Meu chefe Nanami

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Yuri

A última semana foi tão boa que foi até difícil de acreditar.

Minha bebê está cada vez mais ativa, óbvio que só pra mim e pro pai dela.

Minha relação com o Kento está ótima, não brigamos nenhuma vez, teve as nossas alfinetadas de sempre mas nada que levou a uma discussão de verdade.

Essa situação de "eu ser dele" tá me incomodando um pouco. A gente acabou transando de novo, umas duas vezes, ele me levou na faculdade dois dias da semana e me buscou em três deles.

Mas me irrita um pouco "eu ser dele" só porque ele quer e ele ser de todas só porque quer.

Me chamem de maluca se quiser mas eu acho excitante esse negócio de "você é minha" e "você é meu". Mas só quando as duas pessoas estão de acordo.

Fico puta com o fato dele controlar a minha vida sexual e querer mandar nela. Tudo isso enquanto ele fode diversas garotas por aí.

"Ah, mas ele dorme com você todas as noites"

Ah alguns meses atrás peguei uma prostituta chupando ele na hora do almoço.

Hoje é sábado, passei o dia todo com as meninas, Emma, Alice e Hanna. Elaa vieram pra boate encher a cara, eu não posso beber e o som alto tá me dando dor de cabeça.

Pensei em subir e pedir pra ficar no escritório com o Nanami, mas tenho medo do que vou encontrar por lá. Como eu disse, sou o lado mais fraco do cabo de guerra, não precisa de muito pra me chatear.

As meninas estão se divertindo muito, Emma e Alice criaram uma amizade muito rápido, não me surpreende muito, são duas doidas.

Mas a atração da noite é a Hanna, ela tá com um tomara que caia preto de brilho e um salto de tiras. Tá uma gostosa.

Ela é muito gata, o corpo dela é incrível. Ela tem um quadril largo, peitos bem avantajados, coxas grossas, um bumbum enorme, uma cinturinha de boneca e o corpo inteiro sem nenhuma mancha.

As vezes eu fico me perguntando por que não sou tão gata quanto ela.

Ela tá tão gata. Não tem um macho que não quebre o pescoço quando ela passa.

Ela caprichou pra vir pra boate.

- Quer outro? - o barman chama a minha atenção - Posso fazer outro drink sem álcool.

- Quero sim, obrigada Tyler - em poucos minutos tem outro drink de frutas vermelhas na minha frente.

- De quantos meses você tá mesmo?

- Seis meses e uma semana.

- Deve ser tão louco ter um bebê crescendo dentro de você.

- É sim. É assustador e incrível ao mesmo tempo.

Passei um tempo conversando com o Tyler. Depois disse pro Luke que queria ir embora. Deixei uma mensagem pra Alice avisando que ia pra casa pra ela não se preocupar.

Quando cheguei em casa já passavam das duas da manhã. Tomei um banho e deitei, não consegui dormi por conta da cólica, essa madrugada ela veio com tudo. Então saio do quarto e vou pra sala de cinema assistir.

Eram 5 da manhã quando a porta da sala é aberta com tudo. Tomei um susto de leve mas era só o Nanami, ele respirou fundo por alguns segundos antes de sair fechando a porta da sala.

Kento é muito estranho.

[...]

Eu tenho certeza que esse ser cospe na minha comida.

- Mais alguma coisa? - ela fala com um tom de deboche me encarando.

- Não - ela concorda e sai da sala de jantar.

- Você não mencionou que ia na boate - Nanami murmura.

- Ué? Os meninos me seguem o tempo todo, você sempre sabe onde eu tô.

- Preferia ter ouvido de você. Você nem foi lá em cima, nem dar um "oi" nem dar um "tchau".

- Queria que eu tivesse ido no seu escritório?

- Sim. Por que não foi?

- Não queria ver você ganhando uma oral. Ou até coisa pior.

Nanami larga a xícara de café se encosta na cadeira e me encara.

- Não foi me ver porque achou que tinha mulher na minha sala?

- É - não tem pra quê mentir - Seria bem constrangedor.

- Só por isso? Ou tem algo além do constrangimento? - ele sorri.

- Além? Se você está sugerindo o que eu estou pensando pode ir parando.

Não tenho ciúmes. Não com ele.

- Claro - ele continua com o sorrisinho arrogante.

- Para com isso.

- Parar com o quê, amor?

- Para com esse seu sorriso ridículo e para de me chamar de amor com esse seu tom de deboche?

- "Tom de deboche"? Que deboche? Estou falando normalmente. E tudo bem sentir ciúmes, é natural.

- Não tenho ciúmes de você, não se dê tanta importância. Não estava com ciúmes do que você estava fazendo com ela, só ia ser constrangedor.

- "Fazendo com ela"? Não tinha ninguém lá, Yuri. Você devia ter subido, eu só estava trabalhando.

- Claro, até as cinco da manhã - ele sorri mais ainda.

- Estava adiantando o trabalho pra deixar o dia livre pra ficar com você. Pra comprarmos as roupinhas.

Ah....

- Quer vitamina? - mudo de assunto - Tá uma delicia.

- Não. Você parece cansada.

- Não consegui dormir.

- Por causa da boate? - nego.

- Cólica, me incomodou um bocado essa madrugada.

- Por que não me disse que não estava bem?

- Não era nada demais, não senti a necessidade de contar.

- Hunm... Gostaria de ser informado se acontecer de novo.

- Tudo bem. Vou te visitar se sentir cólica, mesmo você sabendo que não pode fazer nada a respeito.

Ele volta a tomar café.

- Quer fazer algo hoje? - nego.

- Só quero ficar em casa, tô me sentindo cansada.

- Claro!