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Yuri

Depois de tomar banho coloquei um pijama e fui pra sala de cinema. A Eva ficou encarregada de preparar a pipoca pra gente antes de se deitar.

Sim. Ela mora aqui! E não, eu não gosto disso, mas fazer o que né? Parece que ela tem um quarto em algum lugar da casa.

- O que vamos assistir? - Nanami senta ao meu lado.

- Não sei, vamos ver o que estiver em alta na Netflix. O que estiver em primeiro lugar nós botamos, pode ser?

- Claro! - ele me entrega o controle.

Ponho no primeiro filme que aparece, parece que se trata de um romance mas mesmo assim o ponho lara assistirmos. Me aproximo mais de Nanami e ponho o pote de pipoca no meu colo.

Esse filme de romance é bem específico na hora do amos. Em poucos minutos de filme já tinham cenas duvidosas.

Convenhamos que os melhores romances são esses né?

- Acho que perdemos alguma coisa - digo - Deve ser continuação. Que tal vermos Barbie?

- Tenho cara de quem ver Barbie? - ignoro a pergunta e ponho Barbie e o castelo de diamantes - Ok, sem direito de escolhas.

Deito minha cabeça no ombro dele e fico assistindo. Meu corpo entra em colapso quando sinto a mão do loiro fazer carinho no meu cabelo. Eu gosto disso.

Desço um pouco a cabeça agora deitando no peito de Nanami. Tenho certeza que ele não tá nem prestando atenção no filme, mas pelo menos tá aqui.

Depois do filme da Barbie eu botei outro aleatório, mas nem prestei atenção, fiquei contornando os músculos dele com a ponta do dedo. No peitoral dele tem umas tatuagens, não são grande coisa mas deixa ele ainda mais sexy. E também tem algumas cicatrizes.

- Elas possuem algum significado? - ergo um pouco o rosto para encará-lo - Ou são aleatórias?

- São aleatórias.

- E essas cicatrizes? São por conta do seu trabalho?

- Não, tenho elas a mais tempo do que tenho a organização.

- Hunm... - passo meu dedo por uma das cicatrizes - Você não vai me contar como conseguiu elas, né?

- Prefiro não falar sobre.

- Tudo bem. Você já quer ir dormir? Já passa da meia noite.

- Não, tô bem aqui - ele usa a mão pra levantar a minha blusa e tocar a minha barriga - Era minúscula, agora tá crescendo muito rápido.

- Sim, minhas roupas nem estão cabendo mais, apenas os vestidos. Preciso ir comprar algumas roupas.

- Meu psicológico ainda não está pronto pra ter um bebê aqui com a gente.

- Tô ansiosa pra ver você com ela - ponho minha mão sobre a dele - Certeza que ela vai acabar com essa sua postura.

- Você tá mais ansiosa com a possibilidade da Naty me causar um infarto, do que pra conhecer sua filha.

- Eu sei, sou um tipo de monstro. Mas é inevitável, você é todo fechado mas eu tenho certeza que vai ficar babando nela.

Nós dois nos encaramos. Nanami tem alguma coisa, sei lá eu não consigo resistir, por mais errado e burro que seja eu gosto de ficar com ele.

Kento segura o meu rosto e me puxa para um beijo, ele ainda não tem aquela calma, mas pelo menos não tá sugando a minha alma.

Ele me puxa pra sentar no colo dele enquanto segura meu rosto e me beija, passos meus braços por cima do ombro dele e deixo que aprofunde o beijo.

Quando a falta de ar chega ele interrompe o beijo e fica me olhando de uma forma diferente.

- Você tem um olhar bonito - ele diz com os olhos fixos aos meus.

- Hunm, acho bem normal.

- Não são, eu não acho.

Me inclino beijando ele, Nanami segura a minha cintura e me deixa comandar o beijo.

Meus amigos vão me julgar muito. Mas em menos de 20 minutos de beijo acabei nua montada no Nanami.

Eu juro, é mais forte que eu.

Eu detesto ele, mas ao mesmo tempo ele me atrai de uma forma absurda, nem consigo descrever.

[...]

Foram os meus seguranças que me trouxeram para a faculdade hoje. A Alice cismou que eu estou escondendo algo dela. Johan tá aéreo o dia todo e a Hanna não sai do celular com a cara fechada.

- O seu pai já aceitou de vez a Naty? - Ali pergunta enquanto devora um sanduíche.

- O problema dele é o Nanami, o meu pai odeia o Kento. Eu não sei mais o que fazer.

- Acho que você tem que aceitar que eles nunca vão se dar bem.

- Deixa eu me iludir, Ali. Queria que pelo menos não se farpassem toda vez que se veem

- Ué, não seixa eles se verem - ela diz como se fosse óbvio.

- Obrigada, eu não tinha pensado nisso.

- De nada - ela pisca pra mim - Como você vai comemorar seu aniversário esse ano? Não podemos encher a cara e acordar em outra cidade.

- Não sei, mas ainda temos tempo pra programar.

- Podíamos ir pra boate - Hanna diz - Yuri não pode beber mas pode dançar, e ainda tem acesso ao camarote.

- Quem sabe - dou de ombros - Vou pensar nisso - olho pro Johan - Tudo bem?

- Problemas em casa, mas nada que você precise se preocupar - ele me dá um sorriso.

- Sabe que pode contar comigo para o que precisar né?

- Sei Yu. Você também pode contar comigo para o que precisar.

A amizade do Johan é muito importante pra mim, eu amo demais esse garoto. E não posso deixar o Nanami tentar tirar isso de mim.

- O que você tanto faz nesse celular? - Maria Alice pergunta para a Hanna.

- Nada demais.

- Hunm...

- Que "hunm" foi esse Alice? Eu ein, tenho que contar tudo pra você?

- Será que em algum dia vocês vão se dar bem? - pergunto.

- Não! - as duas respondem ao mesmo tempo.

Olho pro Johan que dá de ombros. Ele não dá a mínima, na verdade se diverte com esse drama delas.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora