a passagem pro Caribe esteja em promoção!

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora