CAPÍTULO 19

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Boa noite. Gostaria de agradecer o pessoal da TAG que comentaram bastante e inclusive perguntaram de atualização (vocês não cansam não?). Enfim, cansados ou não, novo capítulo na área.

COMENTEM MUITO E CONTINUEM USANDO A TAG #TEMP2GWTTW

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CAROL GATTAZ ON

Sabe aquela sensação de paralisia do sono? Como se sua alma saísse do corpo e simplesmente te deixasse estático, sem conseguir tirar os pés do chão? Era essa minha sensação. Eu não imaginava encontrar ela tão rapidamente e não imaginava que ela estava envolvida com outra pessoa. E mesmo que eu pudesse pensar nessa possibilidade, minha mente odiava o fato de imaginar que ela estava nos braços de outra pessoa. Aquela troca de carinho e beijos foi me embrulhando o estômago de uma tal forma que nem eu entendia como.

Bosetti: Carol -me chamou- eu pedi uma bateria de exames com a Júlia agora e imaginei que você fosse querer acompanhar. -desviei o meu olhar para a Bosetti- você tá me escutando?

Gattaz: perdão -sacudi a cabeça- Exames -respirei fundo- ok, vamos fazer os exames -coloquei a mão no ombro da Bosetti sem se quer olhar pra trás-

Bosetti: ela ainda está dormindo, creio que poderemos fazer as coletas de sangue os exames de toque com ela ainda dormindo. Agora, o mielograma que você solicitou no sistema pra descartar outra doença vai ter que fazer com ela acordada. -respirei fundo- e você sabe bem como é o mielograma.

Gattaz: Aí Deus, vamos lá. -falei seguindo pro andar da cardiologia novamente-

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Quando Caroline a anos atrás decidiu ser Cirurgiã Cardiologista era por dois motivos: Um, ela gostava muito de corações e toda a sensação de senti-lo pulsar em seus dedos. Dois, a chance de uma criança aparecer com um problema no coração e precisar de uma cirurgia era de todas as especialidades, a mais baixa. Caroline tinha pavor de pensar em lidar e operar crianças. Não porque ela não gostava, mas, porque ela achava que eles eram frágeis e pequenos demais pra enfrentar coisas que nem mesmo um adulto aguentaria.
Ela odiava essa sensação de ter que fazer alguém sofrer pra depois buscar a melhora. E quando essa sensação vinha de uma criança era extremamente doloroso pra ela, tanto que ela evitava muito quando se tratava de crianças, pedir alguns exames específicos. No caso de Júlia, não tinha muitas soluções. Era um caso complexo que iria requerer o máximo de caminhos possíveis.
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Estava no balcão atualizando o prontuário de Júlia com os novos medicamentos que começariamos a introduzir e deixei que a equipe de exames e Bosetti acompanhasse os novos exames de Júlia. Eu odiava ver coleta de material para Mielograma, para mim era um dos piores exames que poderia existir na face da terra. E se eu pudesse criar algo que evitasse crianças sentirem essa dor insuportável, com toda certeza eu faria. Eu estava concentrada nas minhas tarefas quando de repente ouvi um grito ensurdecedor de Júlia, automaticamente eu me assustei. Ela gritava com força, e junto com o grito eu ouvia seu choro. Deixei o tablet em cima do balcão e fui correndo pra porta do quarto da menina.

Júlia: NÃO -se debatia e gritava- NÃO, ME SOLTA, EU NÃO QUERO, NÃO -gritava e chorava ao mesmo tempo-

Bosetti: Júlia a gente precisa... -ela continuava gritando-

Júlia: TÁ MACHUCANDO -se debatia e acertou um tapa forte na enfermeira- NÃO, NÃO. -eu olhava assustada-

Gattaz: soltem ela -falei calma e não me escutaram- SOLTEM ELA AGORA. -fui mais rude e fui pro lado da menina-

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora