Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA

CAPÍTULO 17

Será se a tortura tá acabando? A galerinha que vi que tá acumulando capítulo porque não quer sofrer, já pode começar a voltar faça o favor.
Dedico esse capítulo a todo o pessoal da TAG quanto a galera dos comentários aqui. Obrigada por tanto, vocês comentam tanto que eu fico com vontade de voltar rápido pra ver vocês falarem mais! Volto a repetir, TEM SPOILER DO FUTURO desde o capítulo passado e NINGUÉM acertou.

BEIJOS COMENTEM MUITO, AMO VOCÊS, até a próxima.

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ROSAMARIA MONTIBELLER ON

Quando você sonha em se tornar um médico, você imagina os mais diversos cenários, possíveis. Você conhece a diversidade de pessoas e a adversidade de problemas que essas pessoas são capazes de ter. O hospital, no seu caos pleno, te ensina mais do que é possível enxergar a olho nu. Você aprende sobre empatia, entende mais sobre o ser humano e como ele lida com suas próprias frustrações. Você compreende as vontades de Deus, aprende a ter sempre uma palavra de carinho e ainda mais, aprende que não há limite quando o intuito é salvar uma vida. O fato de ter aprendido com a melhor no ramo me moldou pra ser uma médica que é capaz de enfrentar os desafios, entender as diferenças e saber a hora de me colocar em evidência em determinadas decisões. E hoje era possível perceber que Caroline havia me preparado para ser, não apenas, uma cirurgiã, mas sim, uma cirurgiã cardiologista respeitada e admirada.

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Porém, a única coisa no qual Caroline não havia preparado Rosamaria, era seus sentimentos em lidar com pequenos seres humanos. As crianças da Brait haviam conquistado Rosa com total afinco. Rosa às vezes perdia até mesmo o rumo das suas responsabilidades porque não conseguia se desgrudar das crianças. Mas, havia uma criança em específico que havia conquistado seu coração e era seu caso mais crítico, Julia Kudiess, uma menina doce, loirinha, de olhos claros que muitas vezes lembrava até mesmo a própria Rosamaria.
Júlia foi uma das 3 pacientes que Rosa recebeu na cardiologista, entretanto Julia apresentava um quadro de Miocardite infantil grave, o que dificultava muito a vida da pequena. As outras duas, por mais graves que fossem, foram operadas e mandadas para o CTI para fase de recuperação. O problema era Kudiess, seus exames não mudavam independente das escolhas médicas que eram feitas. Aquilo angustiava Rosamaria que dia após dia se debruçava nos cadernos em busca de respostas nos livros.
Aquilo não estava funcionando, a menina estava cada vez mais sem tempo e Rosamaria cada vez mais apegada ao sorriso bonito da garota.
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Júlia: tia Rosa -falou enquanto Rosamaria trocava o acesso venoso de seu braço- vamos brincar de pergunta e resposta?

Rosamaria: vamos sim -falei finalizando a troca e me sentando na cama com ela-

Julia: qual seu maior sonho? -rosamaria pareceu pensar-

Rosamaria: me tornar uma média de coração muito boa -falei de uma forma que ela entenda- e o seu? Qual seu maior sonho?

Julia: acho que ter uma família! -sorriu- uma família mesmo.

Rosa ficou sentida com aquela frase. A maioria das crianças eram órfãs e queriam muito ser adotadas.

Rosamaria: você gosta de onde você mora? -ela negou-

Julia: eu não tenho amigos, e eu não consigo acompanhar eles, eu sempre fico muito cansada. -falou-

Rosamaria: E como é as coisas lá onde você mora? -Rosamaria tinha um bloqueio em falar orfanato-

Julia: Eu não gosto de lá. -me olhou- Quando me levaram pela primeira vez pra ter uma família eu achei que não voltaria mais pra lá. -me deu um olhar triste- mas acho que o moço e a moça que me levou não gostaram muito de mim né tia? Eles me devolveram. -Rosamaria estava se segurando pra não chorar-