CAPÍTULO 50

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Comentem MUITO pra deixar a tia aqui feliz e vão logo na TAG #TEMP2GWTTW. Eu mereço isso depois de dois dias atualizando.
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Quando estamos de plantão e uma emergência acontece, é como se o mundo girasse mais rápido. Há um turbilhão de emoções: o desespero tenta se infiltrar, mas é contido pela urgência da situação. A angústia se mistura com a concentração enquanto cada segundo conta. O telefone toca ou o alarme dispara, e de repente você está correndo pelos corredores em direção ao local da emergência. Cada passo é rápido, mas calculado. Sua mente está girando, pensando em todas as possibilidades, mas você precisa manter a calma para poder ajudar da melhor maneira possível. Ao chegar ao local, o caos pode estar reinando. Há pessoas gritando, enfermeiros correndo de um lado para o outro, e o paciente está lá, precisando desesperadamente de sua ajuda. Você assume o controle da situação, mas por dentro, o coração está batendo rápido. Você trabalha rapidamente, avaliando a situação, fazendo as perguntas certas, tomando decisões cruciais. Cada segundo parece uma eternidade, mas você não pode se dar ao luxo de hesitar. Sua formação, sua experiência e seu instinto guiam você enquanto você luta para estabilizar o paciente. Às vezes, parece que o mundo não faz sentido e todo o conhecimento que você possui, não serve de absolutamente nada, é em vão.
Nessa madrugada, especialmente nesse primeiro dia com a Rosamaria novamente no hospital, eu acreditava que após a cirurgia do menino que foi um absoluto sucesso, pagaríamos nossas coisas e iríamos pra casa aproveitar o nosso momento juntas. Mas, como a vida é imprevisível, uma explosão no meio do anel rodoviário após uma batida com um caminhão inflamável, nossos planos foram mudados.

ALGUMAS HORAS ANTES...

Gattaz: pode fechar. -falei- Quero monitoramento nele pelas próximas 12 horas na UTI, se não houver nenhuma intercorrência, peço que removam ele pro quarto e liberem o acompanhamento da família.

Todos concordaram e eu saí com Rosamaria ao meu lado indo em direção a saída do bloco cirúrgico.

Gattaz: como você está? -olhei pra ela-

Rosamaria: estou bem! -me olhou, tirou as luvas e a máscara jogando no lixo e logo, tirou a toca- eu não sei explicar, tinha tanto tempo que eu não fazia isso, é um sentimento muito diferente.

Gattaz-: é o sentimento de se fazer o que se ama. -sorri- É bom ter você por aqui de novo.

Rosamaria: obrigada por não desistir de mim. -ela me olhou- Até mesmo quando eu desisti.

Gattaz: Eu jamais vou desistir de você. -sorri- Eu sei do que você é capaz e seria um desperdício não trazer você pra minha equipe. -alisei o rosto dela- Temos que informar a família, você consegue fazer isso? -ela concordou- Sozinha?

Rosamaria: fique tranquila, eu cuido daqui.

Gattaz: ok. Vou estar no quarto da Júlia, assim que acabar com os familiares me encontre lá. -ela concordou-

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Caroline saiu andando em direção ao quarto da Júlia, mas sem conseguir explicar o sentimento que ainda ocupava seu coração. A mais velha sentia como se o universo estivesse se encaixando em sua totalidade e trazendo novamente a paz para seus dias. O andar da cardiologia estava calmo, sem intercorrências, sem bagunça, o que ela agradeceu fielmente pois não estava em condições de nada depois de uma cirurgia. Ela foi em direção ao quarto da Júlia afim de somente dar um beijo na criança que pela hora, deveria estar dormindo, mas, quando chegou deu de cara com uma menininha acordada.
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Gattaz: não era pra senhorita estar dormindo? -questionei-

Júlia: não consigo Tia Carol, eu tô com dor. -fez uma careta-

Give Water to the Wine - 2ª TEMPORADA Onde histórias criam vida. Descubra agora