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Yuri

Assim que acordei fui tomar um banho, tem que ser coisa rápida porque não posso ficar muito tempo de pé.

Disse pro Nanami que se eu precisasse iria chamar por ele, mas ele insistiu em ficar sentado na privada pra ter certeza que eu não ia cair.

Não  foi um problema pra mim, ele já me viu nua antes. Já até tomou banho comigo antes.

Depois do banho tomei café, consegui comer algumas frutas e tomar um pouco de vitamina sem por pra fora. Não vejo a hora de sair do soro.

Meu pai não demorou pra chegar, já veio logo com mil e uma perguntas. È meu pai, eu tô no hospital, é óbvio que ele vai questionar tudo o que puder.

- Eu vou ficar bem pai... Nós duas vamos ficar bem.

- Você não acha melhor voltar pra casa? Podemos chamar alguém pra cuidar de você - encaro o Nanami que tá na poltrona do quarto com cara de bunda.

- Não vai ser necessário. Vou voltar pra casa com o Nanami e a Alice vai ser a minha enfermeira particular durante o dia e o pai da bebê durante a noite.

- Talvez você precise de um profissional.

- Pai, garanto que vou ser tratada melhor se quem cuidar de mim realmente se importar com o meu bem estar.

- Isso é tão estranho. Você estava bem e do nada vem parar numa cama de um hospital...

- Pai...

- No mínimo suspeito. Você naquela casa estranha, com pessoas estranhas...

- Ei - Nanami resmunga da poltrona - Daqui onde eu estou, parece que você tá insinuando que fui eu. Não gostei disso, melhor você parar...

- Pelo amor de Deus, pai. O Kento não fez nada pra me machucar, não chegou nem perto disso. Implicar com ele é uma coisa, agora acusar ele disso já é demais. Por favor, tenha um pouco mais de maturidade.

Meu pai ignora o que eu disse e volta a conversar comigo como se não tivesse acabdo de acusar o pai da minha bebê de me bater.

- Eu adoraria ficar mais - não adoraria não. Ele odeio hospitais e odeia o Nanami - Mas tenho que trabalhar - ele beija a minha testa - Se cuida, você é a prioridade aqui.

- Nataly é a prioridade - olho pro loiro buscando apoio dele.

- Não. Não me faz escolher entre vocês que não vai rolar. Da pra ter duas prioridades aqui.

Ajudou muito.

[...]

Na hora do almoço eu sentei na pequena mesa que tem no quarto pra almoçar. A médica me liberou pra fazer pequenas coisas fora da cama.

Nanami é fresco então pediu comida de um restaurante que ele gosta. Se recusa a comer a comida do hospital.

- Foi mal pelo meu pai.

- Acho que no fundo não dá pra culpar ele - Nanami dá de ombros - A filha dele foi embora morar com um cara que ele não conhece e do nada se machuca? Se fosse eu iria endoidar.

- Você tem razão - pego um pedacinho de brócolis e levo até a boca.

- Você disse que precisávamos conversar.

- Agora? Você não precisa ir trabalhar?

- Na verdade não. Tenho a tarde toda pra lhe escutar, amor.

Ah...

- Eu disse que ia cobrar.

Certo. Você já é adulta Yuri, tem que ser madura pra ter essas conversas sérias.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora