CAPÍTULO 8

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Venho por meio deste solicitar que, quem for comentar sobre a fic no twitter use #TEMP2GWTTW (é pedir muito?)

VOTEM, COMENTEM (eu gosto de comentário gente me dá essa moral pra eu saber o que vocês tão achando) e desde já, me desculpem pelo o que vem pela frente.

Beijos e até breve.
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Quando a morte te desafia e você se vê obrigado a bater de frente, talvez os medos fiquem um pouco mais vivos dentro de você. Mas, quando se está em um lugar que a morte te desafia mas você é a única que pode desafia-lá os seus medos obrigatoriamente precisam ser postos em segundo plano. Ali não se podia aguçar sentimentos, não se podia pensar em problemas ou o que estava pra fora do centro cirúrgico. O peso nas costas de salvar uma vida ou perde-lá era o mesmo, pois eram dois extremos que se ligavam: ou iriam odiá-la ou iriam amá-la na mesma intensidade e proporcionalidade.

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Caroline definitivamente era o tipo de cirurgiã que odiava operar crianças, porque, em sua concepção, eles eram frágeis demais pra suportar algo que nem ela mesma sabia, se podia enfrentar, isso se concretizou pra ela a um ano atrás. Ela se sentiu de certa forma encurralada e começou a pensar em sua vida. Será que algum dia teria filhos? Será que ela os colocaria em risco tal qual essa criança está agora? Será que ela seria uma boa mãe? Se um dia ela sofresse um acidente, seu filho ficaria em uma emergência de hospital sem ela enquanto ele busca notícias sobre o paradeiro dela enquanto pensa se sua mãe estaria morta ou tivesse lhe abandonado? Foram perguntas demais pra uma cirurgiã em desespero responder mas, ao passar pela porta do centro cirúrgico e ir se vestir, ela sucumbiu todas as suas angústias e focou sua atenção em fazer o que ela fazia de melhor há muitos anos: salvar uma vida.
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Respirei fundo, me olhei no espelho e coloquei minha touca. Dali pra frente eu precisava me empenhar em devolver uma criança saudável e estável para os pais e o irmão.

Gattaz: foco Caroline, foco. -falei com a mão na cintura e respirei fundo enquanto me olhava novamente no espelho e a porta atrás de mim se abriu-

Residente: Doutora Gattaz, a ambulância com a menina chegou, ela deu uma parada cardíaca na emergência -eu olhei pra ele- já está estável e subindo pelo elevador, se prepare. -concordei-

Gattaz: vamos lá -sai pela porta do vestiário e dei de cara com a Thaisa-  não me fala... -eu olhei pra ela-

Thaisa: ele não morreu -me encarou- preciso de um parecer da neuro o mais rápido possível.

Gattaz: Sheilla está em cirurgia na sala ao lado. -vi Thaisa bufar e ir pra porta da sala de cirurgia da Sheilla e empurrar com as costas evitando contaminar as mãos-

Thaisa: preciso de um parecer seu o mais rápido, tô aqui do lado. -avisou- vai operar quem?

Gattaz: a filha do teu paciente. -bufei-

Thaisa: sei o quanto tem trauma de operar crianças, você quer sei lá, que eu faça?

Gattaz: alguma coisa atravessou o peito da garota e lacerou uma artéria -respirei fundo- quer mesmo?

Thaisa: ah não é pra tanto parando pra pensar né, trauma a gente cura. -sorriu pra mim- tá na hora de você curar o seu. -voltou pra sala de cirurgia dela-

Gattaz: vamos lá então. -respirei fundo e entrei no lavatório da sala de cirurgia e tive uma surpresa-

Rosamaria: eu não acredito que você não me ligou Caroline. -falou brava-

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora