Meu chefe Nanami

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Yuri

Retoco o batom em frente ao espelho, verifico se meu vestido está bem e desço pro primeiro andar. Tô animada pra ir na pizzaria com o Johan.

- Vamos Lk? - já nem tento mais discutir com ele, não sou tão ridícula. Minha filha em primeiro lugar, é óbvio que eu acredito no risco que ela está correndo.

- Temos um problema no portão.

- Que problema? - pergunto arrumando a bolsa no meu ombro.

- Estragou, não dá pra abrir - encaro o meu segurança.

- Não abre? - ele concorda - Logo agora que eu vou sair ele não abre?

- É...

- Eu posso pular.

- Você está grávida! E o portão tem mais de dois metros.

- O Nanami está em casa?

- Sim.

- Ah! E ele chegou antes do portão estragar? Que sorte né?

- É...

- Aquele cara de pau! - respiro fundo e volto para o segundo andar.

Nem bato na porta, já vou logo entrando no quarto dele.

- O que é isso? - ele tá em pé perto da sacada - Educação? - ele me cobrando educação?

- O portão quebrou Nanami?

- É uma pena né? - me aproximo dele.

- Eu sei que é mentira. Não acredito que o portão tenha quebrado bem na noite em que eu ia sair com o Johan. Você fez isso! - aponto meu dedo no peito dele - Você é um possessivo de merda.

- O portão quebrou, só isso.

- Acha que se eu quisesse transar com o Johan você conseguiria me impedir? - ele arruma a postura - Sabe quantas salas tem naquela faculdade? Tem os banheiros, nossos carros, o que não falta é lugar.

- Cala a boca!

- Não me manda calar a boca seu doido. Abre o portão Kento.

- Quebrou Yuri. Já chamaram alguém pra consertar, não posso fazer mais nada.

- Pode parar de fazer essas merdas - digo frustrada - Para de tentar me controlar.

- O portão que quebrou sozinho, eu não tenho nada haver com isso.

- Claro. Você não tem nada haver com isso.

- Vai puxar briga comigo por causa daquele imbecil?

- O Johan nunca fez nada pra você. Esse seu ódio gratuito é ridículo.

- Ele quer você!

- E o que tem de mais nisso? Talvez eu queira ele também, temos uma história.

- Nós temos uma bebê...

- Eu já amo a minha bebê, mas tem uma diferença entre você ter uma história de anos com alguém e engravidar de um estranho.

- Você não me testa Yuri.

- Ou você vai fazer o quê?

- Prefiro você bêbada, é mais divertida - reviro os olhos.

- Prefiro quando você não usa essa sua boca pra falar merda.

Nós ficamos nos encarando até que sinto o dedo dele pôr meu cabelo atrás da minha orelha. O dedo dele desliza pelo meu pescoço indo na direção do decote do meu vestido.

Eu queria ser a golpista, mas sou sempre à que leva o golpe.

Ele se inclina e beija o meu maxilar.

- Esse tipo de coisa a minha boca pode fazer? - a voz deke sai extremamente rouca.

Outro beijo é depositado em mim, dessa vez perto da minha orelha.

A mão do loiro segura a lateral do meu pescoço e ele volta a me encarar. Meus lábios ficaram super secos, passo a língua umedecendo e Nanami acompanha o movimento com o olhar.

- Passou esse batom vermelho pra comer pizza? - o polegar dele desliza pelo meu lábio - Que desperdício.

Meu corpo entra em pânico quando ele desliza a língua pelo meu lábio.

O que pode acontecer de mais? Eu já tô grávida mesmo!

Nanami me beija. É selvagem, é bruto e intenso. Ele mantém a mão no meu pescoço me enforcando de leve. A outra mão para na minha cintura e aproxima mais os nossos corpos.

A mão que está na minha cintura desce pela lateral do meu corpo e encontra a barra do meu vestido. Minha pele entra em chamas quando ele põe a mão embaixo do tecido e aperta a minha coxa.

A falta de ar chega e o beijo tem que ser interrompido, encaro os olhos do loiro, o mesmo olhar de maldade do nosso primeiro encontro. Eu gosto desse olhar!

Ele chupa a pele do meu maxilar me tirando um gemido.

Ele se afasta sentando na ponta da cama.

- Vem - ele me chama. Meu corpo simplesmente obedece, o tesão pode te humilhar de uma forma assustadora.

Me sento no colo dele e ele volta a me beijar. Meus dedos vão direto pra blusa social dele abrindo os botões. Abro um por um e retiro a blusa camisa do corpo dele.

Meus dedos deslizam pelos músculos dele, Nanami é tão atraente. A mão dele vai para as minhas costas e abre o zíper do meu vestido.

Beijo o pescoço dele enquanto ele desliza as alças do meu vestido pelo meu ombro.

- Senhor Kento? - batidas na porta ecoam pelo quarto - O jantar já está na mesa. Não encontrei a grávida.

"A grávida"... Ela não sabe meu nome?

Me levanto do colo de Nanami e ajeito o meu vestido.

- Já estou indo Eva - ele começa a fechar os botões da camisa - E deixa que eu encontro a Yuri, pode voltar pra cozinha.

- Sim senhor.

- Você pode fechar? - viro de costas pra ele - O zíper.

Nanami fica de pé e fecha pra mim.

Assim que ele fecha o zíper saio do quarto e desço indo direto pra sala de jantar.

Que merda ein Yuri, você já foi melhorzinha.

Assim que me sento Eva me olha de cara feia.

- O seu batom está um pouco borrado - Olho meu reflexo no celular, não é muita coisa mas realmente está borrado. Limpo com um guardanapo.

- Obrigada Eva.

- Amham... - acho que essa mulher não gosta muito de mim.

Nanami logo entra na sala de jantar e se senta, ele não olha lra mim nenhuma vez durante o jantar.

Amanhã eu saio pra faculdade e só volto de noite. Quero ver o portão estragar, vou sair com o Johan e ponto final.