Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA

CAPÍTULO 12

3 dias seguidos de atualização? O que é isso? Miragem?
Mais um e dessa vez eu trouxe um mimo, só não sei como vocês vão interpretar esse mimo, se é bom ou ruim, depois vocês me contam ok?

COMENTEM MUITO!!!!! Beijos

#TEMP2GWTTW
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Devido aos recentes acontecimentos da minha vida, a última coisa que eu queria no momento era comemorar o meu aniversário. A minha esperança era que todas as meninas esquecessem completamente dessa data e simplesmente, não perturbassem o meu juízo para uma comemoração. Naiane saiu cedo do quarto, coisa que ela nunca fazia quando não tinha aula pela manhã. Simplesmente acordou, nem se quer tomou o café e saiu apressada pela porta sem nem falar comigo, muito menos um parabéns. Fiquei deitada na minha cama na esperança que Thaisa ocupasse sua mente com outra coisa e esquecesse dessa ideia de ir almoçar fora. O que foi em vão. Às 10 horas ela me ligou avisando que havia combinado com as meninas em um restaurante, e meio dia ela passaria pra me buscar. Bufei inconformada de ter que obedecer às ordens de Thaísa, ainda mais no dia do meu aniversário, mas, era aquele velho ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. E eu obedeci, meio dia em ponto eu estava arrumada. Me bateu um frio na barriga de realmente me reunir com as meninas. Depois que Caroline foi embora, eu me afastei completamente do convívio em grupo e todas as reuniões, festas ou almoços eu evitava.
Dentro do carro de Thaisa, esta, que estava com um sorriso grande no rosto e animada, aparentemente, me peguei pensando em como a minha relação com a Thaísa se transformou. Ela realmente era o porto seguro de Caroline, e se ela está aqui, passando por cima do orgulho dela e da chateação comigo a respeito do meu rompimento com a Caroline e, cuidando de mim, era porque ela realmente se preocupava em como a Carol ia ficar lá do outro lado do país sem uma notícia minha.

Rosamaria: porquê? -perguntei e ela desviou o olhar pra mim e voltou a se concentrar na estrada-

Thaisa: porquê o que?

Rosamaria: Eu sei que você está fazendo tudo isso, está próxima a mim, por causa da Carol, mas porquê? Você ignorou totalmente minha existência quando terminamos. Você nem se quer olhava na minha cara.

Thaisa: Não é pessoal Rosa -respirou fundo- Caroline é a minha metade. Eu tenho a Sheilla, a Priscila, mas a Carol é a minha alma. Nos momentos mais difíceis da minha vida, toda vez que eu esticava a mão e precisava de alguém pra me reerguer, era a Caroline que estava lá. Na graduação, na pós, no mestrado, no doutorado, sempre foi a Caroline. -riu parecendo lembrar de algo- quando, a muitos anos atrás eu ficava mal por não conseguir visitar minha família no Rio por causa de passagem cara ou por não ter carro aqui em BH, a Carol colocava o carro dela na minha mão e ficava andando de táxi enquanto eu estava no RJ visitando meus pais. -ela sorriu- Carol foi quem esteve comigo no acidente quando machuquei feio minha perna. Ela largou tudo aqui e foi pro Rio ficar comigo. Isso aqui é o mínimo Rosa. -me olhou rapidamente- Desculpa se eu tomo as dores da Carol com muita facilidade e simplesmente esqueço de ouvir a outra parte. Ver ela magoada, mal do jeito que ela tava, sabendo que era por sua causa, só me dava vontade de quebrar a sua cara. -eu olhei pra ela assustada- Desculpa, era minha vontade. -deu de ombros- Mas enfim, o pedido da Caroline não influência em nada na minha relação com você. Eu gosto de você, e isso aqui não é uma obrigação. Eu vou estar aqui por você porque eu prometi, mas porque eu também quero estar, ok?

Rosamaria ok -sorri pra ela- somos amigas? -eu olhei pra ela e ela me olhou-

Thaisa: é -deu de ombros- somos amigas. -riu-

Seguimos em um papo descontraído sobre a vida, escolhas e aproveitei para compartilhar com ela sobre minha decisão de fazer a residência em São Paulo. A notícia brilhou os olhos de Thaísa. Ao chegar no restaurante, as meninas já se encontravam ali. Não que eu não estivesse feliz, mas, na proporção que eu estava demonstrando, fui obrigada a vestir uma máscara de que tudo estava bem para não pesar o clima tão legal que elas haviam construído, por mim.
Resolvi que hoje seria um dia em que eu aproveitaria por mim e ignoraria o fato de que minha vida anda um completo caos. Eu estava merecendo um pouco de paz, sossego e boas companhias. Eu precisava de risos leves e assuntos aleatórios. Eu precisava que por algum tempo, eu não fosse eu, e hoje seria esse dia.
Em meio a risos e conversas tão boas e com minha mente focada naquele momento, vi Thaisa se levantar e me entregar uma bolsinha de embalagem bonita, aparentemente era um presente.