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Yuri

Nanami me pra faculdade e disse qque vem me buscar de meio dia. Tô animada pro dia de hoje.

- Quer almoçar? Podemos comer no shopping e depois fazer fazer compras - Hanna sorri animada.

- Não dá, Hanna. Vou almoçar com o Nanami - aponto pra BMW.

- Ele tem vindo com mais frequência, né?

- Sim, estamos nos aproximando, vamos comprar roupas pra Naty.

- Só toma cuidado, o que vem fácil vai fácil!

- O que você quer dizer com isso?

- Ele ficou legal com você do nada, provavelmente vai voltar a ser um babaca do nada - ela pisca pra mim - Até amanhã, gata - observo ela se afastar.

Vou até o carro de Nanami. Abro a porta traseira ponho a bolsa e vou para o banco do passageiro.

- Oi - dou um sorriso e quase cometo a burrice de dar um selinho nele.

- Oi - ele segura meu maxilar e comete a burrice por mim - Onde quer comer? - ele liga o carro.

- Tanto faz!

- Algum problema? - ele vira o rosto na minha direção.

- Não.

- Hunm... - ele dá a volta com o carro - É por causa de sábado? Você não subiu porque não quis.

- Tá tudo bem, Nanami. Não estou irritada por sábado, nem tenho o direito de está.

- Sei...

Kento dirigiu até um restaurante famoso e nós almoçamos um carbonara incrível, agora estamos comprando roupinhas.

- O que acha desse? - ergo um vestidinho amarelo claro.

- É bonito - ele pega um body azul bebê - Gosta desse?

Estamos levando poucas peças coloridas. O enxoval em geral vai ser neutro, a maioria é de cor marrom branco e cinza.

Os vestidinhos e frufrua vou comprar com a Maria Alice, tô animada pra isso.

- Olha esse sapatinho! - pego o mini tênis.

- Isso é minúsculo, amor!

- Kento! A Naty vai ser bem pequenininha no começo - ele pega o sapatinho.

- Ok, você conseguiu me deixar mais preocupado ainda - isso me tira um sorriso e viro pro loiro - Não sei ser delicado.

- Você vai saber lidar com ela - pego a mão dele e ponho na minha barriga - Tenho certeza disso.

Nanami fica me encarando enquanto faz carinho na minha barriga com o polegar. As vezes ele me olha de um jeito que faz com que eu me esqueça de qualquer tipo de antipatia que sinto por ele.

- Acho que já pegamos o suficiente - digo.

- Tem certeza?

- Sim. Bebês crescem rápido, vamos comprar mais durante o crescimento dela.

- Certo! - ele põe o sapatinho no nosso carrinho.

- Os produtos de higiene prefiro comprar lá pro final do sétimo mês.

- Tudo bem. Podemos ir? - concordo.

[...]

Nanami me trouxe pra casa. Eva ficou responsável por lavar as roupinhas da Naty. Quando estiver limpa ela trás para o quarto para eu passar.

Agora já estou deitada na cama... Na cama do Nanami. Estamos em silêncio enquanto ele desliza a mão pela minha barriga.

E então o choque de realidade me pega. É a Nataly, tudo isso é pela Nataly. A aproximação dele só aconteceu por causa da nossa filha.

Essa atração entre a gente realmente existiu em algum ponto ou é só uma forçação de barra?

- O que foi? - Nanami chama a minha atenção - Seu corpo ficou tenso de repente.

- Não é nada demais - deito de lado.

- Por que parece que você acabou de ficar irritada comigo?

- Não.

- Vira pra mim... Vira pra mim - bufo e viro deitando de frente pra ele.

- Eu quero dormir, estou cansada.

- Eu tô tentando ser legal. Tô tentando ser um pessoa melhor, mas esse tipo de atitude infantil me irrita. Em algum momento vou explodir e ser grosso. Daí você vai querer me fazer de vilão.

- É que minha ansiedade tá me dominando. Isso tá bom mas uma hora vai acabar. Não consigo evitar.

- "Isso tá bom"? Defina o "isso"!

- Essa situação entre a gente.

- Isso não vai acabar, Yuri. Você não vai se livrar de mim.

- Isso eu sei. Não acho que vou me livrar de você, acho que vou me livrar do Nanami legal.

- O que?

- Você ama a Nataly, e ela já é muito importante pra você. Só que você não conhece ela, então você não sabe bem onde direcionar esse afeto. Acho que talvez você esteja projetando um pouco desse afeto em mim...

- Hunm...

- Quando a Naty nascer você vai saber onde projetar o seu afeto e isso entre nós vai desandar!

- Eu sou muito bom em separar as coisas. Como você disse a Nataly é muito importante pra mim. E não, não estou projetando nada em você. Sei diferenciar muito bem vocês duas. O que eu fiz com você foi por vontade própria, te garanto que não estou confundindo nada.

Viro de volta na cama. Naty estaria me xingando se soubesse.

- Sei separar o que sinto por cada uma de vocês.

Sinto o corpo dele de encaixar no meu e a mão dele tocar na minha barriga. Odeio a forma positiva que meu corpo reage a ele.

- Boa noite, Nanami!

- Boa noite, amor!

Ansiosa pra ele parar com esse deboche.

Fico deslizando meu dedo por cima da mão dele até senti a respiração dele ficar calma contra o meu pescoço.

É tão burro da minha parte deixar me envolver tanto. Mas eu não consigo parar...

Agora é só esperar pelo momento em que eu vou quebrar a cara.

Não demora muito pra eu pegar no sono.

Meu chefe NanamiOnde histórias criam vida. Descubra agora