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Yuri

Finalmente em casa. Eu estava em um bom hospital cercada por vários bons médicos, mas nada vai ser melhor que poder deitar na cama que eu já sou acostumada.

Nanami abre a porta do quarto e me ajuda a sair.

- De volta ao lar - ele sussurra sorridente.

- Nunca pensei que fosse sentir tanta falta da sua casa.

- Nossa casa! - ele corrige.

Ok. Isso de "nossa casa" abalou minhas estruturas de um jeito absurdo.

O loiro segura a minha mão enquanto entramos na mansão. Que saudades desse lugar, senti falta de tudo... Bom, nem tudo, da Eva eu não senti nenhum pouco.

- Temos dois quartos no primeiro andar, se você se sentir mais confortável... - nego.

- Prefiro ficar lá em cima, no mesmo quarto.

- Certo - ele começa a subir as escadas comigo - Mas me prometa que não vai subir nem descer as escadas sozinha.

- Sim. Falando nisso, eu preciso falar com o Lk sobre o convite pra ser padrinho.

- Amanhã você resolve isso - concordo e entro no quarto.

- Que saudades desse lugar - sento na cama.

Nanami se abaixa na minha frente e começa a tirar os meus sapatos.

- Não faz esforço. O que precisar pede pro Luke ou pra Eva. Promete.

- Prometo... Tudo o que eu quero é um banho na sua banheira enorme.

- Certo. Fica aqui que eu vou por pra encher - ele se afasta indo pro banheiro.

Ainda não me acostumei com a versão cuidadosa do Nanami. Isso é estranho.

Mas não é uma reclamação. Eu amo essa versão dele.

Depois de alguns minutos ele volta e me guia ao banheiro. Tiro o vestido e entro na água quentinha.

- Entra aqui comigo - chamo.

Sem nem pestanejar ele retira a roupa sentando atrás de mim.

- Preparado pra ter um bebê daqui a quatro semanas? - a mão dele desliza pela minha barriga.

- Preparado não é bem a palavra certa. Ser pai de uma menina... De uma mini Yuri. Não sei se estou preparado pra dor de cabeça que ela vai causar.

Eu fico em dúvida se acho graça na preocupação dele ou se fico preocupada também. Afinal, o Nanami e eu não somos bons exemplos.

- Quantos outros inimigos você tem? - pergunto.

- Hunm?

- Quero saber se ainda existe a possibilidade de eu ser sequestrada ou algo acontecer com a nossa filha.

- Los Angeles é nossa. James era o único concorrente de verdade. Vocês vão ficar em segurança - ele beija meu ombro.

- Tem certeza?

- Dominamos todo o esquema do James. Não existe mais a organização Cooper. Só existe apenas uma organização no controle da cidade agora, a nossa!

- "Nossa"?

- O que é meu, é seu.

- Não sei se quero fazer parte de uma organização criminosa.

- Que pena, você já faz.

Ótimo. Ainda bem que eu tive a oportunidade de escolher ou não fazer parte.

Ficamos na banheira por um bom tempo, até que ela começou a ficar fria.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora