Yuri
Kento está extremamente confiante na ideia da nossa filha ser criada aqui. Óbvio que ela vai passar um tempo aqui, afinal é a casa do pai, mas eu não vou morar aqui.
- Esse quarto é bom, você não acha? - encaro Nanami e depois o quarto - É grande o suficiente.
- Por que isso agora?
- Você mencionou que queria começar a arrumar o quarto dela...
- Exato, na minha casa.
- Essa é sua cada agora, ponha isso na sua cabeça.
- Eu não concordei com isso.
- Yuri - ele põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha - Acho que você ainda não entendeu a situação. Vocês duas não vão morar em outro lugar, não adianta fazer birra.
- Eu ficaria extremamente feliz se você parasse de tentar me dar ordens.
- Eu seria extremamente feliz se você me obedessesse, amor.
- Odeio esse seu deboche - ele sorri - E esse seu sorriso arrogante.
- Lembro de você elogiar o meu sorriso naquela noite.
- Ué? Tá se perdendo no personagem, você nem lembrava de mim.
- A convivência me fez lembrar.
- Sei...
- Acha que eu tô mentindo?
- Acho que tá falando isso só pra limpar sua barra.
- Você estava com um vestido preto, aquela porra soltava muito brilho, ficou no meu sofá por semanas. Aquele salto de tiras fica perfeito em você, deixa suas pernas incríveis, e você manchou a minha blusa de batom vermelho - ok, ele lembra - Foi rápido e bruto, mas foi bom e intenso. A pequena Kento é a prova disso.
- Ok, você já provou seu ponto, você lembra daquilo.
- Não fale com tanto desprezo. Naquela noite fizemos nossa filha.
- Naquela noite eu engravidei de um maluco obsessivo.
- Não sou obsessivo. Cuidado, uma hora vou ficar ofendido.
- Ainda não ficou? Vou me esforçar mais. Prometo.
[...]
Acordei muito cedo com uma ânsia horrível. Acabei tomando um longo banho de banheira pra tentar relaxar. Peguei umas uvas e saí pra parte de trás da casa.
Meus olhos vão direto para a piscina. Quem em sã consciência entra numa piscina às 7 da manhã?
Ah! É o Nanami, ele não é certo das ideias.
- Gostando da vista? - ele pergunta pondo os braços na borda da piscina e apoiando a cabeça.
- Não - ele sai da piscina e as gotas de água correm em seu abdômen sarado.
Tão gato, mas tão sem noção.
- Tá olhando demais pra quem não está gostando da vista - ele para na minha frente.
- Distância - aviso - Já tô pronta pra faculdade.
- Você faz isso pra quê? Você já não é podre de rica?
- Eu não sou rica, meu pai é.
- E sua herança?
- Tá sabendo demais pro meu gosto. Eu não posso pegar a herança antes dos vinte e um. Então só vou ter acesso à ela no ano que vem.
- Ah...
- Não gostei do seu "ah"...
- Foi só um "ah" sua maluca. Você se estressa muito fácil, precisa relaxar.
- É só você largar do meu pé que eu relaxo.
- Posso te ajudar a relaxar - o indicador dele toca meu queixo.
- Ah, sai fora seu retardado - ele ri e sacode o cabelo - Virou cachorro?
- Vou tomar um banho e já te levo pra faculdade.
- Você? E o LK? - o loiro me ignora e entra na casa.
Sento em uma das espreguiçadeiras e começo a comer minhas uvas.
30 minutos depois Nanami aparece arrumado e cheiroso.
- Vamos? - concordo e sigo ele até o carro.
- Lk não vai conosco? - ele abre a porta do carro pra mim.
- Ele vai nos seguir com o seu carro - concordo - Você vai atuar na área da administração? - ele liga o carro.
- Não sei.
- Não sabe? Então por que tá cursando?
- Meu pai não acha uma boa ideia não ter um diploma.
- Ele não acha uma boa ideia ter um filho... Ele fala muita besteira.
- Não vai me fazer mal ter um diploma.
- Vai te fazer mal ir pra uma faculdade, se pôr em risco por um curso que nem quer.
- Não tenho culpa de você ser um bandido. Não vou deixar nada de lado pôr sua causa.
- Seria sensato se você ir da faculdade direto pra casa.
Olha só, além de traficante é piadista.
- Seria sensato você ir tomar no cu.
- Sua sorte é que está grávida.
- Por que? Além de traficante bate em mulheres?
- Não. Não te bateria, atiraria direto na sua cara.
- Vou contar isso pra sua filha quando ela nascer. Contar que o papai ameaçou matar a mamãe.
- Fica quieta Yuri, o Luke vai te levar pra casa depois da faculdade.
- Não, eu vou sair com o Johan. Ele vai me apresentar um advogado.
- Por que você precisa de um advogado?
- O Johan acha que consigo pegar a herança antes por conta da gravidez.
- Você não precisa disso, eu tenho dinheiro. Posso te dar um cartão - dou risada.
- Não, não quero depender de você, não vou te dar munição pra me chamar de interesseira.
- Yuri, não compkica. Você quer comprar coisas pra minha filha, eu sou o pai e quero pagar.
- Eu sou a mãe e não quero ter que escutar coisas desnecessárias mais uma vez.
- Acho que deveríamos começar de novo. Passar uma borracha no passado.
- Não dá. Você é um idiota e ainda por cima é um criminoso. Nem a maior borracha do mundo vai poder apagar isso.
- Temos que ter uma boa convivência por causa da nossa filha.
- Vamos trabalhar nisso, mas sem apagar o passado. E nós precisamos sentar e discutir o nome da bebê.
- Precisa ter o meu sobrenome, disso eu não abro mão.
- Tudo bem - isso pra mim não é um problema. É costume no Japão a criança ter o sobrenome do pai, e eu prefiro "Kento" ao invés de "Yoshida", acho mais bonito.
- Podemos falar sobre isso no jantar?
- Claro.
- Ótimo. Se precisa de um advogado eu te arrumo um.
- Valeu mas eu prefiro o do Johan, sem ressentimentos.
- O ex obcecado por você parece muito confiável.
- Ele nunca matou alguém...
- Eu já! Ele que se cuide.
- Se liga Nanami. Existem limites que se você cruzar vou fazer com que se arrependa.
[...]
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Meu chefe Nanami
Fanfiction"Era só pra ser uma uma festa numa boate mas depois de umas doses Yuri acabou transando com seu chefe o que resultou numa gravidez inesperada. Nanami descobre e decidiu que não só o bebê que pertence a ele, Yuri também é dele e ai de quem ousar dize...