CAPÍTULO 49

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Voltei? Definidamente não sei, mas um capítulo eu consigo soltar. Comentem MUITO pra trazer alegria pra essa autora aqui e vão lá na TAG conversar comigo. #TEMP2GWTTW
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Estar de volta em casa era sentir a alma flutuar pela certeza. Certeza de estar realizada nos meus objetivos e realizada em poder fazer a minha mulher, feliz. Visitar a família de Rosa era sempre um misto de sentimentos bons e eu sentia, de verdade, que eu era querida naquele lugar. Como outras vezes, saí de lá fazendo a promessa de cuidar de Rosamaria e mantê-la bem, segura e acima de tudo feliz. Era o início de um planejamento que eu tinha, tornar todos os dias da minha namorada únicos e especiais, lembrando a ela que agora éramos nós duas, nossa casa, nossa vida e isso, viraria uma certeza em pouco menos de um mês.
Quando digo certeza é a certeza de estar no caminho certo e aprendendo a cada novo dia a como ser mais resiliente, mais empática e mais humana. Era entender que nós, somos seres que precisam de evolução e eu, por nós, a minha única certeza, era que eu queria evoluir para a cada novo dia tornar a nossa vida melhor. Já fazia dois dias que havíamos voltado para Belo Horizonte e nossas vidas retornado ao normal. Logo o comboio relacionado a adoção da Júlia desembarcaria em BH e eu estava um poço de estresse com essa informação. Para completar, hoje tive uma série de reuniões com vários médicos na tentativa de arranjar alguém para ocupar o cargo de médico cardiologista infantil do hospital. Mais uma vez saí frustrada.

Gattaz: CHEGA! -falei me levantando e assustando a Bosetti- Chega, não dá mais pra mim. Eu não aguento mais isso. -falei juntando as minhas coisas-

Bosetti: onde é que você vai? A gente precisa conversar sobre os exames da Júlia que chegaram, não está legal. E tem uma criança que você precisa operar hoje. -ela falou-

Gattaz: me manda tudo por email, analisarei isso em casa, mais tarde! -coloquei meu jaleco pendurado no braço- E eu prometo, até às 23 horas de hoje, esse menino tá numa sala de cirurgia.

Bosetti: Caroline! -me olhou incrédula e eu olhei pra ela parando tudo o que estava fazendo-

Gattaz: olha, eu não tenho condições de operar mais uma criança. Eu tô esgotada com essas questões da Júlia. Eu vou resolver isso, de uma vez por todas.

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E ela saiu. Sem saber exatamente pra onde iria e como resolveria essa situação. Ela tinha mil e uma formas de abrir a boca para falar o que ela precisava, mas, naquele momento, nada fazia verdadeiramente sentido. Ela pegou a direção do carro com um pensamento mais longe do que o normal, mas, com a consciência do que de fato ela tinha que fazer. Não tinha outra forma, ela deu tempo, deixou que as coisas ocupassem seus lugares de forma natural, porém, a naturalidade naquele momento só estava atrasando os seus planos. Não era capricho, era necessidade. Ela precisava que as coisas urgentemente voltassem ao seu curso natural e, ficar dando espaço para isso não estava sendo mais uma possibilidade.
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Peguei meu celular enquanto estava parada no sinal que antecedia minha entrada no anel rodoviário. Ajeitei ele no painel do meu carro e disquei o número que eu precisava naquele momento.

LIGAÇÃO ON

Rosamaria: oi amor, tá tudo bem? -perguntei-

Gattaz: oi -falei séria- tá ocupada?

Rosamaria: Ainda não -eu olhei no relógio do painel do carro- tenho mais uma consulta agora e depois entro no meu horário de almoço.

Gattaz: ok, é o tempo de chegar aí! -comentei- vou te pegar pra gente almoçar ok?

Rosamaria: ok mas, aconteceu alguma coisa?

Gattaz: quando eu chegar, a gente conversa.

Rosamaria: tudo bem. Tô te esperando. Te amo. -falou-

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora